quinta-feira, 16 de junho de 2011

EVIDÊNCIA QUE EXIGE UM VEREDITO Parte 12



TÓPICO 2 - A CONFIRMAÇÃO PELA ARQUEOLOGIA


3C. PROVAS ARQUEOLÓGICAS

Nelson Glueck, o renomado arqueólogo judeu, escreveu: "Pode-se afirmar categoricamente que até hoje nenhuma descoberta arqueológica contradisse qualquer informação dada pela Bíblia". E prossegue comentando a "incrível fidelidade da memória histórica da Bíblia, especialmente quando corroborada pelas descobertas arqueológicas". 33/31
William F. Albright, conhecido por sua reputação como um dos grandes arqueólogos, afirma: "Não pode haver dúvida alguma de que a arqueologia tem confirmado a historicidade substancial da tradição do Antigo Testamento". 1/176
Albright acrescenta: "Progressivamente o exagerado ceticismo para com a Bíblia foi sendo desacreditado, por parte de importantes sistemas históricos, sendo que alguns aspectos de tais sistemas ainda se manifestam periodicamente. Uma descoberta após a outra tem confirmado a exatidão de incontáveis detalhes e tem feito com que a Bíblia receba um reconhecimento cada vez maior como fonte histórica". 2/127,128
John Warwick Montgomery expõe um problema típico enfrentado por muitos eruditos hoje em dia: "Thomas Drobena, pesquisador do Instituto Norte-Americano de Estudos Sobre a Terra Santa, advertiu que onde a arqueologia e a Bíblia parecem estar em conflito, a questão é quase sempre de datação, a área mais instável na arqueologia contemporânea e a única em que o raciocínio científico a priori e circular freqüentemente substitui uma análise empírica apropriada". 63/47,48
O professor H. H. Rowley (citado por Donald F. Wiseman em Revelation and the Bible (A Revelação e a Bíblia) afirma que "não é porque os estudiosos de hoje principiem com pressuposições mais conservadoras do que as de seus predecessores que eles têm um respeito bem maior pelas histórias dos Patriarcas do que costumava acontecer, mas porque as provas favorecem essas histórias". 104/305
Merrill Unger declara: "O papel que a arqueologia está desempenhando na pesquisa do Novo Testamento (como também na do Antigo Testamento), ao acelerar o estudo científico do Novo Testamento, trazer equilíbrio à teoria crítica, esclarecer por meio de exemplos, elucidar, suplementar e confirmar os contextos histórico e cultural, constituirá um dos pontos altos do futuro da crítica do texto sagrado". 98/25, 26
Millar Burrows, da Universidade de Yale (nos Estados Unidos), comenta: "Em muitos casos a arqueologia tem refutado as opiniões de críticos modernos. Ela tem demonstrado em vários casos que essas opiniões repousam sobre pressuposições falsas e esquemas irreais e artificiais de desenvolvimento da história (AS 1938, p. 182). Essa é uma contribuição real, que não deve ser minimizada". 17/291
F. F. Bruce faz a seguinte observação: "Diante do fato de que algumas vezes suspeitou-se que Lucas apresentasse dados inexatos e de que a exatidão desses dados foi confirmada por documentos escritos, é legítimo afirmar que a arqueologia tem confirmado o relato do Novo Testamento".
14/331
Bruce acrescenta que, "em sua maior parte, o serviço que a arqueologia tem prestado ao estudo do Novo Testamento é completar as lacunas no conhecimento do contexto histórico, social e cultural, com o que poderemos ler o Novo Testamento com uma compreensão e uma apreciação maiores. Esse contexto é um contexto do primeiro século. A narrativa do Novo Testamento simplesmente não se encaixa num contexto do segundo
século". 14/331
Merrill Unger faz um resumo: "A arqueologia do Antigo Testamento tem redescoberto nações inteiras, tem ressurgido povos importantes e, de um modo bem surpreendente, tem preenchido vazios históricos, aumentando imensuravelmente o conhecimento do contexto histórico, social e cultural da Bíblia". 98/15
William Albright prossegue: "Á medida que o estudo crítico da Bíblia for cada vez mais influenciado pela abundância de material recém-descoberto, vindo do antigo Oriente Próximo, observaremos um aumento crescente do respeito para com o significado histórico de passagens e detalhes atualmente negligenciados e menosprezados, tanto do Antigo como do Novo Testamentos".5/81
Burrows explica a causa de tanta e excessiva desconfiança: "O exagerado ceticismo de muitos teólogos liberais não é fruto de uma avaliação cuidadosa dos dados disponíveis, mas de uma forte predisposição contra o sobrenatural". 95/176
A essa sua declaração, o arqueólogo da Universidade de Yale acrescenta: "Contudo, em geral o trabalho arqueológico tem inquestionavelmente fortalecido a confiança na credibilidade dos registros bíblicos. Mais de um arqueólogo descobriu que seu respeito para com a Bíblia aumentou devido à experiência de escavações na Palestina". 17/1
