sábado, 31 de outubro de 2015

Todo Dia Com Jesus

1 Timóteo 5:1-16

Em nosso relacionamento com outros cristãos, podemos servir-nos dos vínculos da família como nosso exemplo: "pai... irmãos... mãe... irmãs..." (v. 12). Nunca percamos de vista o fato de que formamos uma única e mesma família: a família de Deus.
Cada um é convidado a mostrar sua piedade, mas primeiramente para com sua própria casa (v. 4). Os fariseus pregavam o contrário. Ao mesmo tempo em que ostentavam devoção, invalidavam o mandamento de Deus ao afastar os filhos de seus mais legítimos deveres para com os pais (ver Marcos 7:12-13).
Com um só versículo, o 10, resume-se uma vida inteira ao serviço do Senhor. Que cada irmã ache inspiração e força a fim de não desejar outra coisa!
Os vv. 3 a 16, que são consagrados às viúvas, recordam que Deus cuida delas de maneira muito particular (ver Salmo 68:5). O Evangelho de Lucas menciona quatro viúvas: Ana, cuja vida de oração constante ilustra o v. 5 de nosso capítulo (Lucas 2:36-38); a viúva de Naim, à qual o Senhor Jesus devolveu o seu filho (Lucas 7:11-17); a que pedia justiça ao juiz injusto da parábola do capítulo 18; e, finalmente, a pobre viúva que, ante os olhos do Senhor - e para Seu gozo -, deu ao tesouro do templo tudo o que tinha para seu sustento (Lucas 21:1-4). O que agrada a Deus acima de tudo é uma fé completa nEle (Hebreus 11:6).
O-que-e-o-dia-da-reforma
O que é o Dia da Reforma? Para responder a essa pergunta, façamos outra pergunta: Quando é o Dia da Reforma? É o dia 31 de outubro. Nele, comemoramos os eventos de 31 de outubro de 1517. Naquele dia, Martinho Lutero, um monge agostiniano, pregou suas 95 teses à porta da igreja em Wittemberg, Alemanha. Ora, por que Lutero faria isso? Para responder a essa pergunta, precisamos apresentar alguns outros personagens.
Um desses personagens foi Alberto de Brandeburgo. Alberto não tinha idade para ser um bispo e, ainda assim, em 1517, já era bispo sobre duas cidades, o que era contra a lei da igreja. Além disso, ele queria ser arcebispo de Mainz. Possuir três cargos também era contra a lei da igreja, o que significava que Alberto precisava de uma dispensa papal.
Assim, o Papa Leão X entra na nossa história. Leão era da família Médici de Florença. Os Médici eram um clã proeminente de bancários e patronos das artes. Foi Leão que trouxe Michelangelo para pintar o teto da Capela Sistina no Vaticano. Alberto se reuniu com Leão para conseguir uma dispensa, e como bons homens de negócios, eles fecharam um acordo. Por dez mil ducados, Alberto poderia ter seus três bispados. Mas Alberto tinha um problema: seu dinheiro estava aplicado, em grande parte, em bens imobiliários, não em espécie; assim, eles precisavam levantar o dinheiro.
Assim, outro personagem entra: João Tetzel, o frade empreendedor. Ele vendia indulgências em nome de Alberto, e parte do dinheiro ia para ajudar Alberto a pagar o custo de se tornar arcebispo de Mainz. Tais indulgências eram fornecidas pelo papa, e não só cuidavam que pecados passados fossem perdoados, mas também os pecados futuros. Elas também permitiam que o comprador tirasse parentes do purgatório. Assim, Tetzel começou a vender essas indulgências usando um jingle: “Assim que a moeda na caixa cai, a alma do purgatório sai”.
A forma como isso se desenvolvia perturbou muito Lutero. Ele viu como essas coisas eram contrárias à doutrina da igreja na época, e observou algumas pessoas que estavam sob seu cuidado indo comprar as indulgências de Tetzel. Então, ele fez o que um estudioso podia fazer. Ele entrou em seu escritório e escreveu suas 95 teses para convocar um debate público. Ele publicou as teses em 31 de outubro.
Logo na primeira tese, ele diz o seguinte: “Quando nosso Senhor e Mestre, Jesus Cristo, disse: ‘Arrependei-vos’, Ele pretendia dizer que toda a vida do crente deve ser caracterizada por arrependimento”. É fascinante que Lutero faça referência ao chamado de Jesus às pessoas a arrependerem-se em Mateus 4.17. Há algo mais que entrou no jogo aqui, outra coisa que explica o Dia da Reforma.
Em 1516, o Novo Testamento Grego foi publicado pelo estudioso humanista Desidério Erasmo, e quando Lutero leu o Novo Testamento Grego, ele percebeu que a Vulgata Latina — por séculos, o texto oficial da igreja — estava errada. A Vulgada havia traduzido a palavra grega em questão (representada em nossa língua por “arrependei-vos”) como “fazei penitência”. Tal tradução serviu por séculos para apoiar o sistema sacramental católico romano.
O verdadeiro personagem principal do Dia da Reforma não é Lutero. É a Palavra de Deus. O que Lutero descobriu como monge foi que, por séculos, os verdadeiros ensinos da Palavra de Deus haviam sido escondidos por século após século de tradição. É disso que se trata o Dia da Reforma: abrir as cortinas e liberar o poder da Palavra de Deus e a beleza da verdade do evangelho. É por isso que celebramos o Dia da Reforma.
Por: Stephen Nichols. © 2015 5minutesinchurchhistory.com. Original: What Is Reformation Day?.
Tradução: Alan Cristie. Revisão: Vinicius Musselman Pimentel. © 2014 Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: MinisterioFiel.com.br. Original: O que é o Dia da Reforma Protestante? [Bônus: Wallpaper].
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Todo Dia Com Jesus

1 Timóteo 4:1-16

O grande mistério da piedade tem sido menosprezado por muitos. Alguns eliminam as coisas que lhes são desconfortáveis. Outros acrescentam práticas legais ou superstições. O"bom ministro" se alimenta da "boa doutrina" (v. 6). Então estará em condições de ensinar aos demais (vv. 11 e 13). A piedade é uma virtude na qual devemos exercitar-nos (em grego gymnazo, de onde vem a nossa palavra "ginástica"). Exercitamo-nos para a piedade. O exercício físico é útil para a saúde de nosso corpo: pouca coisa se comparada aos progressos da alma aos quais leva a prática diária da piedade. Notemos que o exercício individual é necessário, pois ninguém pode viver a piedade do outro. Desta forma, o jovem Timóteo poderá ser um "treinador" para outros (v. 12, ver Tito 2:7): um padrão na palavra, a qual é confirmada por um procedimento inspirado no amor, o qual por sua vez é iluminado pela fé, a qual finalmente é preservada pela pureza (v. 12). Como nos exercitamos na piedade? Primeiro, devemos ocupar-nos com as coisas divinas e, por último, entregar-nospor completo a elas. A debilidade de nosso testemunho vem do fato de que desperdiçamos nossas energias em demasiadas direções. Sejamos os campeões de uma única coisa: Cristo (2 Coríntios 8:5). Assim o nosso progresso será manifesto a todos (v. 15).

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Todo Dia Com Jesus

1 Timóteo 3:1-16

A aspiração ao episcopado deve ser considerada uma prova de devoção à igreja. Exercer as funções de bispo (ou ancião) e as de diácono (ou servo) não é uma questão de estudos ou exames, mas de qualificações morais. Elas caem em duas categorias: (1) um bom testemunho na igreja e fora dela; (2)uma experiência adquirida na vida cristã.
Em toda casa existem regras de conduta, uma disciplina coletiva à que cada um se submete. Assim ocorre na casa do Deus vivente: a igreja (ver 1 Coríntios 14:40). Não somos livres, absolutamente, para nos comportar nela como desejarmos. Ela é a coluna sobre a qual o nome de Cristo, a Verdade, está escrito, a fim de torná-lo conhecido ao mundo inteiro.
Grande é o mistério da piedade, porque grande é a Pessoa sobre a qual estão fundadas nossas relações com Deus. A vinda do Senhor Jesus como homem à terra, a perfeita justiça de todo o Seu andar no poder do Espírito Santo e sob o olhar dos anjos, Seu Nome pregado e crido aqui embaixo, e, finalmente, Sua ascensão à glória constituem os elementos inseparáveis desse mistério intangível confiado à igreja. Esta é responsável diante do Senhor de sustentar e guardar toda a verdade (v. 15).

