ga respeito a milagres, já perto do fim da vida foi constrangido a admitir que em Jesus existSchonfield passa, então, a dizer que "não haveria razão para se fazer esse registro genealógico, a menos que a (genealogia) original cristã tivesse feito alguma afirmação de que o nascimento de Jesus não foi normal". 44/139, 140
Devido à citação do rabino Shimeon, Schonfield afirma que a acusação contra Jesus "de que era filho bastardo de uma adúltera remonta a uma data bem antiga". 44/140
Em Contra Celso, Orígenes declara: "Vamos, todavia, voltar às palavras postas na boca do judeu, as quais descrevem a mãe de Jesus como tendo sido despedida pelo carpinteiro de quem estava noiva, pois fora condenada de adultério e tivera uma criança de um certo soldado chamado Panthera. Analisemos se aqueles que inventaram o mito de que a virgem e Panthera cometeram adultério e de que o carpinteiro rompeu o noivado, não estavam cegos quando maquinaram toda essa história para se livrarem da concepção milagrosa pelo Espírito Santo. Pois, com relação à natureza profundamente milagrosa desse acontecimento, poderiam ter deturpado a história em outros aspectos sem admitir que Jesus não nasceu de um casamento comum. Era inevitável que aqueles que não aceitavam o nascimento milagroso de Jesus inventassem alguma mentira. Mas o fato de que não o fizeram de modo convincente, mas mantiveram como parte da história que a virgem não concebeu Jesus de José, faz com que a mentira se torne óbvia às pessoas que são capazes de analisar as histórias fictícias e desmascará-las. Será que é razoável que um homem que se aventurou a fazer tão grandes coisas em favor da humanidade neste universo não tivesse tido um nascimento milagroso, mas um nascimento mais ilegítimo do que qualquer outro?... É, portanto, provável que essa alma, que viveu na terra uma vida mais útil do que muitos homens (dizendo isso para não dar a impressão de querer levantar a questão de ter sido a vida dele mais útil do que a de 'todos' os homens), precisasse de um corpo que não apenas se distin-guia dos corpos humanos, mas que também era superior a todos os demais." 33/1:32, 33
Mesmo nos evangelhos essa controvérsia aparece como em Marcos 6:3: "Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? e não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele."
"Esse relato", diz Ethelbert Stauffer, "que aparece somente em Marcos, reflete bem a situação. Os judeus possuíam regras bem rígidas para dar nome aos filhos. Um judeu recebia como sobrenome o nome de seu pai (por exemplo, Jochanam ben Sakkai) mesmo que seu pai tivesse morrido antes do nascimento da criança. Ele recebia o nome da mãe só quando o pai era desconhecido." 47/16
4C. O ALCORÃO
1D. No Alcorão encontramos regularmente menções a Jesus como Isa ibn Maryam - isto é, Jesus o filho de Maria. Stauffer escreve que "Abdu-Uah al-Baidawi, o comentarista clássico do Alcorão, assinala com pleno conhecimento o costume semítico de dar nomes: usa-se o nome da mãe quando o pai é desconhecido. Mas aqui esse nome e sua explicação têm um propósito totalmente positivo. No islamismo considera-se Jesus como o Filho da Virgem Maria, o qual foi gerado pela Palavra criadora de Deus. 47/17,18
"Nas Logia lemos que Jesus foi repreendido por ser um 'glutão e bebedor'. Deve ter havido alguma base para essa acusação. Pois ela se harmoniza com tudo o que sabemos sobre a atitude de Jesus e a reação dos grupos farisaicos. Bem, entre os judeus da Palestina esse insulto em particular era dito a uma pessoa, filha de uma união ilegítima, que, devido a seu modo de vida e a sua conduta religiosa, revelava a nódoa de sua origem. Foi nesse sentido que os fariseus e seus seguidores usaram essa expressão contra Jesus. O sentido era: 'ele é um bastardo'." 47/16
Como resultado da repulsa bem antiga (antes de 70 A.D.), por parte dos judeus diante da origem ilégitima de Jesus, temos uma confirmação do fato de que existia dúvida quanto a quem era o pai de Jesus. A igreja cristã, bem no seu início, no máximo quarenta anos depois da morte de Jesus, deve ter ensinado alguma doutrina sobre o Seu nascimento, isto é, o nascimento virginal.