"Em geral, essas provas que até agora a arqueologia tem trazido a lume, especialmente ao descobrir mais manuscritos, inclusive mais antigos, dos livros da Bíblia, fortalecem nossa confiança na exatidão com que o texto tem sido transmitido através dos séculos". 17/42
Sir Frederic Kenyon diz: "Portanto, é legítimo afirmar que, em relação àquela parte do Antigo Testamento contra a qual diretamente se voltou a crítica destruidora da segunda metade do século dezenove, as provas arqueológicas têm restabelecido a autoridade do Antigo Testamento e, mais, têm aumentado o seu valor ao torná-lo mais inteligível através de um conhecimento mais completo de seu contexto e ambiente. A arqueologia ainda não se pronunciou definitivamente a respeito, mas os resultados já alcançados confirmam aquilo que a fé sugere, que a Bíblia só tem a ganhar com o aprofundar do conhecimento". 46/279
A arqueologia tem descoberto uma riqueza de provas de modo a comprovar a exatidão do texto massorético. (Veja capítulo 4, 2C, O Período Massorético.)
Bemard Ramm escreve acerca do Selo de Jeremias: "A arqueologia também tem comprovado a substancial exatidão do texto massorético. O Selo de Jeremias, um sinete empregado para imprimir os selos de betume em jarras de vinho, e datado do primeiro ou segundo século A.D., tem o texto de Jeremias 48:11 em relevo e, de um modo geral, esse texto se conforma ao texto massorético. Esse selo '... confirma a exatidão com que se transmitiu o texto entre a época em que se fez o selo e a época em que se prepararam os manuscritos'. Além do mais, o Papiro Roberts, datado do segundo século a.C, e o Papiro Nash, a que Albright atribui uma data anterior a 100 A.C, confirmam o nosso texto massorético". 71/8-10
William Albright afirma que "podemos estar certos de que o texto consonantal da Bíblia Hebraica, embora não infalível, foi preservado com uma exatidão talvez sem paralelo com qualquer outro texto literário do Oriente Próximo ... Não, o facho de luz que agora está sendo lançado pela literatura ugarística sobre a poesia hebraica bíblica de todos os períodos assegura a relativa antigüidade da composição desses textos bem como a surpreendente exatidão da sua transmissão". 6/25
O arqueólogo Albright escreve acerca da exatidão das Escrituras, e é confirmado pela arqueologia:"Os dados do Pentateuco são, em geral, muito mais antigos do que a época em que foram finalmente compilados; novas descobertas continuam a confirmar a precisão histórica ou a antigüidade do texto em um detalhe após o outro... Dessa maneira, é uma atitude exageradamente crítica negar o caráter substancialmente mosaico da tradição do Pentateuco." 22/224
Albright comenta sobre o que os críticos costumavam dizer: "Até recentemente era moda entre os historiadores bíblicos tratar as sagas patriarcais de Gênesis como se fossem criações artificiais de escribas israelitas da época do reino dividido ou narrativas contadas por rapsodistas imaginativos em conversas ao redor da fogueira, durante os séculos que se seguiram à ocupação da terra. Pode-se citar nomes consagrados entre estudiosos, que consideram cada item de Gênesis 11-50 como o reflexo de uma invenção tardia ou, pelo menos, como a retroprojeção para o passado remoto de acontecimentos e condições experimentados durante a monarquia, passado sobre o qual acreditava-se que nada tinha sido do conhecimento dos escritores de períodos posteriores." 3/1, 2
Agora tudo mudou, diz Albright: "Desde 1925 as descobertas arqueológicas têm mudado tudo isso. Com exceção de uns poucos obstinados dentre os estudiosos mais antigos, dificilmente se encontra um só historiador bíblico que não tenha ficado impressionado com o rápido aumento de dados que apóiam a historicidade substancial da tradição patriarcal. De acordo com as tradições de Gênesis, os ancestrais de Israel eram parentes próximos dos povos seminômades que viveram os últimos séculos do segundo milênio a.C. e os primeiros séculos do primeiro milênio na Trans-jordânia. Síria, bacia do Eufrates e norte da Arábia". 3/1,2
Afiliar Burrows continua: "Para compreender claramente a situação, devemos distinguir entre dois tipos de confirmação: a geral e a específica. A confirmação geral é uma questão de compatibilidade sem que haja uma clara confirmação de pontos específicos. Pode-se também considerar como confirmação geral boa parte do que já tem sido discutido como explicação e ilustração. O quadro se encaixa na moldura e a melodia e o acompanhamento são harmônicos. A força desse tipo de provas é cumulativa. Quanto mais descobrimos que os detalhes do quadro histórico descrito pela Bíblia são compatíveis com aquilo que conhecemos pela arqueologia, embora esta não confirme diretamente aqueles detalhes, maior é a impressão que temos da autenticidade geral da Bíblia. Simples lendas ou ficções inevitavelmente se revelariam por si mesmas devido a anacronismos e incongruências." 17/278