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Todo Dia Com Jesus

1 Timóteo 2:1-15

O apóstolo, antes de expressar todas as coisas das quais vai escrever a Timóteo (3:14; 4:6 e 11), menciona a oração sob todas as suas distintas formas. Eis como começa todo o serviço cristão. O desejo de Deus de salvar, a obra de Cristo e as nossas orações abarcamtodos os homens. O nosso dever é orar por todos sem restrição, porque Deus quer quetodos sejam salvos e porque Jesus Cristo a Si mesmo se deu em resgate por todos. É nosso privilégio orar pelas multidões que não sabem orar.
De certa maneira, depende dos que "se acham investidos de autoridade" que possamos levar uma vida tranqüila e mansa. Peçamos a Deus que nos assegure isso por intermédio deles, não para desperdiçá-la à mercê de nossos desejos pecaminosos, mas sim para estar mais livres para a obra de evangelização dos pecadores (ver Esdras 6:10).
Os irmãos, inclusive os mais jovens, são chamados a orar "em todo lugar" e publicamente na igreja. As irmãs, por outro lado, devem guardar silêncio. Contudo, por meio de sua atitude e de seu modesto traje, podem testemunhar mais poderosamente do que através de palavras. As conseqüências da queda no Éden (Gênesis 3:16) permanecem para a mulher, mas a fé, o amor, a santidade e a modéstia ainda testemunham ao mundo libertação e bênção.

Evangélico, novo presidente da Guatemala é eleito após prometer pôr fim à corrupção

O novo presidente eleito da Guatemala, o evangélico Jimmy Morales, 46 anos, alcançou o posto de maior autoridade do país de forma meteórica, pois nunca havia se candidatado a nenhum cargo antes de tentar a presidência.
Morales, que é teólogo e membro de uma Igreja Batista, é conhecido nacionalmente como humorista, pois ao longo de 14 anos atuou nas emissoras de TV fazendo piadas e esquetes de humor.
Ao se lançar candidato, juntamente com outros treze políticos, Morales foi desacreditado. No entanto, a divulgação do envolvimento do atual presidente e sua vice com um escândalo de corrupção que lucrava a partir de fraudes alfandegárias, o discurso de Morales passou a receber atenção dos eleitores.
Seu mote de campanha era “nem corrupto, nem ladrão”, e sempre que podia, em entrevistas, discursos ou debates, Morales se descrevia como um “nacionalista cristão” e ressaltava sua intenção de acabar com as ilegalidades: “Meu compromisso é com Deus e com o povo guatemalteco”.
No primeiro turno, Morales superou a desconfiança e carimbou sua passagem ao segundo-turno das eleições, disputado com a ex-primeira-dama, Sandra Torres.
Quando as urnas foram abertas no último domingo, 25 de outubro, Morales havia recebido mais do que o dobro dos votos de Torres: 68,5% contra 31,5%. Em em seu discurso de vitória, reforçou o que disse ao longo de toda a campanha: “Se dermos o exemplo desde cima, há mais probabilidades e solvência moral para exigir aos escalões intermediários e mais baixos para que todas as coisas sejam feitas sem corrupção”, disse.
Agradecendo o voto de confiança dos eleitores, o novo presidente eleito disse que a atitude dos guatemaltecos em apostar em alguém sem experiência política foi corajosa: “Foi um voto valente, um voto de esperança, um voto que tem claro de que é preciso acabar com a corrupção. Faço um chamado a todos para que construamos essa realidade”, afirmou Morales.
O novo presidente da maior economia da América Central apontou, há aproximadamente um mês, qual seria sua estratégia inicial para combater atos de corrupção: “Portas abertas e auditoria de tudo. Nas instituições, na justiça, na polícia, nas alfândegas”, elencou, em entrevista à agência Reuters.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Todo Dia Com Jesus

1 Timóteo 1:12-20

Se alguém podia comparar a servidão da lei com o Evangelho da graça, por certo este era o fariseu Saulo de Tarso, que chegou a ser o apóstolo Paulo. A sua fidelidade à lei de maneira alguma o impediu de ser o principal dos pecadores. Não havia ele perseguido ao Senhor Jesus quando tão duramente perseguia àqueles que Lhe pertenciam? Sem falsa humildade, ele se declara o pior de todos os pecadores enumerados nos vv. 9-10. Mas foram precisamente os culpados, e não os justos, que Jesus Cristo veio salvar (Mateus 9:13). Desde que o principal dos pecadores tinha sido salvo, ninguém pode considerar-sedemasiado pecador para não se beneficiar da graça. "Obtive misericórdia", exclama o apóstolo duas vezes (vv. 13 e 16). Ele mede a grandeza dessa misericórdia com a magnitude de sua própria miserável condição e espontaneamente se eleva à adoração (v. 17).
Se com freqüência gozamos tão pouco da graça, talvez seja porque a nossa convicção de pecado não tem sido suficientemente profunda. "Aquele a quem pouco se perdoa" - ou pelo menos quem assim pensa -, "pouco ama" (Lucas 7:47). E você amigo, que ainda permanece indiferente, a paciência do Senhor tem sido manifestada a você também, até agora. Não O faça esperar mais tempo. Talvez amanhã seja muito tarde.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Todo Dia Com Jesus

1 Timóteo 1:1-11

Conhecemos Timóteo no capítulo 16 de Atos. Preciosos eram os vínculos de Paulo com seu "verdadeiro filho na fé". Contudo, ele lhe escreve na qualidade de apóstolo, para enfatizar a autoridade que ele lhe confere. A esse jovem discípulo foi confiada uma difícil tarefa:conduzir cada um à maneira em que deve proceder na igreja (3:15). Um mandamento, cujo fim era o amor, tinha sido dado a ele. Do mesmo modo que os tribunais não são para as pessoas honestas, a lei não é mais pertinente aos justificados (v. 9). O conveniente de aí em diante é o amor, cuja fonte está em Deus. Este foi derramado em nosso coração pelo Espírito (Romanos 5:5). Para que não permaneça em nós como água estancada, mas antes flua através de nós e jorre para o proveito dos demais, nenhum canal deve estar obstruído. O amor brota de um "coração puro": o qual está desvencilhado de todo ídolo; de uma"consciência boa": a qual não tem nada pelo que condenar em si mesma (Atos 24:16); e de uma "fé sem hipocrisia": livre de toda a forma de hipocrisia (2 Timóteo 1:5). Se essas condições não são cumpridas, o nosso cristianismo não será nada mais que uma"loquacidade frívola" (v. 6).
Quão maravilhoso é o contraste entre a lei que amaldiçoa o pecador e a graça que o transporta ao gozo da glória e da felicidade de Deus!

domingo, 25 de outubro de 2015

Todo Dia Com Jesus

2 Tessalonicenses 3:1-18

Paulo pede as orações dos santos: "Orai por nós" (v. 1; 1 Tessalonicenses 5:25). Ele mesmo não cessava de orar por eles (1:11). E contava com o fiel Senhor para fortalecê-los e guardá-los do mal. Também contava com a obediência deles e esta incluía simplesmente o cumprimento de suas tarefas cotidianas. Mas alguns em Tessalônica haviam deixado de trabalhar. Já que o Senhor estava vindo - pensavam eles - para que cultivar o campo e ocupar-se com os negócios da vida presente? O triste resultado era que eles estavam intrometendo-se na vida alheia (v. 11; ver 1 Timóteo 5:13). Paulo protestou com veemência. Nada em seu ensinamento podia dar pretexto a semelhante desordem (vv. 6-7 e 11; comparar 1 Tessalonicenses 4:11). Ao contrário, Paulo havia trabalhado com as próprias mãos exemplarmente, a fim de não ser um peso a ninguém (v. 8). E o exemplo supremo é"constância de Cristo" (v. 5), que permanece à espera do momento em que haverá de apresentar-Se à Sua amada igreja.
Com as epístolas aos Tessalonicenses chegamos ao fim das cartas que Paulo escreveu a sete igrejas muito diferentes. Nelas, são tratados vários aspectos da vida e da doutrina cristã, desde a aquisição da salvação na epístola aos Romanos até a glória vindoura em Tessalonicenses. Todos estes ensinamentos são de grande valor para nós. Que o Senhor nos ajude a retê-las a fim de que possamos permanecer "firmes" (2:15).
Um-arsenal-de-promessas-na-luta-pela-santidade
Quando Paulo diz para mortificar os feitos do corpo “pelo Espírito” (Romanos 8.13), entendo que ele quis dizer que devemos usar a única arma da armadura do Espírito usada para matar. A saber, a espada, que é a Palavra de Deus (Efésios 6.17).
Portanto, quando o corpo está prestes a ser conduzido a uma ação pecaminosa por algum medo ou desejo, nós devemos pegar a espada do Espírito e matar esse medo e esse desejo. Na minha experiência, isso significa principalmente cortar a raiz da promessa do pecado pelo poder de uma promessa superior.
Assim, por exemplo, quando começo a desejar algum prazer sexual ilícito, o golpe de espada que tem frequentemente cortado a raiz desse prazer prometido é: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mateus 5.8). Eu recordo os prazeres que senti de ver a Deus mais claramente com uma consciência pura; e recordo a brevidade, superficialidade e o gosto opressor que fica depois dos prazeres do pecado, e, com isso, Deus mata o poder conquistador do pecado.
É lindo ser o instrumento do poder da Palavra de Deus para matar o pecado.
Ter promessas à mão que se adéquam à tentação do momento é uma chave para uma guerra bem sucedida contra o pecado. Mas há momentos nos quais não temos uma palavra vinda de Deus perfeitamente adequada em nossas mentes. E não há tempo para procurar na Bíblia por uma promessa feita sob medida.
Por esse motivo, todos nós precisamos ter um pequeno arsenal de promessas pronto para ser usado sempre que o medo ou o desejo ameaçar nos desviar.
Aqui estão algumas das minhas mais comprovadas armas:
1. “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” (Isaías 41.10).
Creio que tenho matado mais dragões em minha alma com essa espada do que com qualquer outra. É uma arma preciosa para mim.
2. “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Romanos 8.32).
Quantas vezes não tenho sido persuadido na hora da provação por esse verso de que a recompensa pela desobediência nunca poderia ser melhor do que “todas as coisas”!
3. “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra… E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mateus 18.18,20)
Quantas vezes eu tenho fortalecido meu enfraquecido espírito com a garantia de que o Senhor do céu e da terra está comigo hoje tanto quanto estava com seus discípulos na Terra!
4. “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.” (Salmo 50.15).
O que faz dessa arma tão convincente é que, quando o Senhor me ajuda, cria-se uma ocasião para que eu O glorifique. Combinação incrível. Eu recebo a ajuda, Ele recebe a glória!
5. “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.” (Filipenses 4.19).
O contexto é financeiro e material. Mas o princípio é absoluto. Aquilo que realmente necessitamos (não o que queremos) será garantido. E do que realmente necessitamos? Necessitamos daquilo que devemos ter para fazer a vontade de Deus. Aquilo que precisamos ter para magnificar nosso Salvador. É isso que nos será dado conforme confiarmos nEle.
Esteja constantemente aumentando seu arsenal de promessas. Mas nunca perca de vista aquelas que Deus já usou para abençoar sua vida. Faça as duas coisas. Esteja sempre pronto com as antigas. E toda manhã procure por uma nova para levar consigo durante o dia.
Por: John Piper. © 2012 Desiring God. Original: Algumas armas comprovadas na luta pela santidade.