2D. O Alcorão menciona o nascimento de Jesus em Maria 19:20. Quando se anunciou a Maria que ela teria um filho, sua resposta foi: "Como pode ser isso se sou uma virgem e nenhum mortal jamais me tocou?" O relato prossegue dizendo: "É fácil para Mim (o Senhor)". Ele então "soprou o Seu Espírito sobre ela". 4/6
3B. A Conclusão de Vários Autores
Com base nos dados disponíveis, é importante ver o que alguns escritores dizem a respeito:
W. R. Griffith Thomas escreve: "O ponto principal em favor da doutrina é a necessidade de explicar a singularidade da vida de Jesus". 50/125
HenryMorris declara: "É perfeitamente apropriado que Aquele que realizou muitos milagres durante a Sua vida, que Se ofereceu a Si mesmo na Cruz como sacrifício de expiação pelos pecados dos homens e que então ressurgiu corporalmente dentre os mortos, numa confirmação de todas as Suas reivindicações, tivesse iniciado uma vida tão singular por meio de uma entrada singular nessa vida". 30/38
"Se Ele é de fato nosso Salvador, deve ser bem mais do que um simples homem, embora também seja de fato o Filho do homem. Para morrer pelos nossos pecados, Ele mesmo deve estar isento de qualquer pecado pessoal. E para, na prática, estar livre de pecados, deve primeiramente ser uma pessoa sem pecados na sua própria natureza. Ele não poderia participar da natureza humana, preso à maldição e ao domínio do pecado, como acontece com todos os outros filhos dos homens. Portanto, seu nascimento deve ter sido um nascimento milagroso. A 'semente da mulher' foi colocada no ventre da virgem quando, no dizer do anjo, 'descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer será chamado de Filho de Deus'" (Lucas 1:35). 30/38
"O nascimento virginal é verdadeiro não apenas porque é claramente ensinado na Bíblia, mas também porque é o único tipo de nascimento que faz jus ao caráter e à missão de Jesus Cristo, bem como ao grande plano de Deus para a salvação de um mundo perdido." 30/38
"Afirmar que um milagre assim é impossível de acontecer é negar a existência de Deus ou então negar que Ele possa controlar Sua criação." 30/38
Ao fazer um resumo das provas acerca do nascimento de Jesus, /. Gresham Machen declara: "Assim, acreditamos que existe uma boa razão para se sustentar a posição de que a razão pela qual a igreja Cristã veio a crer no nascimento de Jesus sem a presença de um pai humano foi simplesmente porque Ele foi, sem dúvida alguma, gerado dessa maneira". 25/269
Qement Rogers conclui que "todas as provas existentes provam o nascimento milagroso de Cristo". 39/115
2A. SE DEUS SE TORNOU HOMEM, ENTÃO SERIA DE SE ESPERAR QUE ELE NÃO TIVESSE PECADO
1B. Primeiramente, Examinemos o Testemunho que Ele Dá de Si Mesmo
João 8:46: "Quem dentre vós me convence de pecado?"
Ninguém lhe respondeu. Quando Ele os convidou a que O acusassem, Ele pôde ali ficar e suportar o escrutínio da parte deles. Ele estava sem pecado; assim, era capaz de Se abrir dessa maneira.
Ele também disse: "Eu faço sempre o que lhe agrada" (isto é, o que agrada a Deus) (João 8:29). Ele parece ter vivido em comunhão ininterrupta com Deus.
A pureza auto-consciente de Cristo surpreende por ser totalmente diferente da experiência dos outros crentes. Cada cristão sabe que quanto mais perto se aproxima de Deus, torna-se mais cônscio do seu pecado. Todavia, isso não ocorre com Cristo. Jesus viveu junto a Deus mais intimamente do que qualquer outra pessoa e esteve livre de qualquer sentimento de pecado.
Nesta mesma linha de pensamento, ficamos sabendo das tentações que Jesus sofreu (Lucas 4), mas nunca de Seus pecados. Jamais soubemos que tenha confessado pecados ou pedido perdão por eles, muito embora tenha ensinado os discípulos a fazerem isto. Parece que Ele não teve qualquer sentimento de culpa, que acompanha a natureza pecaminosa.
2B. O Testemunho de Seus Amigos
Por toda a Bíblia se revelam as incoerências de todas as pessoas. Nenhum dos grandes heróis judaicos é apresentado sem alguma mácula, nem mesmo Davi ou Moisés. Mesmo no Novo Testamento, em quase todos os livros escreve-se sobre as faltas dos apóstolos, e, ainda assim, em nenhuma passagem encontramos menção a um único pecado na vida de Cristo.
