domingo, 19 de junho de 2011

EVIDÊNCIA QUE EXIGE UM VEREDITO Parte 15


Esses parênteses encontram-se em Dikduke Sofrim para Abada Zara (manuscrito de munique, edição de Rabinovitz).
Sobre o texto acima, Klausner comenta: "Não resta dúvida de que as palavras 'um dos discípulos de Jesus de Nazaré' e 'assim Jesus de Nazaré me ensinou' são, nesta passagem, de uma data bem antiga e também são fundamentais no contexto da história relatada; e não se pode questionar a antigüidade dessas palavras por causa de ligeiras variações nas passagens paralelas; as variantes ('Yeshu ben Pantere' ou 'Yeshu ben Pandera', em vez de 'Yeshu de Nazaré') se devem simplesmente ao fato de que, desde uma data bem antiga, o nome 'Pantere' ou 'Pandera' se tornou largamente conhecido entre os judeus como sendo o nome do suposto pai de Jesus." 5/38

12C. A ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA
A mais recente edição da Enciclopédia Britânica emprega 20.000 palavras para descrever a pessoa de Jesus. Tal descrição ocupa mais espaço do que o que foi dado a Aristóteles, Cícero, Alexandre, Júlio César, Buda, Confúcio, Maomé ou Napoleão Bonaparte.
Acerca do testemunho de muitos relatos seculares independentes sobre Jesus de Nazaré, essa enciclopédia registra que: "Esses relatos independentes comprovam que nos tempos antigos até mesmo os adversários do cristianismo jamais duvidaram da historicidade de Jesus, a qual, pela primeira vez e em bases inadequadas, veio a ser questionada por vários autores do fim do século dezoito, do século dezenove e do início do século vinte". 3/145

BIBLIOGRAFIA

1.  BETZ, Otto. What Do We Know About Jesus? (O que Sabemos a Respeito de Jesus?). Londres: SCM Press, 1968.
2.  BRUCE, F. F. The New Testament Documents: Are They Reliable?
(Os Documentos do Novo  Testamento  São Confiáveis?). 5. ed. Downers Grove: Inter-Versity, 1972. Usado com permissão.
3.  ENCYCLOPAEDIA  Britannica   (Enciclopédia   Britânica)   15.   ed. 1974.
4.  JACOBB, Felix. Die Fragmente der  Griegrischen  Historiker  (Os Fragmentos dos Historiadores Gregos). Berlim: Wiedmann, 1923.
5.  KLAUSNER, Josep. Jesus of Nazareth (Jesus de Nazaré). Nova Iorque: The Macmillan Company, 1925.
6.  MONTGOMERY, John Warwick. History and Christianity (História e Cristianismo). Downers Grove:  Inter-Varsity,   1964.  Usado   com permissão.
7.  MOYER, Elgin. Who Was Wno in Church History (Quem Foi Quem na História da Igreja). Chicago: Moody, 1968.
8. PINES, Shlomo (professor de Filosofia na Universidade Hebraica, em Jerusalém) ! FLUSSER, David (professor na mesma universidade). Conforme artigo intitulado "CHRIST DOCUMENTA TI ON: Israeli Israeli Scholars Find Ancient Documents That Confirm the Existence of Jesus" (DOCUMENTAÇÃO ACERCA DE CRISTO: Pesquisadores Israelenses Descobrem Documentos Antigos que Acreditam Confirmar a Existência de Jesus); artigo este difundido em 12 fev. 1972 pelo serviço de divulgação do jornal New York Times e publicado em (domingo) 13 fev. 1972 pelo jornal Palm Beach Post-Times

capítulo 6:

Jesus -
O Filho de Deus...


A seguir você tem um esboço preparado para ajudá-lo a usar com eficácia este material.