sábado, 24 de outubro de 2015

Todo Dia Com Jesus

2 Tessalonicenses 2:1-17

Uma séria questão causava inquietação nos tessalonicenses. O dia do Senhor já havia chegado? As suas tribulações podiam levá-los a crer em tal coisa, e os falsos mestres afirmavam que isto era um fato. Não, contesta o apóstolo. Esse dia deve ser precedido por três acontecimentos: (1) nossa reunião com o Senhor; (2)a apostasia da falsa igreja e dos judeus; (3) o surgimento do anticristo, chamado de "o homem da iniqüidade, o filho da perdição" (v. 3), "o iníquo" (v. 8). Estes nomes enfatizam, por contraste, as características do Senhor Jesus: justiça, salvação e completa obediência a Deus.
Neste período terrível, um poder enganoso enviado como castigo cegará a mente dos homens: eles não deram crédito à verdade, mas então darão à mentira. "O mistério da iniqüidade" (v. 7) já está em ação, acrescenta o apóstolo (comparar com 1 João 2:18). Só "aquele que agora o detém" (v. 7), o Espírito Santo, é que faz barreira à plena manifestação do mal no mundo. Quando Ele tiver deixado a terra juntamente com a igreja, então a iniqüidade não conhecerá mais freio algum. Mas que contraste entre esse poder de Satanás (vv. 1-12) e a obra de nosso Deus e Pai! (vv. 13-17). Ele nos amou, nos escolheu para salvação e nos chamou para a glória de nosso Senhor Jesus Cristo. Não deixemos de Lhe render ações de graças agora mesmo (vv. 13; 1:3).

Pregacao-Expositiva-Pastores-voces-aplicam-sermao-mulheres

Nos últimos 37 anos, como uma crente, esquentei muitas vezes o banco da igreja com minha alma ansiosa para que a verdade da Palavra de Deus viesse ao meu encontro – eu, uma mulher, uma pessoa feita a imagem de Deus. Como muitas das minhas companheiras, experimentei as diversas estações da vida. Fui uma jovem menina que se posicionou por Cristo sozinha na escola; uma adolescente que se esforçou para compreender minha identidade em Cristo num mundo hostil; uma estudante universitária e jovem profissional que lutou para dar sentido a minha identidade fora da minha criação cristã; uma jovem recém-casada que se sentiu solitária e confusa; uma mãe novata que se esforçou para ficar acordada. Hoje, eu sou mãe de jovens – e ainda estou desesperada para que as Escrituras sejam abertas e explicadas. Como Maria em Lucas 10.39, eu me assento todos os domingos aos pés de Jesus e ouço.
Como todos os cristãos, eu preciso de munição do evangelho para mais uma semana de batalhas neste mundo hostil. Então, pastores, expositores da Palavra de Deus, lembrem-se de nós! Lembrem-se das mulheres, criadas à imagem de Deus, a medida que se esforçam para aplicar as palavras das Escrituras à sua congregação. Afinal, macho ou fêmea, todos nós precisamos do evangelho. A cruz é central para tudo. Todos nós precisamos da Palavra pregada, e precisamos de teologia para nossas vidas cotidianas. No âmago, todos os nossos problemas são os mesmos: somos pecadores que precisam de um Salvador, que precisam da cruz. Se você é um pastor lendo isto, você sabe que é verdade. Você sabe que há uma carência da Palavra de Deus em púlpitos ao redor do mundo nos dias atuais.
Então, quando você for para o púlpito neste domingo, há grande chance de que você pregará predominantemente para mulheres. Mas você as está alcançando? A vida delas está mudando para parecer mais com Cristo? Como mulheres, elas lhe diriam que têm se sentido alimentadas por sua pregação? A primeira regra para falar em público é: conheça seu público. Então, você conhece? Como pregadores, vocês precisam tirar um tempo para perguntar, ouvir e responder às mulheres a quem prega.
Perguntar
Primeiro, comece perguntando. Conheça as mulheres de sua congregação e de sua comunidade. Sua esposa, caso você tenha uma, é sempre um bom lugar pra começar (e comece neste ponto, pois ela é um presente singular dado a você por Deus). Ela pode lhe dar algumas percepções valiososas sobre as mulheres que ela estiver discipulando, ministrando e tendo contato com mais regularidade.
Contudo, ela é somente uma mulher com um conjunto de valores, experiências e amigos. Então não pare nela, mas obtenha informação de um amplo espectro de mulheres. Elas podem ser mulheres que trabalham na igreja, senhoras as quais sua família ministra ou moças que buscam aconselhamento. Elas devem ser jovens e idosas, profissionais e donas de casa, casadas e solteiras. Tente conhecê-las de forma segura e apropriada e constantemente lhes faça perguntas.
Pergunte com o que elas têm lutado, como se sentem valorizadas, quais dilemas estão enfrentando no ambiente de trabalho ou da escola, quais atributos de Deus são peculiares ao momento de vida no qual se encontram. Faça perguntas claras, diretas e específicas para que possa entender melhor o que essas mulheres desejam lhe comunicar. Como é a vida para elas como fêmeas que carregam a imagem nos dias? Procure entender melhor o mundo delas. Foi exatamente isso que Jesus fez na encarnação. Ele entrou em nosso mundo. Entre no mundo delas. Que a igreja seja um lugar onde elas encontram  refúgio das lutas e mentiras do mundo no qual vivemos.
Ouça
De nada adiantará se você somente perguntar e nunca ouvir. Simpatia vem por meio de ouvir e aprender e, depois de um tempo, você começará a ouvir temas corriqueiros e ver padrões. Nossa cultura molda nossas ideias, saberes, valores e sentimentos. Como disse a historiadora Anne Firor Scott, nossa cultura gera as lentes através das quais vemos a realidade. Como essas lentes das mulheres as quais você prega se parecem? Qual é a realidade delas?
Esteja atento para a atual onda de lutas culturais enfrentadas pelas mulheres dos dias atuais. O empurrão cultural na direção de igualdade funcional total está desbotando as linhas de gênero e colocando o modelo de mulher de Tito 2 em oposição a tudo o que é tido atualmente como sagrado. É-nos dito todos os dias por meio de comerciais e pela mídia que somos traidoras da causa se escolhemos ficar em casa ou se escolhermos não subir a escada corporativa pelo bem do lar. Contudo, uma palavra de alerta é válida aqui: enquanto você estiver ouvindo, cuidado com o estereótipo de gênero. Nós somos todas mulheres, mas não somos todas iguais. Praticar a arte de ouvir bem vai lhe ajudar a ver variações e lhe ajudará a responder melhor aos diversos tipos de mulheres sob seus cuidados pastorais, especialmente por meio da pregação.
Responda
A verdade da Palavra de Deus atinge tudo em nossas vidas. Como ministro da Palavra, você tem um privilégio e uma responsabilidade singulares em ajudar seu povo a enxergar isso quando prega, toda semana, a Palavra de Deus. Enquanto você pensa em ilustrações e aplicações, pare e pergunte a si mesmo: “Esta é uma ideia dominada por homens?”, “A maior parte das mulheres que conheço vai entender o que estou tentando dizer?” Não há nada de errado em usar uma ilustração do futebol ou da cozinha, mas se essa é toda a amplitude do seu escopo, então é hora de voltar ao rascunho e orar a Deus pedindo que lhe dê uma visão renovada em como ilustrar e aplicar as verdades de sua Palavra a ouvintes machos e fêmeas. Novamente, tenha cuidado com estereótipos. Alguns homens odeiam futebol e algumas mulheres odeiam cozinhar.
À medida que você prepara o texto para pregar nesta próxima semana, gaste tempo orando pelas pessoas no rol de membros da igreja. Se você não tem um organizado, ache uma maneira sistemática de orar pelos membros de sua igreja. Enquanto passa pelos nomes de mulheres diferentes em diversos estágios da vida, pare e pergunte a si mesmo, “Por que ________ precisa ouvir essa passagem?” Se estiver ouvindo bem, você estará apto para melhor responder essa pergunta e capaz de melhro aplicar o contexto da passagem ao coração de suas ouvintes. Pergunte a si mesmo: Como eu posso admoestar a preguiçosa “Clara”, encorajar a tímida “Roberta”, ajudar a sobrecarregada “Lucia”, e ser paciente com mulheres confiadas aos meus cuidados? (1 Tessalonicenses 5.14).
Nós queremos ser lembradas
Enquanto mulheres, nós não queremos exclusividade em sua mensagem. Só queremos ser lembradas. Nós precisamos de alguém que nos aponte para o céu toda semana e nos lembre do que nos espera adiante. Precisamos de alguém que nos ajude a tirar nossos olhos de nós mesmas e colocá-los no nosso Salvador. Precisamos de alguém que nos encoraje em nossas necessidades, lembrando-nos de que mesmo quando alguém que nos lidera aqui nesta terra falha conosco, há um que nunca falhará, nos deixará, ou nos desamparará. Como mulheres, fomos criadas para sermos auxiliadoras e seguidoras, mas nós precisamos de alguém que valha a pena seguir. Então, se nos chegarmos ao banco domingo como uma Maria ou uma Marta, precisamos de pregadores fiéis da Palavra que nos perguntem e ouçam e, então, nos respondam através de sua pregação por meio de aplicações atenciosas, específicas e que exaltem a Cristo.
Tradução: Fábio Luciano
Revisão: Vinícius Musselman Pimentel
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.
Erin Wheeler
AutorErin Wheeler
Erin Wheeler mora em Washington, D.C., com seu marido Brad e seus quatro filhos. Ela frequenta a Capitol Hill Baptist Church, onde Brad serve como pastor auxiliar.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Todo Dia Com Jesus