Em primeiro lugar, devemos nos assegurar das razões pelas quais iríamos estudar os relatos feitos por Seus discípulos. Vemos que se deve estudar o testemunho deles pelas seguintes razões:
1C. ELES VIVERAM EM INTIMO CONTATO COM JESUS POR APROXIMADAMENTE TRÊS ANOS.
2C. ELES ERAM JUDEUS, E, DESDE O NASCIMENTO, FOI-LHES INCULCADA A CONSCIÊNCIA DE SUA PRÓPRIA NATUREZA PECAMINOSA, ASSIM COMO A DOS OUTROS SERES HUMANOS.
3C. O TESTEMUNHO DELES ACERCA DA NATUREZA NÃO-PECAMINOSA DE JESUS É INDIRETO.
Eles não começam querendo provar que Ele não tinha pecado; antes, fazem comentários sobre o assunto de tal modo que reconhecem a natureza não-pecaminosa de Jesus.
Sobre os escritos dos discípulos, A E. Garvie afirma: "... Parece absolutamente inacreditável que algum dos discípulos pudesse ter, primeiramente, inventado e, então, descrito a personalidade de Jesus, tal como aparece nos evangelhos". 10/98
No íntimo contato que tiveram com Ele, jamais enxergaram nEle os pecados que viam em si mesmos. Eles se irritavam mutuamente, queixavam-se e discutiam, mas nunca viram tal coisa em Jesus. Devido à rígida formação judaica, teriam profunda dificuldade em dizer que Jesus não tinha pecado a menos que, de fato, Ele não tivesse pecado.
Seus companheiros mais íntimos, Pedro e João, confirmam que Ele não cometeu pecado.
1 Pedro 1:19: "Mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo".
1 Pedro 2:22: "O qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca".
1 João 3:5: "Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado".
João chegou ao ponto de dizer que se alguém afirma que está sem pecado, é mentiroso e também está chamando Deus de mentiroso. Contudo, João deu testemunho do caráter imaculado de Jesus quando afirmou que "não existe pecado" em Cristo (1 João 3:5).
Até mesmo a pessoa responsável pela morte de Jesus reconheceu Sua inocência e pureza. Depois de trair Jesus, Judas percebeu a Sua retidão e caiu em profundo remorso porque havia traído "sangue inocente" (Mateus 27:3,4).
O apóstolo Paulo, em suas epístolas, também deu testemunho da natureza não - pecaminosa de Jesus (2 Coríntios 5:21).
3B. Mais Importante, talvez, do que o Testemunho dos Seus Amigos É o dos Seus Inimigos
Um dos homens crucificados com Jesus dá testemunho da Sua natureza sem pecado. Em Lucas 23:41 um dos ladrões repreendeu o outro, dizendo: "... este nenhum mal fez".
O próprio testemunho de Pilatos acerca da natureza não-pecaminosa de Jesus foi: "Que mal fez este?" (Lucas 23:22).
Junto à cruz o centurião exclamou: "Verdadeiramente este homem era justo" (Lucas 23:47).
Também é evidente que Seus inimigos iriam tentar apresentar alguma acusação para provar a Sua culpa. No entanto, não conseguiram (Marcos 14:55, 56).
Quanto a isso, Marcos reúne numa só passagem quatro críticas que Seus inimigos haviam feito (em 2:1-3:6). Primeiro, acusaram- nO de blasfêmia porque perdoara os pecados de um homem. Contudo,se Ele era divino, tinha todo o poder para oferecer o perdão. Segundo, eles ficaram atônitos pelas más companhias que Ele tinha — pecadores, publicanos, meretrizes, etc. Os líderes religiosos daquela época acreditavam que o correto era evitar contato com essas pessoas. Diante de tais acusações, Ele se refere a Si mesmo como sendo um médico de pecadores (Marcos 2:17). Terceiro, acusaram-nO de ter uma prática religiosa frívola, pois não jejuava como os fariseus. Entretanto, não há dúvida alguma de que levasse Sua religião a sério. Finalmente, ficaram perturbados por Ele quebrar o sábado (curando, colhendo no campo, etc). Ainda assim ninguém pode duvidar que Ele fosse submisso à lei de Deus. Por ser o "Senhor do Sábado", Ele escolheu destruir falsas tradições e dar à lei de Deus a verdadeira interpretação.
