sábado, 11 de junho de 2011

EVIDÊNCIA QUE EXIGE UM VEREDITO Parte 7


capítulo 4:

A Credibilidade da Bíblia...


TÓPICO 1 - A CONFIRMAÇÃO DO TEXTO HISTÓRICO

4A. A FIDEDIGNIDADE E CONFIABILIDADE DAS ESCRITURAS

1B. Introdução

Estamos provando aqui não a inspiração, mas a credibilidade histórica das Escrituras.
Deve-se testar a credibilidade histórica das Escrituras pelos mesmos critérios usados para testar todos os documentos históricos.
C. Sanders, em Introduction to Research in English Literary History (Introdução à Pesquisa em História da Literatura Inglesa), relaciona e explica os três princípios básicos da historiografia. São, a saber, o teste bibliográfico, o teste das evidências internas e o das evidências externas. 81/143ss.

2B. O Teste Bibliográfico da Credibilidade do Novo Testamento

O teste bibliográfico é um exame da transmissão textual pela qual os documentos chegam até nós. Em outras palavras, uma vez que não dispomos dos documentos originais, qual a credibilidade das cópias que temos em relação ao número de manuscritos e ao intervalo de tempo transcorrido entre o original e a cópia existente? 64/26
F. E. Peters ressalta que "baseando-se apenas na tradição dos manuscritos, as obras que formam o Novo Testamento dos cristãos foram os livros antigos mais freqüentemente copiados e mais amplamente divulgados/' 69/50

1C. EVIDÊNCIAS DOS MANUSCRITOS ACERCA DO NOVO TESTAMENTO

Atualmente sabe-se da existência de mais de 5.300 manuscritos gregos do Novo Testamento. Acrescentem-se a esse número mais de 10.000 manuscritos da Vulgata Latina e, pelo menos, 9.300 de outras antigas versões,  e  teremos hoje  mais  de  24.000  cópias  de  porções  do  Novo Testamento.
Nenhum outro documento da história antiga chega perto desses números e dessa confirmação. Em comparação, a Ilíada de Homero vem em segundo lugar, com apenas 643 manuscritos que sobreviveram até hoje. O primeiro texto completo e preservado de Homero data do século treze. 58/145

25.000


20.000

24.633 manuscritos

15.000


10.000


5.000  

643 manuscritos
Novo Testamento
               Ilíada



A seguir apresentamos um quadro estatístico dos manuscritos remanescentes do Novo Testamento:


Grego


Unciais
267
Minúsculas
2.764
Lecionários
2.143
Papiros Achados recentes
88 47


Manuscritos
Gregos existentes
TOTAL
5.309
Versão Vulgata Latina
Etiópico
Eslavônico
Armênio
Versão Siríaca (Peshita)
Copta
Árabe
Versão Velha Latina
Anglo-Saxônico
Gótico
Sogdiano
Siríaco Antigo
Medo-Persa
Frâncico
mais de 10.000 mais de 2.000 4.101
2.587
mais de 350 100
75
50
7 6
3
2
2 1