1D. As Provas do Reino de Elba

Um achado arqueológico que diz respeito à crítica bíblica são os tabletes de Ebla, recentemente descobertos. A descoberta foi feita no norte da Síria por dois professores da Universidade de Roma, os doutores Paolo Matthiae, arqueólogo, e Giovanni Petinato, especialista em epigrafia. A escavação do sítio arqueológico, Tell Mardikh, teve início em 1964; em 1968 encontraram uma estátua do rei Ibbit-Lim. A inscrição fazia referência a Istar, a deusa que "resplandece em Ebla". No auge do seu poder, em 2300 a.C, Ebla tinha uma população de 260.000 pessoas. Foi destruída em 2250 a.C. por Naram-Sin, neto de Sargão o Grande.
Desde 1974, têm sido escavados e encontrados 17.000 tabletes do período do reino de Ebla.
Levará algum tempo até que se faça uma pesquisa significativa para estabelecer a relação entre Ebla e o mundo bíblico. No entanto, algumas contribuições valiosas já foram feitas à crítica bíblica.
No passado, os proponentes da "Hipótese Documentaria" ensinaram que o período descrito na narrativa mosaica (1400 a. C, mil anos depois do reino de Ebla) foi uma época anterior a qualquer conhecimento de escrita (veja o livro deste autor More Evidence That Demands a Veredict, p. 63). Mas Elba mostra que mil anos antes de Moisés, leis, costumes e acontecimentos eram registrados em forma escrita na mesma área do mundo em que Moisés e os patriarcas viveram.
Os proponentes da alta crítica não só têm ensinado que aquela foi uma época anterior à existência da escrita, mas também que o código e a legislação sacerdotais registrados no Pentateuco eram avançados demais para terem sido escritos por Moisés. Alegava-se que, àquela época, os israelitas eram demasiadamente primitivos para terem escrito esses textos e que só na primeira metade do período persa (538-331 a.C.) é que se registrou uma legislação tão detalhada.
No entanto, os tabletes que contêm os códigos legais de Ebla têm revelado lei e procedimentos judiciais bastante elaborados. Há várias e profundas semelhanças com o código legal de Deuteronômio (por exemplo, Deuteronômio 22:22-30), a que os críticos têm atribuído uma data bem tardia.
Um exemplo adicional da contribuição da descoberta de Ebla diz respeito a Gênesis 14, texto que durante anos tem sido considerado pouco confiável do ponto-de-vista histórico. A vitória de Abraão sobre Quedor-laomer e os reis mesopotâmicos tem sido descrita como fictícia e as cinco cidades da planície (Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar) como lendárias (opus cit., p. 79/83).
No entanto, os arquivos de Ebla se referem a todas as cinco cidades da planície, e um tablete relaciona as cidades numa seqüência idêntica a de Gênesis 14. O ambiente descrito nos tabletes reflete a cultura do período patriarcal e descreve que, antes da catástrofe registrada em Gênesis 14, a área era uma região florescente, que experimentava prosperidade e progresso, o que também está registrado em Gênesis.

2D. Exemplos de Confirmação Arqueológica do Antigo Testamento
(Para maiores informações, veja More Evidence That Demands a Veredict).