4B. Finalmente, Dispomos do Testemunho da História
O islamismo considera Jesus sem pecado. No Alcorão (Maria 19:19), o anjo Gabriel veio a Maria e lhe disse que seu filho, Jesus, seria "imaculado".
Philip Schaff nos assegura que "aqui está o Santo dos Santos da humanidade..." 42/107
"Jamais viveu um ser mais imaculado sobre a face da terra. Ele não machucou ninguém, não tirou vantagem de ninguém. Nunca falou uma palavra imprópria, nunca realizou uma ação errada." 43/36,, 37
"A primeira impressão que recebemos da vida de Jesus é a de inocência perfeita e de natureza sem pecado no meio de um mundo pecaminoso. Ele e mais ninguém conseguiu manter na juventude e na idade adulta a pureza sem mácula da infância. Por essa razão, o cordeiro e a pomba são os símbolos apropriados para Ele". 43/35
"É, em resumo, a perfeição absoluta, a qual eleva Seu caráter bem acima do alcance de todos os outros homens e faz com que seja uma exceção a uma regra universal, um milagre moral da história". 42/107
"Ele é a encarnação visível do padrão ideal de virtude e santidade, e o supremo modelo para tudo que é puro, bom e nobre diante de Deus e dos homens". 43/44
"Assim era o Jesus de Nazaré - um homem de verdade no corpo, na alma e no espírito, ao mesmo tempo em que diferia de todos os homens; uma personalidade única e original desde a mais tenra infância até a plena maturidade, agindo em comunhão permanente com Deus, transbordando de amor para com os homens, livre de todo e qualquer pecado e erro, inocente e santo, consagrado aos mais nobres objetivos, ensinando e praticando todas as virtudes numa perfeita harmonia, selando a vida mais pura com a morte mais sublime, e reconhecido desde então como o único modelo perfeito de bondade e santidade". 43/73
John W. Stott contribui com um pensamento: "Essa profunda desa-tenção para com o eu no serviço a Deus e aos homens é o que a Bíblia chama de amor. No amor não existe interesse pessoal. A essência do amor é o auto-sacrifício. O pior dos homens é marcado por um lampejo ocasional dessa atitude de nobreza, mas a vida de Jesus irradiou amor com um brilho fulgurante e permanente. Jesus não teve pecado porque não era egoísta. Essa ausência de egoísmo é amor. E Deus é amor". 48/44,45
Um outro escritor, Wilbur Smith, declara: "A característica que se destaca na vida terrena de Jesus é aquela da qual todos nós reconhecemos que estamos distantes, e, ao mesmo tempo, é aquela que todos os homens admitem ser a característica mais valiosa que alguém possa ter, a saber, bondade absoluta, ou, em outras palavras, pureza perfeita, santidade genuína, e, no caso de Jesus, nada menos que ausência de pecado. "46/7
C. E. Jefferson escreve: "A melhor razão que temos para crer na natureza não-pecaminosa de Jesus é o fato de que Ele permitiu que Seus amigos mais chegados pensassem assim sobre Ele. Em tudo o que Ele falou não existe qualquer traço de pedido de desculpas, ou qualquer idéia de problema de consciência, ou qualquer sugestão de estar triste por alguma falta, ou o menor vestígio de remorso. Ele ensinou as outras pessoas a se considerarem pecadoras, Ele asseverou bem claramente que o coração humano é mau, Ele disse a Seus discípulos que toda vez que orassem deviam pedir perdão, mas nunca falou ou agiu como se Ele mesmo tivesse a mais leve idéia de ter feito algo diferente do que aquilo que agradava a Deus". 17/225
Quanto a isso,Philip Schaff afirma: "É um fato inquestionável, tanto do ponto-de-vista de Sua missão e comportamento coerente, como de sua manifesta consagração, que Cristo sabia que Ele estava livre de pecado e culpa. A única explicação racional para esse fato é que Cristo não era pecador". 43/40
Um outro testemunho é o de A. E. Garvie: "Se nEle houvesse qualquer pecado secreto, ou mesmo a lembrança de pecados passados, isso revelaria uma insensibilidade moral em contraste irreconciliável com o discernimento moral que Seus ensinos revelam". 10/97
C. E. Jefferson afirma: "Nada existe na consciência de Jesus que indique ser Ele culpado de algum pecado". 17/328
Como Stott nos mostra, a personalidade de Jesus revelava os Seus pensamentos e convicções: "Fica claro, então, que Jesus acreditava que não tinha pecado, da mesma forma como acreditava que era o Messias e o Filho de Deus". 48/39
Kenneth Scott Latourette, o famoso historiador, assegura: "Uma outra qualidade que freqüentemente se tem assinalado era a ausência de qualquer sentimento de ter cometido pecado ou de possuir um defeito vital... É profundamente significativo que em alguém com tanta sensibilidade moral, como era o caso de Jesus, o qual ensinava Seus seguidores a pedirem perdão pelos pecados, não haja qualquer sugestão de alguma necessidade de perdão para Si mesmo, nem qualquer pedido de desculpas, quer àqueles ao Seu redor, quer a Deus". 21/47
"O Sermão da Montanha é a biografia de Cristo. Tudo o que Ele disse já havia escrito com a própria vida. O sermão apenas traduziu a Sua vida em palavras" (Thomas Wright). 29/60
Henry Morris escreve: "Se o próprio Deus, encarnado em Seu único Filho, não pudesse estar à altura do padrão de Sua própria santidade, então seria totalmente fútil ir a qualquer outro lugar do universo em busca de sentido e salvação". 30/34
Bernard Ramm diz: "... Jesus teve a única vida perfeita de piedade e santidade pessoal pela exclusiva razão de ser o Deus encarnado".