2 Tessalonicenses 1:1-12

As perseguições das quais os tessalonicenses eram vítimas lhes haviam aumentado a fé, fazendo-lhes abundar em amor e manifestar sua paciência. O que, pois, lhes faltava e por que o apóstolo julgou necessário dirigir-lhes esta segunda epístola? Aqui a esperança não é mencionada, tampouco o gozo do Espírito Santo (comparar 1 Tessalonicenses 1:3,6). Paulo coloca ante eles as verdades convenientes para reanimar estes sentimentos em seus corações. O triunfo de seus perseguidores e seus próprios sofrimentos não são mais que temporários: "O Senhor, Deus que dá a paga, certamente lhe retribuirá" (Jeremias 51:56). Esta "paga", tanto dos fiéis como dos ímpios, ocorrerá no dia do Senhor. Está ligada à Sua gloriosa manifestação. A mesma penalidade - "eterna destruição" - alcançará os pagãos que voluntariamente permanecem na ignorância de Deus e aqueles que são cristãos só de nome mas "não obedecem ao evangelho" (v. 8). Ao mesmo tempo, os santos - "todos os que creram" - serão vistos na companhia do Senhor, associados à Sua admirável glória (v. 10; Mateus 13:43). Mas a vontade de Deus e a oração do apóstolo é que, desde já, o nome de nosso Senhor Jesus Cristo seja glorificado em cada um dos que Lhe pertencem.

A Espantosa Verdade do Arrebatamento

Thomas Ice
Quando nos sentamos e contemplamos as grandes verdades contidas no plano de Deus para a história, como estão reveladas na Bíblia, é verdadeiramente espantoso examinar tal realidade. Uma listagem parcial incluiria o seguinte: a criação que Deus realizou a partir do nada; a criação dos anjos de Deus e seu papel na história; a queda do homem no pecado; a Arca de Noé e o Dilúvio; a torre de Babel; o chamado de Abraão; o Êxodo e a formação da nação de Israel; a história de altos e baixos de Israel; a primeira vinda de Cristo; Sua morte, ressurreição e ascensão; a fundação da Igreja; e a promessa de Cristo de retornar e levar Sua noiva para o céu no Arrebatamento. Estes fatos reais e históricos são maiores do que qualquer relato fictício que a maioria dos fazedores de filmes poderia conceber. Portanto, um dia o Pai dirá ao Filho para ir buscar Sua noiva e, naquele momento, todo crente que estiver vivo, não importa onde esteja, será levado para o alto, nas nuvens, para encontrar-se com o Senhor, a fim de ser conduzido para o céu. Este será realmente um acontecimento fantástico!

O Impacto do Arrebatamento

Romanos 11.25 indica que o ponto do disparo do Arrebatamento será quando “haja entrado a plenitude dos gentios”. Um dos melhores léxicos gregos de nossos dias diz que o substantivo traduzido por “plenitude” nesta passagem significa “o que é levado a ser completo; um número inteiro”.[1] Também Atos 15.14 diz: “Expôs Simão como Deus, primeiramente, visitou os gentios, afim de constituir dentre eles um povo para o seu nome”. Desta forma, quando aquele último gentio convertido vier à fé em Cristo, a Igreja, o Corpo de Cristo, estará completa e o Arrebatamento acontecerá. O número completo dos gentios terá chegado e então nosso Senhor voltará Sua atenção para a salvação de Israel (Rm 11.26), durante o subseqüente período da Tribulação.
O Arrebatamento da Igreja será um acontecimento verdadeiramente fabuloso, que confundirá o mundo. Pense nele por um momento. Como é que o mundo (que hoje rejeita a possibilidade de que um Deus que faz milagres esteja vivo) explicará o súbito desaparecimento de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo em um instante de tempo? De modo geral, as pessoas que forem deixadas para trás não estarão abertas para a possibilidade do Arrebatamento, embora todos aqueles que tiverem sido levados sejam cristãos que criam na Bíblia. Seja qual for a explicação das autoridades, será uma grande mentira que propagarão. No entanto, eu creio que o Arrebatamento será um chamado para despertar àqueles muitos que estavam familiarmente próximos dos cristãos antes do acontecimento.
Cônjuges, filhos, parentes, vizinhos e amigos que ouviram aqueles cristãos tolos conversando sobre seu súbito e aguardado desaparecimento certamente repararão nesse preocupante evento global. Muitos começarão a vir à fé em Cristo depois do Arrebatamento e antes que comece a Tribulação de sete anos. Afinal, haverá um intervalo de tempo entre o Arrebatamento, que termina a era da Igreja, e o início da Tribulação, que começa com a assinatura da aliança entre o Anticristo Romano Reavivado e a nação de Israel (Dn 9.24-27). Esse intervalo poderá ser de dias, semanas, meses ou até mesmo de anos, uma vez que será removido no Arrebatamento “aquele que agora o detém”, a saber, o Espírito Santo que habita na Igreja (2 Ts 2.6-8), possibilitando assim o surgimento do homem da iniqüidade, isto é, do Anticristo.
Como é que o mundo (que hoje rejeita a possibilidade de que um Deus que faz milagres esteja vivo) explicará o súbito desaparecimento de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo em um instante de tempo?
Daniel 7 e 11 esboçam a elevação da besta e do Anticristo ao poder e isto levará algum tempo. Primeiro, haverá necessidade de que o Império Romano Reavivado de dez nações surja porque será a partir dessa federação que subirá o pequeno chifre (Dn 7.20), e este é o Anticristo. Isto demorará algum tempo. Depois, o Anticristo negociará ou imporá a aliança de sete anos com Israel (Dn 9.27) e a Tribulação terá início.
O intervalo entre o Arrebatamento e o início da Tribulação será, provavelmente, de um ano ou mais, para que todos estes acontecimentos, que levam ao início da Tribulação, possam começar. Creio que Deus, o Espírito Santo, conduzirá muitos à fé em Cristo como o Messias mesmo antes do começo da Tribulação. A mim me parece que o evento do Arrebatamento dará a ignição a um grande ajuntamento de almas para a fé em Cristo, uma vez que será uma fantástica demonstração do poder miraculoso de Deus em conjunção com um mover do Espírito Santo. Este atrairá indivíduos à fé em Cristo ao abrir suas mentes para receberem a mensagem do Evangelho (At 16.14). Também parece que centenas de milhões de pessoas serão salvas durante o período da Tribulação em si, como se pode observar em Apocalipse 7.9: “Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos”.