1A. DECLARAÇÕES EXPLICITAS DE JESUS DE QUE ELE ERA DEUS
1B. Introdução
2B. Seu Julgamento
3B. Suas Declarações Pessoais
4B. Sua Aceitação de Adoração Prestada a Deus
5B. Suas Declarações Confirmadas por Outros

2A. DECLARAÇÕES   IMPLÍCITAS   DE JESUS DE QUE ELE ERA DEUS'
1B. Perdão dos pecados
2B. Imutabilidade
3B. Vida
4B. Juiz

3A. OS NOMES DIVINOS DE JESUS
1B. YHWH
2B. Filho de Deus
3B. Filho do Homem
4B. Aba, Pai

1A. DECLARAÇÕES EXPLICITAS

1B. Introdução

"Obviamente quem é Cristo é algo tão importante quanto o que Ele fez." 20/11 Por isso indagamos: Quem é Cristo? Que tipo de pessoa Ele é? Como afirma Albert Wells, "é de maravilhar a maneira como Ele atrai a atenção para Si mesmo, colocando-Se no centro de cada situação que
surge." 33/51
Thomas Schultz escreve que, conforme vemos, seguramente Ele não se encaixa dentro do molde de outros líderes religiosos: "Nenhum dos grandes líderes religiosos, nem Moisés, nem Paulo, nem Buda, nem Maomé, nem Confúcio, nem qualquer outro, alguma vez afirmou que era Deus; ou melhor, com a exceção de Jesus Cristo. Cristo é o único líder religioso que chegou a declarar a sua divindade e o único indivíduo que convenceu uma grande parte do mundo de que era Deus". 38/209
Como um "homem" poderia fazer outros pensarem que era Deus? Primeiramente ouçamos F. J. Meldau: "Seus ensinamentos foram finais, absolutos — acima dos de Moisés e dos profetas. Jamais reconsiderou ou revisou algo que disse; jamais se retratou e jamais mudou; jamais 'achou', deu palpites ou falou com alguma dose de incerteza. Isso tudo é tão contrário aos mestres e ensinos humanos". 24/5
Acrescente-se a isso o testemunho de Foster: "Mas a razão que se sobrepõe a todas as outras, e que diretamente levou à execução do Mestre da Galiléia, foi a incrível declaração que fez de que Ele próprio, filho de um simples carpinteiro e que viveu no meio dos cavacos e serragem da oficina de seu pai, era na realidade Deus encarnado! " 2/49
É bem possível que alguém diga: "É claro que a Bíblia apresenta Jesus dessa maneira, porque seus companheiros a escreveram com o desejo de fazer-lhe uma homenagem duradoura". Contudo, rejeitar a Bíblia toda não implica rejeitar todas as provas, conforme temos visto nos registros históricos.
William Robertson afirma: "Contudo, abordando-se a questão de um modo historicamente objetivo, descobre-se que mesmo a história secular afirma que Jesus viveu sobre a terra e que foi adorado como Deus. Ele fundou uma igreja que o tem adorado por 1.900 anos. Ele mudou o rumo da história do mundo". 23/29