Sobre isso escreve Griffith Thomas: " ... Nem por um só instante surgiu a mais leve sombra entre Ele e Seu Pai celestial. Ele não tinha pecado". 50/17
E Griffith Thomas mais uma vez fala a respeito: "Se a própria vida de Cristo não tivesse sido sem pecado, é óbvio que Ele não poderia ser, para a humanidade, o Redentor dos pecados". 50/17
É Philip Schaff quem diz: "Quanto melhor e mais santo um homem é, mais ele sente a necessidade de perdão, e fica bem aquém de seu próprio e imperfeito padrão de excelência. Mas Jesus, com a mesma natureza que a nossa e tentado tal como nós, jamais sucumbiu à tentação; jamais teve motivo para lamentar algum pensamento, palavra ou ação; nunca precisou de perdão, conversão nem reforma; nunca deixou de estar em harmonia com Seu Pai celestial. Toda a Sua vida foi um ato ininterrupto de consagração de Si mesmo em favor da glória de Deus e em favor do bem-estar eterno de Seus semelhantes". 42/107
"Não conheço qualquer bem verdadeiro e duradouro além da excelência moral que resplandece em Jesus Cristo" (William Ellery Channing). 29/51
Wilbur Smith comenta: "Quinze milhões de minutos de vida sobre a terra, no meio de uma geração ímpia e corrupta — cada pensamento, cada ação, cada propósito, cada atividade, em particular e em público, desde o momento em que, como recém- nascido, abriu os olhos, até o instante em que expirou na cruz, tudo isso foi aprovado por Deus. Nem uma única vez o nosso Senhor teve que confessar algum pecado, pois Ele não teve qualquer pecado" 46/8, 9
5B. Junto Com o Testemunho da História Encontramos as Palavras de Alguns dos Mais Famosos Céticos
Rousseau afirmou: "Quando Platão descreve o homem justo que imaginava, oprimido por todos os castigos de culpa, mas merecendo as mais elevadas recompensas da virtude, ele descreve exatamente o caráter de Jesus Cristo..." 43/134
O famoso escritor John Stuart MUI indaga: "Mas quem dentre seus discípulos ou dentre os prosélitos seria capaz de inventar as palavras atribuídas a Jesus, ou idealizar a vida e o caráter apresentados nos Evangelhos?" 43/145
"Jesus é o mais perfeito de todos os homens que já apareceu" (Ralph Waldo Emerson ). 29/52
O historiador William Lecky afirma que "Ele., tem sido não apenas o mais elevado padrão de virtude, mas também o mais forte incentivo à prática dessa virtude..." 22/8
"Até mesmo David Strauss", escreve Wilbur Smith, "o mais rancoroso de todos os adversários dos elementos sobrenaturais dos Evangelhos, cujas obras ajudaram a destruir a fé em Cristo mais do que os escritos de qualquer outro homem na atualidade - até mesmo Strauss, com todas as suas críticas contundentes, incisivas e maldosas e sua total rejeição de tudo que die perfeição moral. 'Esse Cristo... é histórico, não um mito; é um indivíduo, não apenas um símbolo... Ele continua sendo o mais elevado modelo de religião ao alcance da nossa mente; e nenhuma devoção perfeita é possível sem Sua presença no coração'." 46/11
Finalizando,BernardRamm escreve: '"Perfeição sem pecado e perfeita ausência de pecado é o que seria de se esperar do Deus encarnado, e isso encontramos em Jesus Cristo. A hipótese e os fatos se harmonizam". 36/169
3A. SE DEUS SE TORNOU HOMEM, ENTÃO É DE SE ESPERAR QUE ELE TENHA MANIFESTADO O SOBRENATURAL NA FORMA DE MILAGRES
1B. O Testemunho das Escrituras
"Ide, e anunciai a João o que vistes e ouvistes; os cegos vêem. os coxos andam, os leprosos sao purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres anuncia-se-lhes o evangelho" (Lucas 7:22).