Uma Atitude Adequada em Relação ao Arrebatamento

Qual é a atitude adequada que os cristãos deveriam ter à medida que a noiva aguarda por seu Noivo? Primeiro, não é uma atitude apropriada esperar que o maravilhoso Arrebatamento ocorra para que possamos escapar das responsabilidades aqui na terra. Lembro-me que, no Seminário, logo antes do exame de grego, um dos meus colegas disse: “Não tenho nenhum problema que o Arrebatamento não pudesse resolver neste exato momento”. O Arrebatamento é, para nós, um escape da ira de Deus, mas isto não significa que seja uma fuga de responsabilidades. É verdade que “a ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus” (Rm 8.19); e que “não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23). Isto é verdadeiro porque nós experimentamos a dor de viver debaixo de maldição em um mundo decaído, e aguardamos diariamente a redenção do nosso corpo no Arrebatamento.
Entretecidas por todas as epístolas do Novo Testamento estão presentes as mensagens motivadoras sobre como o retorno do Noivo para a Sua noiva, a qualquer momento, nos capacita a perseverar na fé, nesta hora atual, a fim de agradá-lO.
Fico especialmente impactado por aquilo que o apóstolo Pedro diz em 1 Pedro, capítulo 1. Repetidas vezes, Pedro encoraja seus companheiros crentes judeus a suportarem as dificuldades atuais à luz de sua futura herança, que eles receberão em Cristo. Ele nos diz que nossa herança está “reservada nos céus para vós outros” (1Pe 1.4); que ela é uma“salvação preparada para revelar-se no último tempo” (v. 5); e que esta salvação“redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo, a quem, não havendo visto, amais” (vv. 7-8). Ainda no capítulo 1, Pedro continua a admoestar os crentes judeus, da seguinte maneira: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo” (v. 13). Vemos que a base de Pedro, assim como dos outros escritores das epístolas do Novo Testamento, é estimular os crentes a perseverarem no presente, mantendo o foco em nosso futuro com Cristo. Isto é contrário ao pensamento de muitos hoje na Igreja, que ensinam que não podemos falar sobre a profecia bíblica e o futuro porque estamos tratando de questões no presente. Isso está errado! Os escritores inspirados das epístolas do Novo Testamento sabiam que o plano de Deus para a Igreja é termos certeza sobre para onde estamos indo no futuro, de sorte que os crentes tenham uma grande confiança e esperança no presente.
Experimentamos a dor de viver debaixo de maldição em um mundo decaído, e aguardamos diariamente a redenção do nosso corpo no Arrebatamento.
O apóstolo João tem a mesma mentalidade que a encontrada em Pedro, quando diz:“Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele temesta esperança, assim como ele é puro” (1Jo 3.2-3). Observe que tanto Pedro quanto João admoestam seu rebanho a “ter” a esperança fixada no futuro retorno de Cristo, que resultará no viver piedoso no presente (1Pe 1.13; 1Jo 3.3). Quando um crente sabe quem ele é em Cristo, é orientado adequadamente para seu destino em Cristo, e pensa nas implicações que isto tem para sua vida, como poderia não viver por Cristo no presente? Parte do problema está em que muitíssimos crentes, inclusive pastores, não pensam sobre as implicações daquilo que o Novo Testamento ensina nessas áreas. A lógica do Novo Testamento a respeito do futuro é que ele causará impacto sobre a vida dos crentes no presente. Pelo menos ele impactará aqueles que percebem as implicações deste ensinamento, que está entretecido por todos os ensinamentos das epístolas do Novo Testamento.

Conclusão

Que maravilhoso dia será o dia do Arrebatamento para todos os crentes que estiverem vivos, mesmo para aqueles que não acham que ele pode acontecer a qualquer momento. Será maravilhoso porque nossa salvação estará completa à medida que a Igreja perceber tudo aquilo pelo que temos aguardado, inclusive vermos o Senhor face a face pela primeira vez. A maravilhosa esperança do Arrebatamento para a Igreja deveria ser algo real na vida de todos os crentes, porque as epístolas se aplicam a nós hoje tanto quanto se aplicavam aos crentes quando elas foram escritas. Tal maravilhosa esperança é uma das principais razões pelas quais nós alegremente vivemos por Cristo hoje e priorizamos nossa vida tendo em vista os valores eternos, sabendo que temos “uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros” (1Pe 1.4) Maranata! (Pre-Trib Perspectives)
Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center.. Ele é autor de muitos livros e um dos editores da Bíblia de Estudo Profética.

Nota:

1. W. F. Arndt, F. W. Danker, F. W. Gingrich, & Walter Bauer, A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature [Um Léxico Greco-Inglês do Novo Testamento e de Outras Literaturas Cristãs Primitivas], 3ª ed. (Chicago: University of Chicago Press, 2000), p. 830.

Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center (Centro de Pesquisas Pré-Tribulacionistas) e professor de Teologia na Liberty University. Ele é Th.M. pelo Seminário Teológico de Dallas e Ph.D. pelo Seminário Teológico Tyndale. Editor da Bíblia de Estudo Profética e autor de aproximadamente 30 livros, Thomas Ice é também um renomado conferencista. Ele e sua esposa Janice vivem com os três filhos em Lynchburg, Virginia (EUA).

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Todo Dia Com Jesus

1 Tessalonicenses 5:12-28

O final da epístola ensina qual deve ser o nosso comportamento entre os irmãos, para com todos os homens, em relação a Deus e, por fim, na Igreja. Em suma, nossa vida inteira está encerrada nestas curtas exortações. Se é uma questão de regozijar, que seja sempre; de orar, que seja sem cessar; de dar graças, que seja em tudo. A fé nos permite agradecer ao Senhor mesmo pelas coisas que nos parecem penosas. Orar sem cessar é permanecer em Sua comunhão, o que será também nossa salvaguarda contra o mal sob todas as suas formas (v. 22). Aquele que nos resgatou completamente - espírito, alma e corpo - exige também a santidade de todo o nosso ser (4:3). As manchas do espírito e do coração, embora invisíveis, são tão temíveis como as do corpo. Peçamos ao Senhor, que é fiel, que nos conserve íntegros e irrepreensíveis, semelhantes a Ele, para o momento da grande reunião. Na verdade, nenhum pensamento é mais apropriado para nos santificar que o do retorno do Senhor Jesus (leia 1 João 3:3). Esta inestimável promessa se encontra mencionada no fim de cada um dos cinco capítulos desta epístola. Não a percamos de vista. Até então, que "a graça de nosso Senhor Jesus Cristo" seja com cada um de nós.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Todo Dia Com Jesus

1 Tessalonicenses 5:1-11

Se para Seus redimidos a vinda do Senhor significa a entrada no gozo eterno, para os incrédulos é o sinal de uma "repentina destruição" (v. 3; Lucas 17:26-30). Bem-aventurada esperança para uns, total e terrível surpresa para outros! Infelizmente, na prática, a diferença está longe de ser tão nítida! Alguns "filhos da luz" ocultam sua candeia "debaixo do alqueire, ou da cama" (Marcos 4:21). Eles estão dormindo, e a sonolência espiritual é um estado que se assemelha à morte. E qual é a causa? Geralmente é a falta de sobriedade.Embriagar-se é fazer dos bens terrenos um uso que supera ao que se necessita (ver Lucas 12:45-46). E quando um homem está adormecido acerca dos interesses celestiais e bem acordado acerca dos interesses terrenos, como pode desejar o retorno do Senhor? Nós, que somos do dia, "não durmamos como os demais" (v. 6), "que não têm esperança" (4:13), por temor de sermos surpreendidos pela repentina chegada de nosso Senhor. Voltemos a ler as sérias palavras do Senhor no capítulo 24 de Mateus e no capítulo 13 de Marcos... E façamos com freqüência esta pergunta a nós mesmos: "Gostaria que o Senhor me encontrasse fazendo o que estou fazendo, ou dizendo ou pensando?"

Sete Certezas Sobre o Arrebatamento

Norbert Lieth
"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.13-18).