2B. O Julgamento

Marcos 14:61-64 relata: "Ele, porém, guardou silêncio, e nada respondeu. Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote, e lhe disse: És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito? Jesus respondeu: Eu sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do Todo-poderoso vindo com as nuvens do céu. Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes e disse: Que mais necessidade temos de testemunhas? Ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o julgaram réu de morte".
O Juiz Gaynor, renomado jurista dos tribunais de Nova Iorque, em alocução sobre o julgamento de Jesus, afirma que a única acusação feita contra Ele perante o Sinédrio foi a de blasfêmia. Ele diz: "Em todos os evangelhos está claro que o suposto crime pelo qual Jesus foi julgado e condenado foi o de blasfêmia: ... Jesus vinha afirmando que tinha poderes sobrenaturais, que, para o ser humano, seria uma blasfêmia" (citando João 10:33). A blasfêmia era de que ele se fazia Deus a si mesmo, e não o que Ele afirmara a respeito do Templo. 6/118, 119
Sobre as perguntas dos fariseus, A. T. Robertson diz: "Jesus aceita a provocação e reconhece que Ele reivindica ser todos os três (o Messias, o Filho do homem e o Filho de Deus). 'Vós dizeis' (humeis legete) é simplesmente uma expressão idiomática grega para 'sim' (compare 'Eu sou', em Marcos 14:62, com 'tu o disseste', em Mateus 26:64)". 31/227
Foi diante da resposta de Jesus que o sumo sacerdote rasgou suas vestes. H. B. Swete explica o significado desse gesto: "A lei proibia que o Sumo Sacerdote rasgasse suas vestes nos casos de problemas particulares (Levítico 10:6; 21:10), mas, ao atuar como juiz, deveria expressar dessa maneira sua indignação diante de qualquer blasfêmia pronunciada em sua presença. Manifesta-se assim o desabafo do juiz que se sente constrangido. Caso provas concretas não estivessem surgindo, essa necessidade estava superada: o Prisioneiro havia incriminado a Si mesmo". 43/339
Começamos a ver que esse não foi um julgamento comum. Irwin Linton, um advogado, traz esse detalhe à tona; quando declara: "Dentre os julgamentos de crimes cometidos, o de Jesus é sui generis, pois não são as ações, mas a identidade do acusado que está em questão. A acusação de crime feita contra Cristo, a confissão ou testemunho ou, melhor, o comportamento diante da corte, pelo qual Ele foi condenado, a pergunta feita pelo governador romano e a inscrição e proclamação colocadas sobre a cruz, na hora da execução, tudo isso diz respeito a uma só questão, a da verdadeira identidade e importância de Cristo. 'Que pensais vós do Cristo? de quem é filho?'." 20/7
Sobre este mesmo aspecto, Frank Morison, outrora um cético, nos diz: "Jesus de Nazaré foi condenado à morte não com base nas afirmações de Seus acusadores, mas numa confissão que, sob juramento, levaram-no a fazer". 27/25
Também de Hilarin Felder {Christand the Critics - Cristo e os Críticos) ouvimos o seguinte: "Esta análise minuciosa do julgamento de Jesus deve ser suficiente para nos tornar convictos de que o salvador reconheceu perante seus juizes que verdadeiramente era Deus". 7/299, 300
Simon Greenleaf, que foi professor na Faculdade de Direito de Harvard, uma das mais renomadas dos Estados Unidos, e um grande advogado, disse o seguinte acerca do julgamento de Jesus: "Não é fácil ver com que fundamentos Sua conduta poderia ter sido defendida perante qualquer tribunal, a não ser com base em Seu caráter sobre-humano. Acredita-se que nenhum advogado pensaria em basear Sua defesa em qualquer outro aspecto". 10/562
Muito embora as respostas de Jesus dadas aos juizes assumam diferentes formas em cada um dos evangelhos sinóticos, vemos que, tal como nos mostra Morison, elas são idênticas no significado: "...Essas respostas são de fato idênticas. As expressões 'tu o disseste' ou 'vós dizeis que eu sou', que para as pessoas de hoje soam como uma resposta evasiva, não tinham essa conotação para a mentalidade judaica da época. 'Tu o dizes' era a forma pela qual um judeu educado respondia a uma pergunta de conseqüências graves ou sombrias. As boas maneiras determinavam que não se devia responder diretamente 'sim' ou 'não'." 27/26
Para ter certeza de que Jesus deu a entender isso mesmo em suas respostas, C. G. Montefiore analisa a declaração que fez logo após afirmar a Sua divindade: "As duas expressões, 'Filho do homem' (freqüentemente ditas por Ele mesmo) e 'à direita do Todo-poderoso' (uma característica expressão hebraica que designa a divindade) revelam que a resposta se harmoniza perfeitamente com o espírito e a maneira de falar de Jesus." 26/360
Está perfeitamente claro que esse é o testemunho que Jesus desejava dar de Si mesmo. Também percebemos que os judeus devem ter compreendido Sua resposta como uma afirmação de que Ele era Deus. Havia, portanto, duas alternativas: ou Suas afirmações eram pura blasfêmia, ou Ele era Deus. Os juizes tiveram que ver a questão claramente — na verdade, O crucificaram claramente e, então, O ridicularizam: "Confiou em Deus... porque disse: 'Sou Filho de Deus'" (Mateus 27:43). 40/125
Assim, vemos que Jesus foi crucificado por ser quem Ele realmente era, por ser o Filho de Deus. Um esboço de Seu testemunho deixará isso claro. Em Seu testemunho ele afirmou que:
1.              Ele era o Filho do Deus Bendito.
2.              Ele era aquele que se sentaria à direita do Todo-poderoso.
3.      Ele era o Filho do homem, que viria sobre as nuvens do céu. Diante disso William Child Robinson conclui que "cada uma dessas (três) afirmações é caracteristicamente messiânica. Em termos messiânicos, essas afirmações têm um impacto potencializador de 'significado impressionante"'. 33/65
Por sua vez, Herschel Hobbs reitera que: "O Sinédrio compreendeu as três questões. Eles as resumiram em uma única pergunta: 'És o Filho de Deus?' Essa pergunta aguardava uma resposta afirmativa. A pergunta equivalia a uma declaração da parte deles. Por isso Jesus simplesmente respondeu: 'Vós dizeis que eu sou'. De modo que Ele os fez admitirem Sua identidade antes que formalmente o declarassem réu de morte. Foi uma estratégia inteligente da parte de Jesus. Ele iria morrer com base em seu próprio reconhecimento de que era Deus, mas também com base no reconhecimento deles".
"De acordo com eles não havia necessidade de qualquer outro testemunho, pois eles próprios haviam-nO ouvido dizer. De sorte que o condenaram pelas palavras da 'sua Própria boca'. Mas Ele também os condenou pelas palavras que pronunciaram. Não poderiam dizer que não declararam o Filho de Deus réu de morte." 12/322
Robert Anderson diz:
"Mas nenhuma prova confirmadora é mais convincente do que a de testemunhas hostis, e o fato de que o Senhor fez declarações de que era Deus é incontestavelmente confirmado pelas atitudes tomadas por Seus inimigos. Devemos nos lembrar de que os judeus não eram uma tribo de selvagens ignorantes, mas um povo de elevado nível cultural e de intensa vida religiosa; e foi com base nessa mesma acusação que, sem uma única voz discordante, Sua morte foi decretada pelo Sinédrio — o grande concilio nacional dos judeus, composto pelos seus mais destacados líderes religiosos, inclusive homens como Gamaliel e seu grande discípulo, Saulo de Tarso." 2/5
Hilarin Felder faz uma afirmação que lança mais luz sobre o julgamento que os fariseus chegavam a impor a si mesmos: "Mas, uma vez que eles condenam o Salvador por blasfêmia, com base na sua própria confissão, os juizes atestam oficialmente e sob juramento que Jesus confessou não apenas que era o Rei-Messias teocrático e o filho humano de Deus, mas também o Messias divino, aquele que, em Sua essência, era o Filho de Deus. Com base nessa admissão, ele foi executado". 7/306, vol. 1.
Como resultado de nosso estudo, podemos afirmar seguramente que Jesus afirmou que Ele próprio era Deus, de maneira que todos poderiam reconhecer. Essas afirmações foram consideradas blasfemais pelos líderes religiosos, e resultaram em Sua crucificação "porque a si mesmo se fez Filho de Deus" (João 19:7). 21/45