Assim, vemos que Seus milagres demonstraram uma grande variedade de poder: poder sobre a natureza, poder sobre as enfermidades, poder sobre os demônios, poderes de criação e poder sobre a morte. Isso também constituía uma confirmação das profecias e de seu cumprimento messiânico em Cristo.
Uma lista desses milagres inclui:
MILAGRES DE CURA FÍSICA
Um leproso — Mateus 8:2-4; Marcos 1:40-45; Lucas 5:12-15
Um paralítico - Mateus 9:2-8; Marcos 2:3-12; Lucas 5:18-26
Febre (sogra de Pedro) - Mateus 8:14-17; Marcos 1:29-31
O filho do oficial do rei curado - João 4:46-53
Enfermidade física — João 5:1-9
Umamãomirrada -Mateus 12:9-13; Marcos3:1-6: Lucas 6:6-1 i
Surdez e mudez — Marcos 7:31-37
Cegueira, em Betsaida - Marcos 8:22-25: em Jerusalém. João 9: de Bartimeu. Marcos 10:46-52
Dez leprosos - Lucas 17:11-19
A orelha seccionada de Malco - Lucas 22:47-51
Hemorragia - Mateus 9:20-22; Marcos 5:25-34; Lucas 8:43-48
Hidropsia - Lucas 14:2-4
Água transformada em vinho, em Cana — João 2:1-11
MILAGRES NO ÂMBITO DA NATUREZA
Tempestade amainada — Mateus 8:23-27; Marcos 4:35-41; Lucas 8:22-25
Pesca sobrenatural — Lucas 5:1 -11; J oão 21:6
Multiplicação de alimentos: 5.000 alimentados — Mateus 14: 15-21; Marcos 6:34-44; Lucas 9:11-17: João 6:1-14;
1.00 alimentados - Mateus 15:32-39; Marcos 8:1-9
Andar sobre a água - Mateus 14:22,23; Marcos 6:45-52; João6:19
Tirar dinheiro de dentro de um peixe — Mateus 17:24-27
Figueira tornada seca — Mateus 21:18-22; Marcos 11:12-14
MILAGRES DE RESSURREIÇÃO
A filha de Jairo — Mateus 9:18-26; Marcos 5:35-43; Lucas 8:41-56
O filho da viúva — Lucas 7:11-15
Lázaro de Betânia - João 11:1 -44 48/500
2B. Comentários e Citações Sobre os Seus Milagres
"Cristo demonstrou poder sobre as forças da natureza, o qual só poderia pertencer a Deus, o criador dessas forças." 24/56
De acordo com isso estão as palavras de C. S. Lewis: "Creio que todos os pontos essenciais do hinduísmo não seriam prejudicados caso se removesse o elemento miraculoso, e o mesmo é quase que igualmente verdadeiro em relação ao islamismo, mas não se pode agir assim com o cristianismo. O cristianismo é precisamente a história de um grande milagre. Um cristianismo naturalista deixa de lado tudo aquilo que é claramente cristão". 23/83
Bernard Ramm apresenta um outro propósito dos milagies: "Nas religiões não-cnstãs, acredita-se em milagres porque já se acredita na religião, mas na religião bíblica são meios para estabelecer a verdadeira religião. Essa distinção tem enorme importância. Israel veio a existir através de uma série de milagres, a lei foi outorgada em meio a manifestações sobrenaturais, e muitos profetas foram identificados como porta-vozes de Deus devido ao poder que tinham para realizar milagres. Jesus veio não apenas pregando, mas operando milagres, e os apóstolos, vez ou outra, realizaram maraviDias. Era o milagre confirmando a religião em todos os aspectos". 37/142s
Philip Schaff afirma que os milagres de Cristo apresentaram um "contraste marcante com os atos enganosos e fraudulentos e com os milagres inúteis e absurdos da ficção apócrifa. Foram realizados sem qualquer ostentação, com tanta simplicidade e facilidade, que foram simplesmente chamados de Suas obras". 42, 105
Nesta mesma linha de pensamento. Griffith Thonias relata. "É digno de nota que. com muita freqüência, é empregada para designar esses milagres nos evangelhos a palavra bem comum 'obras' (erga). As obras são a conseqüência natural e necessária da vida de Jesus. A expressão prática daquilo que Ele mesmo era". 50/50
Os milagres também espelhavam o caráter dAquele que os realizava.