Primeira certeza: os mortos não estão mortos

"Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" (v.14). Esta certeza consiste em três partes:

a) No Novo Testamento, a ressurreição se refere principalmente ao corpo

O "dormir" dos crentes ou a expressão "os que dormem" dizem respeito aos corpos dos cristãos (At 13.36-37; Rm 8.10-11,23; 1 Co 15.35-46). A Bíblia não ensina o "sono" da alma! Por exemplo, o homem rico e Lázaro, depois que morreram, estavam respectivamente no reino dos mortos (hades) e no paraíso, mas absolutamente conscientes (Lc 16.19-31).
O corpo, que deixamos por ocasião da morte, "dorme"; mas o espírito do crente – sua personalidade, seu ser, sua consciência – encontra-se com Cristo a partir do momento da morte. O apóstolo Paulo estava totalmente convicto dessa realidade, motivo porque escreveu: "...tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor" (Fp 1.23).
Quando os saduceus discutiram com Jesus acerca da ressurreição dos mortos, Ele lhes disse: "E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou (Êx 3.6): Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos" (Mt 22.31-32).
O Senhor Jesus Cristo diz: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente..." (Jo 11.25-26).Em João 8.51 Ele também acentua: "...se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente." Se bem que o corpo adormece, o espírito daquele que crê em Jesus continua vivendo.
Em 2 Coríntios 5.8 está escrito que "deixar o corpo" significa ao mesmo tempo "habitar com o Senhor". Em outras palavras: assim que deixamos o corpo estamos com Cristo.
Romanos 8.10 se refere a uma verdade espiritual que já aconteceu, mas por outro lado essa verdade também se aplica ao futuro após a morte: "Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça."
Em 1 Tessalonicenses 4.16 lemos acerca dos "mortos em Cristo". Uma vez que Jesus ressuscitou e vive, também vivem todos os que dormiram nEle. Espiritualmente eles estão em Cristo e vivem com Cristo ("Pois a nossa pátria está nos céus" – (Fp 3.20), fisicamente eles serão ressuscitados.

b) A esperança de estar com Cristo

Mas a realidade é ainda mais maravilhosa, e isso também faz parte da certeza da salvação e do arrebatamento. Como cristãos, não dizemos por acaso: "O Senhor levou tal irmão ou tal irmã". Realmente é verdade que um cristão é buscado por Jesus, enquanto um não-crente é levado pela morte. A Igreja de Jesus não verá a morte: "Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança" (1 Ts 4.13). Os outros estão fora (v.12), não estão em Cristo!
O versículo 14 trata dos que dormem em Jesus: "Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem." Isso fica mais claro na Edição Revista e Corrigida: "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele". Os cristãos que morreram foram postos para dormir por Jesus, assim como uma mãe ou um pai põem seus filhos para dormir à noite. Isso significa na prática: quando um crente morre, ele é buscado por Jesus, e assim não verá a morte. Estou convicto de que o Senhor está presente na morte de cada um de Seus filhos, para levá-los para junto de Si.

c) A garantia de que os mortos virão com Cristo

A promessa de que Deus, "mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" é uma afirmação revolucionária. É importante observar que não está escrito: "trará para Ele", mas "trará, em sua companhia", ou seja, "trará com Ele". O próprio Senhor comunica ao apóstolo – e assim a toda a Igreja – que os mortos em Cristo não serão prejudicados de modo algum, mas que até terão a primazia.
Quando voltar, Jesus trará consigo os que morreram nEle, pois eles já estão com Ele (1 Ts 4.14-15), e ressuscitará seus corpos mortos em primeiro lugar (v.16). Somente depois disso acontecerá a transformação dos crentes ainda vivos, e então eles serão arrebatados juntos ao encontro do Senhor (v.17).
Examinemos o versículo 14 em duas outras versões:
"Visto que nós cremos que Jesus morreu e depois voltou à vida, podemos também crer que, quando Jesus voltar, Deus trará de volta com Ele todos os cristãos que já morreram" (A Bíblia Viva).
"Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele" (Edição Revista e Corrigida).
Portanto, isso significa simplesmente que os trazidos com Jesus em Sua vinda são os espíritos sem corpo dos que morreram em Cristo. Primeiro, seus corpos serão ressuscitados e juntados aos espíritos. Depois os crentes vivos serão transformados e toda a Igreja será levada para o céu com Jesus.
O fundamento dessa esperança de ressurreição foi criado exclusivamente por Jesus através da Sua morte e ressurreição. Disso consiste a força e o poder da ressurreição. Agora, o que importa é se cremos na Sua morte e ressurreição (v.14). Certa vez Jesus perguntou aos Seus discípulos: "Quem dizeis (ou crêdes) que eu sou?" (Mt 16.15). Então Pedro deu a única resposta certa: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (v.16). Na sua opinião, quem é Jesus?

Segunda certeza: o Senhor voltará pessoalmente

"Porquanto o Senhor mesmo... descerá dos céus..."(1 Ts 4.16). A ressurreição/o arrebatamento será o momento em que o Senhor Jesus deixará Seu trono no céu e virá pessoalmente ao encontro da Sua Igreja a fim de levá-la para a casa do Pai. Assim como um noivo vai ao encontro da sua noiva, o Salvador virá ao encontro dos que comprou pelo Seu sangue e os conduzirá para Sua glória.
O Senhor não enviará um anjo ou qualquer outro emissário para fazer isso, Ele virá pessoalmente. Então se cumprirá literalmente a promessa de João 14.3: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também." Assim como Ele em pessoa nos salvou e morreu na cruz por nós, assim como Ele mesmo foi preparar-nos lugar – Ele voltará pessoalmente para buscar-nos para Si, para que estejamos onde Ele está. Em inúmeras passagens do Novo Testamento somos conclamados a esperar a volta de Jesus a qualquer momento (por exemplo, em 1 Co 11.26; 1 Ts 1.10; Hb 10.37).

Terceira certeza: a palavra de ordem

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A Edição Revista e Corrigida diz: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro". Segundo meu entendimento, o próprio Senhor dará esta palavra de ordem, pois Ele é o Soberano a quem todos os exércitos celestiais obedecem. Isso é indicado nas seguintes passagens:
"Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que todos os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão" (Jo 5.25). Jesus, o Bom Pastor, também disse: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão" (Jo 10.27-28). Você já é uma ovelha do rebanho de Jesus? A resposta a essa pergunta tem importância decisiva em relação à eternidade. Você já tem um relacionamento pessoal com Jesus, por tê-lO recebido em sua vida (Jo 1.12)? Você pode dizer com certeza que é um filho de Deus? Se não o pode, pedimos que você dê esse passo decisivo ainda hoje!
• Quando o Senhor Jesus ressuscitou a Lázaro, lemos que Ele clamou dando uma ordem:"...(Jesus) clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!" (Jo 11.43). Devemos imaginar o seguinte: no decorrer dos tempos, milhões de pessoas crentes no Senhor Jesus dormiram, ou seja, faleceram. Aí chega a hora do arrebatamento. O Senhor se levanta do Seu trono e clama: "Vem para fora!" Então as sepulturas se abrirão, e nenhum dos que foram comprados pelo Seu sangue ficará para trás. Não importa se seus corpos foram queimados, se morreram contaminados por radiação nuclear ou se estão nas profundezas dos mares – Ele é o Criador, Ele os ressuscitará e os conduzirá ao encontro de seus espíritos/almas.
• No Salmo 33.9 está escrito acerca dEle, o Filho do Altíssimo: "Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir" (compare também Is 55.4).
Essa "palavra de ordem" do Senhor vem da linguagem militar. Ela é semelhante à voz de comando de um general que chama suas tropas para o combate. Por ocasião do arrebatamento, o General celestial dará ordem às tropas que lutam por Ele, que deveriam estar revestidas de toda a armadura espiritual (Ef 6.11ss), para que deixem o campo de batalha sobre a terra e venham com Ele para a Sua glória.