1E. Gênesis diz que os ancestrais de Israel vieram da Mesopotâmia. Com esse fato concordam as descobertas arqueológicas. Albright afirma que "não é razoável duvidar da tradição hebraica, que identifica os patriarcas diretamente com o vale Balikh, no noroeste da Mesopotâmia". As provas baseiam-se na coincidência de dados bíblicos e arqueológicos, que identificam a mobilização dessas pessoas para fora da Mesopotâmia. 3/2

2E. De acordo com as Escrituras, antes da torre de Babel "em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar" (Gênesis 11:1). Depois da edificação da torre e da sua destruição, Deus confundiu a língua de toda a terra (Gênesis 11:9). Muitos filólogos da atualidade atestam a probabilidade de tal origem para as línguas do mundo. Alfredo Trombetti afirma que isto pode identificar e demonstrar a origem comum de todas as línguas. Mas Mueller também fala dessa origem comum. E Otto Jespersen chega ao ponto de dizer que Deus deu a língua diretamente ao primeiro homem. 29/47

3E. Na genealogia de Esaú, mencionam-se os horeus (Gênesis 36:20). Outrora chegou-se a pensar que essas pessoas fossem "moradores de cavernas" devido à semelhança entre a palavra "horeu" e a palavra hebraica para "caverna" — daí a idéia de que morassem em cavernas. Hoje, no entanto, as descobertas têm revelado que os horeus constituíam um proeminente grupo de guerreiros que viviam no Oriente Próximo, à época patriarcal. 29/72

4E. Durante as escavações de Jerico (1930-1936) Garstang descobriu algo tão surpreendente que ele mesmo e dois outros membros da equipe redigiram e assinaram uma declaração do que haviam encontrado. Em relação a esses achados, Garstang diz: "De modo que quanto ao ponto principal, não há dúvida alguma: os muros caíram para fora de modo tão completo que os atacantes poderiam escalar as ruínas do muro e penetrar na cidade". E o que havia de incomum? O fato de que os muros das cidades não caem para fora, mas para dentro. Todavia, em Josué 6:20 lemos: "... o muro caiu rente com o chão, e o povo subiu à cidade, cada qual para o lugar que lhe ficava defronte, e tomaram a cidade" (IBB). Os muros foram construídos para cair para fora. 31/146

5E. Descobrimos que a genealogia de Abraão é, sem dúvida alguma, histórica. Contudo, parece haver alguma indagação sobre se esses nomes representam indivíduos ou antigas cidades. O que se sabe com certeza sobre Abraão é que ele foi um indivíduo e que de fato existiu. Como Burrows afirma: "Tudo indica que aqui temos um indivíduo histórico. Conforme comentou-se acima, ele não é mencionado em qualquer fonte arqueológica conhecida, mas seu nome aparece na Babilônia como um nome pessoal e isso no próprio período a que ele pertence". 17/258, 259

6E. Embora possivelmente não surjam provas arqueológicas das histórias dos patriarcas, os costumes sociais ali narrados harmonizam-se com os da época e região dos patriarcas. 17/278, 279
Muitas dessas provas surgiram com as escavações em Nizi e em Mari. A partir do trabalho em Ugarite, lançou-se luz sobre a poesia e a língua hebraicas. A legislação mosaica foi vista nos códigos hitita, assírio, sumério e de Eshunna. Através disso podemos enxergar a vida dos hebreus em contraste com o mundo que os cercava, e, conforme diz Albright, "essa é uma contribuição diante da qual tudo mais deve-se tornar insignificante". 6/28
Não importa qual seja a convicção religiosa de diversos estudiosos, as descobertas até agora feitas os têm levado a afirmar a natureza histórica das narrativas relacionadas aos patriarcas. 104/305

7E. Julius Wellhausen, um crítico bíblico do século dezenove e bastante conhecido, achou que o registro da pia de bronze com espelhos não fazia parte do texto original do código sacerdotal. Diante disso, ele atribui ao tabernáculo uma data tardia demais para o período de Moisés. Contudo, não existem razões válidas para aceitar a data tardia (500 a.C.) de Wellhausen. Há provas arqueológicas específicas de espelhos de bronze existentes naquilo que é conhecido como sendo o Período Imperial da história egípcia (1500-1400 a.C). Assim, vemos que esse período é contemporâneo ao de Moisés e do Êxodo (1500-1400 a.C). 29/108

8E. Henry M. Morris comenta: "É claro que ainda existem problemas para uma completa harmonização do material arqueológico com a Bíblia, mas nenhum é tão sério a ponto de anular uma perspectiva concreta de solução iminente mediante investigação mais profunda. Deve ser extremamente significativo que, diante do grande volume de provas corroboradoras da história bíblica desses períodos, hoje não exista um único achado arqueológico inquestionável que comprove que a Bíblia está errada em algum ponto". 65/95


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