Griffith Thomas prossegue: "A questão se resolve, de um modo simples, com a seguinte pergunta: admitindo-se que Ele fosse uma Pessoa sobrenatural, os Seus feitos sobrenaturais estavam em harmonia com a Sua vida? O caráter das obras atribuídas a Ele, o bem que elas fizeram, as limitações com que foram realizadas, o lugar comparativamente insignificante que ocuparam em Seu ministério e a ênfase constante dada por Cristo â primazia da vida espiritual — tudo isso está em plena harmonia com a manifestação e atuação da Pessoa tão milagrosa e sobrenatural que se vê em Jesus". 50/54
Philip Schaff diz: "Todos os Seus milagres não passam de manifestações naturais de Sua pessoa, pois foram realizados com a mesma facilidade com que desempenhamos nossas atividades comuns e diárias". 43/76, 77
Citando mais uma vez Philip Schaff: "Os Seus milagres foram, sem exceção, motivados pelas razões mais puras, tendo como objetivo a glória de Deus e o benefício dos homens; são milagres de amor e misericórdia, repletos de instrução e significado, e em harmonia com o Seu caráter e missão". 43/91
F. H. Chase declara: "A motivação e o âmbito dos milagres do Senhor, registrados nos Evangelhos, são sempre os mesmos. Os relatos dos milagres encontram-se espalhados por todas as partes dos Evangelhos. Quando os analisamos e os confrontamos, descobrimos que possuem uma unidade não intencional. Juntos eles cobrem toda a esfera da atuação de nosso Senhor como Salvador, renovando cada aspecto do ser complexo que é o homem e restaurando a paz no mundo físico. Os Evangelhos não os apresentam como tendo o objetivo básico de acentuar Sua dignidade e poder. Caso fossem invenção de uma fantasia religiosa, desejosa de apresentar ilustrações com a imposição de histórias acerca da Sua grandeza e da Sua glória, do ponto- de-vista moral seria impossível que essa unidade sutil se tivesse mantido de modo tão coerente e discreto". 6/404
"Os milagres", escrevei. E. Garvie, "estão em harmonia com o caráter e a auto-consciência de Jesus; não são confirmações externas, mas elementos constitutivos internos da revelação do amor, da misericórdia e da graça do Pai celestial, dados por meio dEle, o Filho amado de Deus e Irmão compassivo dos homens". 11/51, 52
Thomas conclui dizendo: "Para nós, hoje em dia, a Pessoa de Cristo é o grande milagre, e a maneira correta de pensar é raciocinar a partir de Cristo, indo então para os milagres, e não partir dos milagres, para chegar a Cristo". 50/49
Até mesmo o islamismo reconhece a Sua capacidade de realizar milagres, conforme vemos no Alcorão (A Mesa Servida 5:110). Ele menciona a cura de cegos, de leprosos e a ressurreição de mortos.
3B. Antigas Testemunhas Judaicas
Escreve Ethelbert Stauffer em Jesus and His Story (Jesus e Sua História): "Encontramos muitas referências aos milagres de Jesus nos livros legais e históricos dos judeus".
"Por volta de 95 A.D., o rabino Eliezer ben Hyrcanus, de Lida, escreveu sobre as habilidades mágicas de Jesus". 47/9
"Por volta do mesmo período (95-110 A.D.) encontramos a acusação: 'Jesus praticou magia e fez Israel se desviar'" (Sanhedrim 43a). 47/10
"Sabemos que por volta de 110 houve uma controvérsia entre os judeus da Palestina sobre se era aceitável ser curado em nome de Jesus". 47/10
"Bem, curas milagrosas em nome de Jesus implicam que o próprio Jesus realizou esses milagres." 47/10
Há também uma referência indireta feita por Juliano o Apóstata, imperador romano em 361 a 363, que foi um dos mais talentosos escritores dentre os antigos adversários do cristianismo. Em seu livro contra o cristianismo ele afirma: "Já faz cerca de trezentos anos que Jesus vem sendo lembrado. Durante sua vida não fez nada digno de fama, a não ser que alguém considere excepcionalmente grande o fato de curar coxos, cegos e exorcisar demônios nas vilas de Betsaida e Betânia." 43/133 Inadvertidamente atribuiu a Cristo o poder de realizar milagres.