Quarta certeza: a voz do arcanjo

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A designação "arcanjo" se aplica a apenas um anjo na Bíblia, isto é, a Miguel: "Contudo, o arcanjo Miguel..." (Jd 9). Miguel significa "Quem é como Deus?" Este anjo é um dos mais importantes em hierarquia (Dn 10.13).
No tempo de Daniel, Miguel lutou contra um príncipe dos demônios no mundo celestial e veio ajudar Gabriel, para que este pudesse confirmar a Daniel que suas orações haviam sido atendidas (Dn 10.12-14 e 21). Anteriormente este arcanjo também lutou com Satanás pelo corpo de Moisés: "Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o Diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo difamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!" (Jd 9). No final, Miguel e seus exércitos de anjos lutarão contra os exércitos de demônios de Satanás, os vencerão e lançarão sobre a terra para que não tenham mais acesso ao céu (Ap 12.7-9).
Por que se ouvirá a voz do arcanjo Miguel no momento do arrebatamento? Por que e para que ele levantará a sua voz – após a palavra de ordem do Senhor para o arrebatamento? A chave ou a resposta para isso está nas significativas palavras do arcanjo Gabriel ao judeu Daniel: "Mas eu te declararei o que está expresso na escritura da verdade; e ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles, a não ser Miguel, vosso príncipe" (Dn 10.21). Este arcanjo intervém de modo especial em favor do povo de Israel: "Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo..." (Dn 12.1).
Devemos lembrar que no momento em que o Senhor Jesus Cristo der a ordem para a ressurreição e para o arrebatamento da Sua Igreja, a dispensação da graça terminará. Então o "corpo de Cristo" estará completo, então o Pentecoste em sentido inverso (a retirada do Espírito Santo) acontecerá e a Igreja será levada para o céu.
Depois disso será restabelecida novamente uma espécie de "situação do Antigo Testamento" – a conexão entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Lembremo-nos apenas do quinto selo e daqueles na Grande Tribulação "...que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?" (Ap 6.9-10). Conforme meu entendimento, estes não pertencem à Igreja, pois verdadeiros discípulos de Jesus não pedem vingança. Pelo contrário. Ao morrer apedrejado pelos fariseus e escribas, Estevão clamou: ‘Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz:Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu" (At 7.59-60).Quanto às condições típicas do Antigo Testamento durante a Grande Tribulação, lembremos também das duas testemunhas, que farão milagres, ferirão a terra com toda sorte de flagelos e farão sair fogo das suas bocas para devorar os inimigos (Ap 11.3-6; compare também Lc 9.54-55).
A Igreja de Jesus era um mistério, ela foi inserida por Deus entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Depois que ela for arrebatada, começará a 70ª semana de anos (ligada à 69ª semana) de Daniel 9. Enquanto a Igreja estiver na casa do Pai celestial, o mundo e Israel entrarão na Grande Tribulação. Assim, o povo judeu passará outra vez inteiramente para o centro da ação de Deus. Por isso o príncipe angélico de Israel entrará novamente em ação (como no caso de Daniel), e levantará a sua voz. Para quê? Em favor do povo de Israel: "Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro" (Dn 12.1). "Naquele tempo" significa: quando a Igreja tiver sido arrebatada, o anticristo tiver aparecido e a Grande Tribulação tiver começado, o arcanjo Miguel intervirá em favor do povo de Israel, pois então começará a salvação do remanescente de Israel: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente. Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará... Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão" (Dn 12.2-4 e 10). A voz do arcanjo em geral também é entendida como uma chamada coletiva de reunião e recolhimento dos santos do Antigo Testamento.
Atualmente muitos israelitas já chegaram ao conhecimento mais elevado que existe: eles creram em Jesus Cristo, o seu Messias! E o próprio Senhor acrescenta sempre mais judeus à Sua Igreja, como se conclui pelo seguinte relato:
(...) Cinco pessoas foram batizadas em outubro. Shalom e Ora, um jovem casal israelense, e duas filhas converteram-se através de sua vizinha, que freqüenta regularmente a igreja. "É algo especial", escreve John Pex, "quando jovens judeus reconhecem o seu Messias – principalmente quando um casal se converte e é batizado".
(...) A loja da Sociedade Bíblica em Tel Aviv está muito bem localizada e é visitada por muitos israelenses. Andy Ball, seu diretor, relata o exemplo de uma mulher ortodoxa que comprou um Novo Testamento na loja: ela queria conhecer a fé cristã em primeira mão. Uma funcionária do governo queria um Antigo Testamento em árabe para outra pessoa e nessa oportunidade comprou um Novo Testamento para si própria. A loja bíblica também abastece outras casas de comércio, universidades e hotéis com Novos Testamentos, livros e artigos cristãos... (Amzi 3/98)
Ao profeta Daniel foi ordenado: "Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará." Que tipo de saber se multiplicará? Resposta: cada vez mais judeus reconhecerão que Jesus é o Messias. Já observamos o início disso hoje em dia. O número de membros das igreja judaico-messiânicas multiplicou-se por 10 nos últimos 30 anos!
Mas, voltando à voz do arcanjo: podemos imaginar que Miguel acompanhará o Senhor quando Ele vier buscar a Sua Igreja. A Bíblia Viva diz: "Pois o próprio Senhor descerá do céu com um potente clamor, com o vibrante brado do arcanjo e com o vigoroso toque de trombeta de Deus" (1 Ts 4.16). Evidentemente o Senhor não teria necessidade desse acompanhamento, mas parece que o arcanjo Miguel é o guerreiro que atua nos ares contra Satanás (Daniel 10), e como Israel terá entrado em cena novamente, o arcanjo intervirá lutando em favor do povo da aliança de Deus.
O arrebatamento da Igreja de Jesus (toda pessoa salva, seja judeu ou gentio, será retirada da terra) provocará um golpe repentino, dramático e inimaginável na história da humanidade que ficará para trás. Esse acontecimento revolucionário desencadeará uma série de outros acontecimentos subseqüentes. Queremos destacar um deles:

Em Israel irromperá um avivamento

Romanos 11.25 diz de maneira bem clara: "Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios (na Igreja de Jesus)." Quando a plenitude dos gentios (das nações) tiver entrado no "corpo de Cristo", ele será levado para o céu. Aí terminará o endurecimento de Israel, sua cegueira acabará.
Então muitos judeus chegarão ao saber de Daniel 12.4, entendendo que o Senhor Jesus é o seu Messias. É muito provável que nos dias após o arrebatamento milhares e milhares de judeus se converterão a Jesus, à semelhança do que aconteceu no começo da Igreja no livro de Atos. Então brotará e nascerá a semente do Evangelho espalhada oralmente e de forma impressa pelos judeus messiânicos, que nesse tempo também terão sido arrebatados. Os que ficarem para trás, familiares, amigos, colegas, etc., procurarão Bíblias, livros e outras publicações cristãs deixadas pelos arrebatados. Eles se lembrarão daquilo que leram e ouviram, de comentários bíblicos e pregações sobre a esperança pelo Messias. Essa esperança já germina atualmente no coração de muitos judeus.
Depois do arrebatamento aparecerão também os 144.000 selados de Israel (Ap 7.4-8) e as duas testemunhas (Ap 11.3ss). Cada vez mais judeus se converterão e levarão o Evangelho ao seu próprio povo e aos gentios. Nisto os judeus terão uma grande vantagem, pelo fato de terem sido espalhados por todo o mundo e dominarem muitas línguas diferentes.
Mas, para sermos exatos, devemos dizer também que nem todos os judeus se converterão. Muitos, especialmente os ligados ao governo, farão a aliança com o anticristo, isto é, com o líder romano [europeu] (Dn 9.26-27; Ap 13.1; Is 28.14-16). Quando fala desse tempo, também Daniel diz que muitos serão purificados (converter-se-ão), mas muitos permanecerão ímpios; que muitos entenderão, mas muitos outros não entenderão (Dn 12.10). Apenas um remanescente será salvo, como se vê claramente em outras passagens das Escrituras (por exemplo, em Rm 9.27; Ez 20.33-38). Mas atrás de todo esse remanescente crente se colocará o arcanjo Miguel como príncipe de Israel. No arrebatamento ele levantará a sua voz, porque terá chegado sua hora para agir em favor do remanescente de Israel.
Como vimos, em nossos dias muitos israelitas estão crendo no seu Messias, em Jesus Cristo. Será que o Senhor está preparando o Seu povo para o arrebatamento e a Grande Tribulação? Será que Ele o faz porque a hora já está muito adiantada?