3B. Outras Declarações

1C. IGUALDADE COM O PAI

1D. João 10:30-33

Jesus afirmou que era Deus em outros trechos dos Evangelhos? Os judeus disseram que sim, conforme podemos ver na seguinte passagem:
"Eu e o Pai somo um. Novamente os judeus pegaram as pedras para lhe atirar. Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais? Responderam- lhe os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos, e, sim, por causa da blasfêmia, pois sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo". 22/409
"Uma implicação interessante e confirmadora surge quando se estudam os vocábulos gregos do texto. Em A. T. Robertson encontramos o seguinte: "Um (hen). Gênero neutro, e não masculino (que seria, então, heis). Isso significa que não são uma só pessoa (cf. heis em Gálatas 3:28), mas uma só essência ou natureza."
Robertson então acrescenta: "Essa afirmação incisiva é o clímax das declarações de Cristo sobre a relação entre o Pai e Ele mesmo, o Filho. Elas despertam uma ira incontrolável por parte dos fariseus." 31/186,187
Fica, portanto, bem claro que, na mente daqueles que ouviram essa afirmação, não havia qualquer dúvida de que Jesus tivesse dito perante eles que Ele era Deus. Por isso: "Os judeus poderiam considerar as palavras de Jesus como blasfêmia, e tomaram a iniciativa de fazer justiça com as próprias mãos. Estava escrito na Lei que a blasfêmia devia ser punida com o apedrejamento (Levítico 24:16). Mas esses homens não estavam deixando que os devidos trâmites legais seguissem o seu curso. Eles não estavam preparando uma acusação, a fim de que as autoridades tomassem as providências necessárias. Em sua fúria, estavam se  preparando  para  ser ao mesmo tempo juizes e executores. O 'novamente' nos faz lembrar de uma tentativa anterior de apedrejamento (João 8:59) ".3/524
A resposta deles elimina qualquer possibilidade de que Jesus esteja sendo ameaçado de apedrejamento por causa de Suas boas obras. Pelo contrário, foi "por causa da blasfêmia". Sem dúvida alguma, eles compreenderam os ensinos de Jesus, mas alguém perguntará: Será que eles pararam para refletir sobre se as reivindicações dEle eram ou não verdadeiras?