As informações para os gráficos acima foram extraídas das seguintes fontes:
ALAND, Kurt. Journal of Biblical Literature (Revista de Literatura Bíblica), v. 87, 1968.
ALAND, Kurt. Kurzgefasste Liste Der Griegrischen Handschriften Des Neuen Testaments (Breve Lista dos Manuscritos Gregos do Novo Testamento). W. De Gruyter, 1963.
ALAND, Kurt. "Neue Neutestamentliche Papyrii III" (Novos Papiros Terceira Parte). In. New Testament Studies (Estudos do Novo Testamento). Jul. de 1976.
METZGER, Bruce. The Early Versions of the New Testament As Antigas Versões do Novo Testamento). Oxford: Clarendon, 1977.
PARVIS, Merrill M. e WIKGREN, Allen, ed. New Testament Manus-cript Studies (Estudos dos Manuscritos do Novo Testamento). Chicago: University of Chicago, 1950.
RHODE, Eroll F. An Annotated List of Armenian New Testament Manuscripts (Uma Lista Comentada de Manuscritos Armênios do Novo Testamento).Tóquio: Ikeburo, 1959.
HYATT, J. Phillip. The Bible and Modern Scholarship (A Bíblia e a Erudição Moderna). Abingdon, 1965.
John Warwick Montgomery afirma que "ter uma atitude cética quanto ao texto disponível dos livros do Novo Testamento é permitir que toda a antigüidade clássica se torne desconhecida, pois nenhum documento da história antiga é tão bem confirmado bibliograficamente como o Novo Testamento." 64/29
Sir Frederic G. Kenyon, que foi diretor e bibliotecário-chefe do Museu Britânico, reconhecido como uma das maiores autoridades em manuscritos, diz: "... além da quantidade, os manuscritos do Novo Testamento diferem das obras dos autores clássicos em outro aspecto, e mais uma vez a diferença é bem clara. Em nenhum outro caso o intervalo entre a composição do livro e a data dos mais antigos manuscritos existentes é tão curto quanto no do Novo Testamento. Os livros do Novo Testamento foram escritos na última parte do século primeiro; com exceção de fragmentos muitos pequenos, os manuscritos mais antigos existentes são do quarto século - cerca de 250 a 300 anos depois".
"Isso pode parecer um intervalo considerável, mas não é nada em comparação com o tempo transcorrido entre os grandes escritores clássicos e seus mais antigos manuscritos. Cremos que, em todos os pontos essenciais, temos um texto bastante fiel das sete peças remanescentes de Sófocles; no entanto, o manuscrito mais antigo e substancioso de Sófocles foi copiado mais de 1.400 anos depois de sua morte." 48/4
Em The Bible and Archaeology (A Bíblia e a Arqueoloiga), Kenyon afirma: "De modo que o intervalo entre as datas da composição do original e os mais antigos manuscritos existentes se torna tão pequeno a ponto de, na prática, ser insignificante. Assim, já nao há base para qualquer dúvida de que as Escrituras tenham chegado até nós tal como foram escritas. Pode-se considerar que finalmente estão comprovadas tanto a autenticidade como a integridade geral dos livros do Novo Testamento." 46/288
F. J. A. Hort acrescenta, com acerto, que "na variedade e multiplicidade de provas sobre as quais repousa, o texto do Novo Testamento destaca-se de um modo absoluto e inigualável entre os textos em prosa da antigüidade." 43/561
J. Harold Greenlee declara: "...o número de manuscritos néo-testamentários disponíveis é surpreendentemente maior do que os de qualquer outra obra da literatura antiga. Em terceiro lugar, os mais antigos manuscritos existentes do Novo Testamento foram escritos numa data muito mais próxima da composição do texto original do que no caso de qualquer outro texto da literatura antiga". 37/15