4B. Para Silenciar os Críticos
Diz Bernard Ramm: "Caso os milagres estejam ao alcance da percepção sensorial, pode-se testemunhar a respeito deles. Caso se apresente um testemunho adequado dos milagres, então o testemunho escrito tem, como prova das experiências, a mesma validade ao ver os próprios acontecimentos". 36/140
Assim, muitos dos milagres de Jesus foram realizados perante o público para análise e investigação abertas por parte dos céticos. Primeiramente, examinemos o relato bíblico da ressurreição de Lázaro.
Bernard Ramm comenta: "Se a ressurreição de Lázaro foi de fato testemunhada por João e por ele registrada quando ainda estava com o pleno domínio das faculdades mentais e em plena posse da memória, para os propósitos de prova, esse registro reflete a mesma cena que nós teríamos presenciado se estivéssemos ali no momento". 36/140,141
Com relação à ressurreição de Lázaro, é significativo que Seus adversários não negaram o milagre, mas, antes, tentaram matá-lO antes que todos cressem nEle (João 11:48).
Assim sendo, os contemporâneos de Jesus, inclusive Seus inimigos, confirmaram Sua capacidade de realizar milagres. Contudo, esse poder foi atribuído a Satanás por Seus inimigos e a Deus pelos Seus amigos (Mateus 12:24).
Respondendo à acusação, Jesus disse: "Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma, não subsistirá. Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino?" (Mateus 12:25, 26).
Com base nas provas e testemunhos disponíveis, percebemos que não se pode menosprezar os milagres dos Evangelhos devido às afirmações extravagantes e supersticiosas dos milagres pagãos. Apenas porque alguns milagres são falsificados, isso não é prova de que todos sejam fraudulentos.
Os milagres são freqüentemente menosprezados porque vão contra as leis da natureza. Todavia, as leis não podem fazer alguma coisa acontecer. Portanto, quando se discute os milagres de Jesus, deve-se considerá-los como sendo um ato de Deus vir e alterar o rumo normal dos acontecimentos.
Podemos, então, ver que os milagres são uma parte inerente da comunicação de Deus conosco. Assim, a questão toda depende, em última instância, da existência de Deus.
A esse respeito, diz Griffith Thomas: "Portanto, caso permitamos que a doutrina científica da uniformidade e continuidade da natureza se interponha no nosso caminho, inevitavelmente chegaremos à conclusão de que os milagres são impossíveis e, a partir daí, concluiríamos que, como geralmente acontece, um Cristo miraculoso é impossível. Assim, na verdade a questão é decidida numa base a priori, antes mesmo de se examinar as provas". 50/52
Paul Little declara o fato de que "a ciência só tem condições de dizer que os milagres não ocorrem no curso normal da natureza. A ciência não pode 'proibir' milagres porque as leis naturais não podem fazer algo acontecer e, conseqüentemente, também não podem proibir". 24/125
Também em relação às leis naturais, ouvimos o seguinte de Philip Schaff: "Os milagres verdadeiros estão acima da natureza; não são contra a natureza... São a manifestação de uma lei superior, à qual as leis inferiores devem obedecer". 43/92
Para concluir há duas citações, a primeira de John A. Broadus e a outra de A. E. Garvie.
"Considere os evangelhos tal como foram escritos... Se Jesus de Nazaré não realizou feitos sobrenaturais, Ele falou falsamente inúmeras vezes. Ele que falou como nenhum outro homem falou, e contra seu caráter crítica alguma pode apontar um só defeito... ou Ele realizou feitos sobrenaturais, ou então falou falsamente". 10/72
Garvie declara: "... Um Cristo que, sendo o Filho de Deus e buscando Se tornar o Salvador dos homens, não operasse milagre algum, seria mais difícil de compreender e acreditar do que o Jesus relatado tão coerentemente nos Evangelhos". 10/73
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