2D. João 5:17, 18:

"Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus."
Um estudo feito por A. T. Robertson em Word Pictures of the New Testament (Descrições de Palavras do Novo Testamento) oferece algumas idéias interessantes: "Jesus foi categórico quando disse: meu Pai' (ho pater mou), e não 'nosso Pai', fazendo assim uma afirmação de sua relação especial com o Pai. 'Trabalha até agora (Theos arti ergazetai) ...Jesus se coloca em pé de igualdade com a atividade de Deus e, assim, justifica o fato de curar no dia de sábado." 31/82, 83
Também é digno de nota o fato de que os judeus não se referiam a Deus como "meu Pai". Quando o faziam, acrescentavam a afirmação "que está no céu". No entanto, Jesus não procede assim. Ele fez uma afirmação que os judeus só poderiam interpretar corretamente ao chamar Deus de "meu Pai". 28/309
Jesus deixa igualmente implícito que enquanto Deus está trabalhando, Ele, o Filho, também está trabalhando. 29/10, 83 Mais uma vez os judeus compreenderam a implicação de que Ele era Filho de Deus. Como conseqüência dessa afirmação, o ódio dos judeus cresceu. Muito embora estivessem procurando, principalmente, persegui-lo, estavam cultivando cada vez mais o desejo de matá-lo. 17/376

2C. "EU SOU"

João 8:58: "Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: Antes que Abraão existisse, eu sou."
"Ele lhes disse: 'Em verdade, em verdade eu vos digo...' Principiando com um duplo Amém — a fórmula mais incisiva de juramento — o nosso Senhor reivindica o nome incomunicável do Ser Divino. Os judeus reconhecem o que Jesus quis dizer e, horrorizados, buscam apedrejá-lo." 39/54
Como os judeus receberam essa afirmação? Como Henry Alford nos informa, "... toda exegese dessas palavras, que seja feita sem preconceito, deve reconhecer nas próprias palavras uma declaração da pré-existência intrínseca de Cristo." 1/801, 802
No Livro Word Studies of the New Testament (Estudos de Palavras do Novo Testamento), Marvin Vincent escreve que a afirmação de Jesus é "a expressão que designa o "EU SOU" (eimi) absoluto e atemporal". 44/181 , vol. 2
Reportando-nos a passagens do Antigo Testamento, podemos descobrir o significado de "EU SOU", A. G. Campbell apresenta-nos a seguinte conclusão: "A partir de referências do Antigo Testamento, tais como Êxodo 3:14, Deuteronômio 32:29 e Isaías 43:10, fica claro que essa não é alguma idéia nova que Jesus esteja apresentando. Os judeus estavam bem familiarizados com a idéia de que o Jeová do Antigo Testamento é Aquele que é eternamente existente. O que há de novo para os judeus é a identificação dessa expressão com a pessoa de Jesus". 4/12
Pelas reações dos judeus que o cercavam, temos uma prova de que eles compreenderam Sua afirmação como uma reivindicação de uma natureza absolutamente divina. A compreensão que tiveram da situação levou-os a tomar a iniciativa de cumprir a lei mosaica sobre blasfêmia, apedrejando Jesus (Levítico 24:13-16).
Sobre esse assunto Campbell fala para o não-judeu: "Que nós também devemos compreender a expressão 'Eu sou' (eimi) como tendo sido pronunciada com a intenção de declarar a plena divindade de Jesus é algo que fica claro a partir do fato de que Jesus não tentou se explicar. Não tentou convencer os judeus de que haviam entendido errado. Pelo contrário, diversas vezes e em diversas ocasiões, Ele repetiu essa declaração." 4/12,13