2C. O   NOVO   TESTAMENTO   EM   COMPARAÇÃO  COM OUTRAS OBRAS DA ANTIGÜIDADE

1D. A Comparação de Manuscritos

Em Merece Confiança o Novo Testamento?, F. F. Bruce faz comparações entre o Novo Testamento e antigos textos de história, e apresenta uma descrição marcante a respeito: "Talvez possamos avaliar melhor quão rico é o Novo Testamento em matéria de evidência manuscrita, se compararmos o material textual subsistente com outras obras históricas da antigüidade. Da obia De Bello Gallico (As Guerras Gaulesas), de César, existem vários manuscritos, mas apenas nove ou dez estão em boas condições, e o mais antigo data de aproximadamente 900 anos depois de César. Dos 142 livros da História Romana de Lívio (59 a.C. a 17 A.D.) subsistem apenas 35; estes nos são conhecidos à base de não mais de vinte manuscritos de algum valor, dos quais somente um (contendo fragmentos dos livros III-VI é de data tão remota quanto o século quarto. Dos catorze livros das Histórias de Tácito (cerca de 100 A.D.), só existem quatro e meio; dos dezesseis livros dos seus Anais, restam dez completos e dois incompletos. O texto das porções existentes das duas grandes obras históricas de Tácito depende totalmente de dois manuscritos, um do século nono e outro do século onze."
Os manuscritos remanescentes das obras menores de Tácito (Dialogus de Oratoribus (Diálogo sobre os Oradores), Agrícola e Germania) provêm todos de um códice do século décimo. Conhecemos a História de Tucíde-des (cerca de 460-400 a.C.) a partir de oito manuscritos, dos quais o mais antigo data de 900 A.D., e de uns poucos fragmentos de papiros, escritos aproximadamente no início da era cristã. O mesmo se dá com & História de Heródoto (cerca de 480-425 a.C). No entanto, nenhum conhecedor profundo dos clássicos daria ouvidos à tese de que a autenticidade de Heródoto ou Tucídedes é questionável porque os mais antigos manuscritos de suas obras foram escritos mais de 1.300 anos depois dos originais." 16/23, 24
Em Introduction to New Testament Textual Criticism (Introdução à Crítica Textual do Novo Testamento), Greenlee escreve acerca do hiato de tempo entre o manuscrito original (o autógrafo) e o manuscrito existente (a velha cópia remanescente), afirmando que "os mais antigos e conhecidos manuscritos da maioria dos autores gregos clássicos foram escritos pelo menos mil anos depois da morte do seu autor. O intervalo de tempo para os escritores latinos é um pouco menor, reduzindo-se a um mínimo de três séculos no caso de Virgílio. Todavia, no caso do Novo Testamento, dois dos mais importantes manuscritos foram escritos em prazo não superior a 300 anos após o Novo Testamento estar completo, e manuscritos virtualmente completos, de alguns livros do Novo Testamento, bem como manuscritos incompletos, mas longos, de muitas partes do Novo Testamento foram copiados em datas tão remotas quanto um século após serem originalmente escritos." 37/16
Greenlee acrescenta que "uma vez que os estudiosos aceitam que os escritos dos antigos clássicos são em geral fidedignos, muito embora os mais antigos manuscritos tenham sido escritos tanto tempo depois da redação original e o número de manuscritos remanescentes seja, em muitos casos, tão pequeno, está claro que, da mesma forma, fica assegurada a credibilidade no texto do Novo Testamento". 37/16
Bruce Metzger, em The Text of the New Testament (O Texto do Novo Testamento), fala de modo persuasivo sobre a comparação: "As obras de inúmeros autores antigos foram preservadas pela mais tênue linha de transmissão possível Por exemplo, o compêndio de história de Roma, por Veléio Patérculo, sobreviveu até a era moderna através de um único e incompleto manuscrito, a partir do qual se preparou a primeira edição impressa - e perdeu-se esse manuscrito solitário após ser copiado pelo Beato Rhenanus em Amerbach. Mesmo em relação aos Anais do famoso historiador Tácito, no que diz respeito aos seis primeiros livros dessa obra, ela só sobreviveu devido a um único manuscrito, do século nono. Em 1870 o único manuscrito conhecido da Epístola a Diogneto, um texto cristão bem antigo que os compiladores geralmente incluem entre os escritos dos Pais Apostólicos, perdeu-se num incêndio na biblioteca municipal de Estrasburgo. Em contraste com esses dados estatísticos, o crítico textual do Novo Testamento fica perplexo diante da riqueza de material disponível". 62/34
F. F. Bruce declara: "No mundo não há qualquer corpo de literatura antiga que, à semelhança do Novo Testamento, desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual". 15/178





AUTOR
Data do
Original
Cópia mais Antiga
Intervalo em anos
N° de Cópias
César
10044 a.C.
900 A. D.
1.000
10
Lívio
59 a.C.-17A.D.


20
Platão
(Tetralogias)
427-347a.C.
900A.D.
1.200
7
Tácito (A nais)
20 (-)
100A.D.
1100A.D.
1.000
obras menores
100 A.D.
1100A.D.
1.000
1
Plínio o Jovem
(História)
61-113A.D
850 A. D
750
7
Tucídedes (História)
460-400 a.C.
900A.D.
1.300
8
Suetôni o (De Vita
Caesarum)

75-160A.D.
950A.D.
800
Heródoto
(História)

480-4 25 a.C

900A.D.

1.300

8
Horácio



900
Sófocles
496-406 a.C.
1000A.D.
1.400
193
Lucrécio
Morto em  55  ou 53  a.C

1.100
2
Cátulo
54a.C
1550A.D.
1.600
3
Eurípides
480-406 a.C.
1100A.D.
1.300
200
Demóstenes
383-322 a.C.
1100 A.D.
1.300
200*
Aristóteles
384-322a.C.
1100A.D.
1.400
49+
Aristófanes
450-385a.C.
900A.D.
1.200
10
*      Todos de uma única cópia.



+      De qualquer obra isolada.







"
2D. A Comparação Textual

Bruce Metzger comenta: "Dentre todas as composições literárias escritas pelo povo grego, os poemas homéricos são os mais adequados para uma comparação com a Bíblia". 61/144 Ele acrescenta: "Em todo o corpo de literatura antiga, tanto grega como latina, a Ilíada é a que mais se aproxima do Novo Testamento por possuir a maior quantidade de testemunho de manuscritos". 61/144

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