Quinta certeza: a trombeta de Deus

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A trombeta de Deus aqui mencionada é a mesma de 1 Coríntios 15.52: "...num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." Esta trombeta de Deus chamará todos os santos de todos os tempos para a casa do Pai.
Por que ela é chamada de "última trombeta"? Porque então a dispensação da graça chegará ao fim. A dispensação da anunciação do Evangelho da graça começou com uma "trombeta" e terminará com uma trombeta. Por que ela começou com uma "trombeta"? Porque podemos dizer que a pregação do Evangelho "repercutiu", "ressoou" ou foi "trombeteada". Por exemplo, a frase: "Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor..." (1 Ts 1.8), significa literalmente: "porque vocês trombetearam a palavra do Senhor". Em Romanos 10.18 está escrito: "Mas pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo."
A trombeta do Evangelho conclamando para a salvação em Jesus Cristo ressoou por quase dois mil anos. Em breve se ouvirá a última trombeta, o Evangelho deixará de ser pregado, a dispensação da graça chegará ao fim e a Igreja estará concluída, a sua plenitude terá sido alcançada. A Igreja será chamada para subir à casa do Pai.
Em que será que pensaram os tessalonicences, que em grande parte eram judeus, quando Paulo escreveu sobre a trombeta? O Apocalipse ainda não existia, portanto eles ainda não sabiam nada sobre as sete trombetas de juízo ali descritas. Por isso, certamente eles pensaram na trombeta da salvação de Números 10.2-10. Nesse trecho do Antigo Testamento são mencionadas duas trombetas que eram tocadas em certas ocasiões. A ordem de Deus dizia: "Faze duas trombetas de prata; de obra batida as farás; servir-te-ão para convocares a congregação e para a partida dos arraiais" (Nm 10.2). Por um lado, portanto, estas trombetas de prata eram tocadas para convocar, chamar, juntar e reunir, e por outro lado para levantar acampamento e partir. Isso não tem sentido profético? Convocação (chamamento) = pregação do Evangelho para vir a Jesus ("muitos são chamados..."), até que a plenitude estiver reunida. Partida = ressurreição/arrebatamento para a casa do Pai.
É interessante verificar que essas trombetas deviam ser confeccionadas de prata. Que prata era usada para essa finalidade? O siclo de prata do resgate [salvação] (Êx 30.12-13). Esses siclos eram dados como pagamento de resgate pela vida dos israelitas, para que não houvesse entre eles nenhuma praga. Isso também nos faz lembrar das 30 moedas de prata que foram pagas pela prisão do Senhor Jesus, que obteve a nossa salvação na cruz.
As diferentes maneiras de tocar as trombetas significavam, entre outras coisas, o seguinte:
a) Quando as duas trombetas eram tocadas de maneira normal, isso servia para o chamamento e ajuntamento de toda a congregação na porta da tenda da congregação (Nm 10.3) = um chamamento para salvação.
b) Quando as trombetas eram tocadas a rebate, fortemente, como "sinal de alarme", isso indicava a ordem para partir. O último toque da trombeta era o sinal para juntar os pertences e partir = uma maravilhosa ilustração do arrebatamento.
Agora ainda ressoa a trombeta do Evangelho para chamamento e ajuntamento. Mas quando for tocada a última trombeta de Deus como "sinal de alarme" para o arrebatamento, ao mesmo tempo isto será um sinal para o ajuntamento de Israel, porque então terá chegado o tempo do seu salvamento. É o que se conclui de Números 10.9: "Quando, na vossa terra, sairdes a pelejar contra os opressores que vos apertam, também tocareis as trombetas a rebate, e perante o SENHOR, vosso Deus, haverá lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos."
Depois do arrebatamento virá o opressor, o anticristo, mas o Senhor se lembrará de Israel e no final salvará o Seu povo. Isaías 27.12-13 anuncia isso de maneira muito bonita: "Naquele dia, em que o SENHOR debulhará o seu cereal desde o Eufrates até ao ribeiro do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um. Naquele dia, se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que forem desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao SENHOR no monte santo de Jerusalém."
Pelos motivos já mencionados e os que vamos acrescentar, a trombeta de Deus para o arrebatamento, segundo o meu entendimento, não equivale às sete trombetas do Apocalipse (capítulos 8-11).
• A trombeta de Deus para o arrebatamento anuncia a conclusão da era da graça. Trata-se da trombeta da salvação. No seu som temos a salvação, o perdão e a vitória do Evangelho. Ela ressoa principalmente para a Igreja, mas também para Israel, no sentido de que então o remanescente será reunido.
• As trombetas tocadas pelos anjos em Apocalipse, entretanto, são todas trombetas de juízo sobre o mundo das nações que rejeitou a Cristo. Além disso, os vinte e quatro anciãos (a Igreja, veja Ap 4.9-11) já se encontram no céu por ocasião da sétima trombeta e anunciam a volta de Jesus e Seu reino (Ap 11.15-17ss).
• É muito interessante observar que outras traduções de 1 Tesalonisences 4.16, por exemplo a Edição Corrigida e Revisada, dizem: "...Porque o mesmo Senhor descerá do céu... com a trombeta de Deus...". Isto quer dizer que o próprio Senhor – como Sumo Sacerdote da Sua Igreja – tocará a trombeta, porque ela estará na Sua mão. Ele mesmo chamará os Seus para casa. Ele mesmo dará a ordem e o sinal para a retirada da Sua Igreja. Segundo o meu entendimento, isso também é o mais provável, pois a trombeta é chamada de "trombeta de Deus", e Jesus Cristo é Deus (Tt 2.13; 1 Jo 5.20). Por que não seria o Salvador que haveria de chamar os Seus salvos? Aliás, no Antigo Testamento apenas os sacerdotes podiam tocar as trombetas. E Jesus é o Sumo Sacerdote, não um anjo qualquer. As sete trombetas de juízo (Ap 8.6-9,12; 11.15) são empunhadas e tocadas por anjos. Por isso, deve haver uma diferença entre a trombeta do arrebatamento e as sete trombetas de juízo.

Sexta certeza: ressurreição e arrebatamento

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor" (1 Ts 4.16-17). Não se trata aqui de uma ressurreição geral. Somente os mortos emCristo e os vivos em Cristo serão ressuscitados ou transformados. Todos os demais mortos permanecerão nas suas sepulturas até o dia do juízo final. O que é descrito aqui é uma ressurreição seletiva dentre os mortos e realmente diz respeito somente àqueles que estãoem Cristo.
Em João 5.28-29 o Senhor mencionou duas diferentes ressurreições: "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo." E quando Jesus desceu do monte com Seus discípulos depois da Sua transfiguração, Ele lhes disse algo que muito os admirou e que até então eles ainda não tinham ouvido. Trata-se de uma expressão totalmente nova em relação ao arrebatamento: "Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos. Eles guardaram a recomendação, perguntando uns aos outros que seria o ressuscitar dentre os mortos?" (Mc 9.9-10).
Jesus foi o primeiro que ressuscitou dentre os mortos (At 26.23; Cl 1.18; 1 Co 15.20). Também 1 Coríntios 15.23 fala disso: "Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda." Esta afirmação, em conexão com 1 Tessalonicences 4.16, explica que todos os que estão em Cristo ressuscitarão dentre os mortos. Esta é a chamada "primeira ressurreição" (Ap 20.5-6). As outras pessoas, as que não estavam em Jesus, que não pertenciam a Ele pela fé salvadora e, assim, não tinham um relacionamento pessoal com Ele, serão ressuscitadas mil anos mais tarde e então irão para o inferno (Ap 20.11-15).
Na primeira ressurreição/arrebatamento o Senhor Jesus deixará o Seu trono e, vindo do céu (da casa do Pai), aparecerá nos ares (1 Ts 4.17). Ele não virá de maneira visível sobre a terra, mas permanecerá na atmosfera superior. Os espíritos/almas dos que dormiram nEle O acompanharão, como provavelmente também o arcanjo Miguel. Então serão ressuscitados primeiro os corpos dos que morreram em Cristo. Logo a seguir, os corpos dos que ainda estiverem vivos serão transformados. Então a Igreja será arrebatada coletivamente ao encontro do Senhor nos ares, entre nuvens, e Ele levará Sua noiva para a casa do Pai. A Igreja terá então deixado seu lugar na terra e João 14.1-6 estará cumprido. Tudo isso naturalmente acontecerá numa fração de segundos (comp. 1 Co 15.51-53).

Sétima certeza: estar para sempre com o Senhor

"...e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.17-18). Esta garantia: "...estaremos para sempre com o Senhor", é um consolo eterno acima de tudo o que é passageiro neste mundo... A partir desse momento, nada mais estará sujeito à morte para qualquer filho de Deus. Todas as tristezas do passado, todas as misérias e tentações, todas as perguntas, tudo será esquecido e respondido por este fato: "...estaremos para sempre com o Senhor." "Estaremos para sempre com o Senhor" significa que a Igreja estará sempre onde Jesus estiver; ela participará de toda a Sua riqueza divina. Então se cumprirá o que está escrito em Tito 2.13:
"...aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus."
"Aguardando ansiosamente aquele tempo quando se verá a sua glória – a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (A Bíblia Viva).
Mas quem não tem Jesus cai num abismo insondável de desespero. Aquele que não tem Jesus perde a bendita e eterna esperança. Justamente nesta passagem da ressurreição e do arrebatamento, a Bíblia nos mostra que haverá pessoas que estarão dentro (1 Ts 4.16) e pessoas que estarão fora (v.12), que haverá pessoas cheias de esperança e pessoas sem esperança (v.13), pessoas que estarão para sempre com o Senhor e pessoas eternamente separadas dEle (v.17), pessoas consoladas e pessoas sem consolo (v.18). Aquele que nãoestá em Cristo não tem nenhum relacionamento com Deus; tal pessoa está "fora", sem esperança, porque não tem lar. Uma pessoa sem Jesus ficará eternamente sem consolo e sem paz.
Como você pode ganhar o direito de morar na casa do Pai celestial, adquirir a esperança de "estar para sempre com o Senhor" e transmitir esse consolo também para outros? Decidindo-se por Jesus Cristo e por Sua obra de salvação consumada na cruz – também por você. Se você aceitar isso pela fé, 1 Tessalonicenses 4.14-18 realmente se cumprirá também em sua vida. Por isso, decida-se totalmente por Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo! A Palavra do Deus Eterno lhe diz em Jó 11.13 e 18: "Se dispuseres o coração e estenderes as mãos para Deus... Sentir-te-ás seguro, porque haverá esperança". 
Norbert Lieth é Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional. Suas mensagens têm como tema central a Palavra Profética. Logo após sua conversão, estudou em nossa Escola Bíblica e ficou no Uruguai até concluí-la. Por alguns anos trabalhou como missionário em nossa Obra na Bolívia e depois iniciou a divulgação da nossa literatura na Venezuela, onde permaneceu até 1985. Nesse ano, voltou à Suíça e é o principal preletor em nossas conferências na Europa. É autor de vários livros publicados em alemão, português e espanhol.

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