3C. JESUS TEM DIREITO À MESMA HONRA QUE É PRESTADA ADEUS

João 5:23, 24: "A fim de que todos honrem o Filho, do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou. Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.'
Na parte final desse versículo Jesus faz uma advertência àqueles que O acusam de blasfêmia. Ele lhes diz que, ao lançarem insultos contra Ele, na verdade estão fazendo-o contra Deus, e que Deus se indigna com a maneira de eles tratarem Jesus. 8/174, vol. 2
Também vemos que Jesus reivindica o direito de ser adorado como Deus. E daí se conclui que, como já foi dito anteriormente, desonrar Jesus é desonrar a Deus. 31/86
Citado por J. C. Ryle em Expository Thoughts on the Gospels (Pensamentos Expositivos sobre os Evangelhos), Wordsworth comenta: "Aqueles que professam zelo pelo único Deus não O honram, a menos que honrem o filho da maneira como honram o Pai." 34/291, vol. 1

4C. CONHECER A MIM

João 8:19: "Então eles lhe perguntaram: Onde está teu Pai? Respondeu Jesus: Não me conheceis a mim nem a meu Pai, se conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai."

5C. CRER EM MIM

João 14:1: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim."
'Ele estava destinado à morte, a morte que alcança todos os homens. No entanto, Ele teve a audácia de exigir que fizessem dEle um objeto de fé. Ele se fez a chave para a questão do destino, e claramente afirmou que o futuro deles dependia da obra dEle. Ele prometeu preparar um lugar para eles e retornar para buscá-los." 43/213

6C. QUEM ME VÊ

João 14:9: "Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vé a mim, vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?"

7C. EU VOS DIGO...

Mateus 5:20, 22, 26, 28, etc.
Nessas passagens encontramos Jesus ensinando e falando em Seu próprio nome. Fazendo-o assim, Ele elevou diretamente aos céus a autoridade de Suas palavras. Em vez de repetir a expressão usada pelos profetas, "assim diz o Senhor", Jesus repetia "em verdade, em verdade, eu vos digo".
Como Karl Scheffrahn e Henry Kreyssler nos mostram: "Ele jamais hesitou ou pediu desculpas. Nunca precisou contradizer-se, e retirar ou modificar algo que tivesse dito. Ele falou as inequívocas palavras de Deus. Ele afirmou: 'Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Marcos 13:31). 37/11

4B. Ele Pediu e Aceitou a Adoração Devida a Deus

1C. ADORAÇÃO RESERVADA SOMENTE PARA DEUS

1D. Prostrar-se em atitude de reverência é o maior ato de adoração e culto que se pode prestar a Deus (João 4:20-22; Atos 8:27).

2D. Adoração em espírito e em verdade (João 4:24).

3D. "Ao Senhor teu Deus adorarás" (Mateus 4:10; Lucas 4:8).

2C. JESUS RECEBEU ADORAÇÃO COMO DEUS E ACEITOU-A

1D. "E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o..." (Mateus 8:2).

2D O homem que nascera cego, depois de ser curado, "prostra-se aos Seus pés e O adora" (João 9:35-39).

3D. Os discípulos "o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus" (Mateus 14:33).

4D. "E logo disse a Tome: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega também a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incréculo, mas crente. Respondeu-lhe Tome: Senhor meu e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Por que me viste, creste: Bem-aventurados os que não viram, e creram" (João 20:27-29).

3C. JESUS COMPARADO COM OUTROS

1D. O centurião Cornélio cai aos pés de Pedro e o adora. Pedro reprova-o, dizendo: "Ergue-te, que eu também sou homem" (Atos 10:25, 26).

2D. Diante do anjo do Apocalipse, João caiu aos "seus pés para adorá-lo", e o anjo lhe falou que era um "conservo" de João, o qual devia adorar "a Deus" (Apocalipse 19:10).

4C. Como vemos, Jesus ordenou e aceitou a adoração como Deus. Foi esse fato que levou Thiessen a escrever: "Caso Ele seja um defraudador, ou caso tenha se enganado a si mesmo, e, caso numa hipótese ou outra, Ele não seja Deus, Ele não é bom (Christus si non Deus, non bônus)" (THIESSEN. Outline of Lectures in Systematic Theology — Esboço de Preleções em Teologia Sistemática p. 65).

5B. O Que Outros Disseram

1C. PAULO

1D. Filipenses 2:9-11: "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra".

2D. Tito 2:13: "Aguardando a bendita esperança e a grande manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus..."

2C. JOÃO BATISTA
"E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea como pomba; e ouviu-se uma voz do céu: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo" (Lucas 3:22).

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