domingo, 12 de junho de 2011

EVIDÊNCIA QUE EXIGE UM VEREDITO Parte 8


Metzger continua: "Na antigüidade os homens (1) memorizaram Homero assim como mais tarde iriam memorizar as Escrituras. (2) Tanto Homero como as Escrituras foram tidos na mais alta estima, sendo citados na defesa de argumentos acerca do céu, da terra e do Hades. (3) Homero e a Bíblia serviram de cartilha para diferentes gerações de escolares que neles aprenderam a ler. (4) Ao redor de ambos cresceu um grande volume de notas marginais e comentários. (5) Ambos tiveram glossários. (6) Ambos caíram nas mãos dos alegoristas. (7) Ambos foram imitados e tiveram suplementos — um com os hinos e escritos homéricos, tais como o Batraco-miomáquia, e o outro com os livros Apócrifos. (8) Homero foi analisado e prosado; o evangelho de João foi versificado em hexâmetros épicos por Nono de Panópolis. (9) Os manuscritos tanto de Homero como da Bíblia foram ilustrados. (10) As descrições homéricas apareceram nos murais de Pompéia; as basílicas cristãs foram decoradas com mosaicos e afrescos de episódios bíblicos". 61/144, 145
E. G. Turner destaca que, sem dúvida alguma, Homero foi o autor mais lido na antigüidade. 92/97
 

OBRA                     Data                 Cópia mais                Intervalo                 N°de
        Antiga                                                     Cópias
 

Homero (Iliada)      900 a.C.            400 a.C.                 500 anos                    643
Novo Testamento  40-100 A.D.      125 A.D.                  25  anos                   24.000
 


Geisler e Nix comparam as variações textuais existentes entre os documentos do Novo Testamento e as obras antigas: "Em seguida ao Novo Testamento, existem mais manuscritos remanescentes da Ilíada (643) do que de qualquer outro livro. Tanto a Ilíada como a Bíblia foram consideradas 'sagradas', ambas sofreram mudanças textuais e os respectivos manuscritos em grego foram objeto de crítica textual. O Novo Testamento tem cerca de 20.000 linhas". 32/366
Eles prosseguem dizendo que "aIliada tem cerca de 15.600. Há dúvidas sobre apenas 40 linhas (ou 400 palavras) do Novo Testamento, enquanto que, no caso da Ilíada , questionam-se 764 linhas. Esses cinco por cento de corrupção textual contrastam-se com o meio por cento de emendas no texto do Novo Testamento."
"A epopéia nacional da índia, o Mahabharata, sofreu ainda mais corrupções. Tem aproximadamente oito vezes o tamanho da Ilíada e da Odisséia juntas, em torno de 250.000 linhas. Dessas, umas 260.000 linhas são corruptelas (dez por cento)." 32/367
No livro Introduction to Textual Criticism of the New Testament (Introdução à Crítica Textual do Novo Testamento), Benjamim Warfield cita a opinião de Ezra Abbot sobre noventa e cinco por cento das variações textuais do Novo Testamento, afirmando que elas: "... possuem base tão insignificante... embora haja várias leituras possíveis; e noventa e cinco por cento das variações restantes são de importância tão ínfima que sua aceitação ou rejeição não provocaria qualquer diferença significativa no sentido das passagens onde elas ocorrem". 100/14
Geisler e Nix fazem a seguinte observação sobre como são contadas as variações textuais: "É ambíguo dizer que existem umas 200.000 variantes nos manuscritos existentes do Novo Testamento, desde que elas dizem respeito a apenas 10.000 lugares no Novo Testamento. Se uma única palavra é escrita de modo errado em 3.000 manuscritos, isso é contado como sendo 3.000 variantes ou leituras". 32/361
Embora tivesse às mãos menos manuscritos do que temos hoje, Philip Schaff, em Comparison to the Greek Testament and the English Version (Comparação entre o Testamento Grego e a Versão Inglesa), concluiu que apenas 400 das 150.000 leituras divergentes ocasionavam dúvida sobre o sentido do texto, e que somente 50, dentre as 400, são de grande relevância. Schaff ainda disse que nem uma única variante altera "um artigo de fé ou um princípio ético que não seja abundantemente sustentado por outras passagens, das quais não há dúvida, ou por todo o teor do ensino das Escrituras". 82/177
Fenton John Anthony Hort, que passou a vida lidando com manuscritos, diz: "É bem grande a proporção de palavras que, sem que haja qualquer dúvida sobre elas, são virtualmente aceitas em todos os manuscritos. Num cálculo aproximado, elas compõem não menos de sete oitavos do total. De modo que a um oitavo restante, formado em grande parte por mudanças de ordem e outras questões relativamente insignificantes, constitui todo o campo da crítica".
"Se os princípios seguidos nesta edição estão corretos, pode-se reduzir bastante esse número. Reconhecendo plenamente o dever de nos abstermos de decisões categóricas, em casos em que os dados deixam em suspenso o julgamento entre duas ou mais leituras, descobrimos que, pondo de lado as diferenças de ortografia, em nossa opinião as palavras ainda sujeitas a dúvida constituem cerca de seis por cento de todo o Novo Testamento. Nesse segundo cálculo a proporção de variações relativamente triviais é incomparavelmente maior do que na primeira estimativa; de maneira que aquilo que em algum sentido se pode chamar de variações substanciais é apenas uma pequena fração de toda a variação restante, e dificilmente constitui mais de 0,1 por cento de todo o texto." 43/2
A respeito desses comentários de Hort, Geisler e Nix afirmam que "apenas um oitavo de todas as variantes tiveram algum peso, pois a maioria delas são simples questões mecânicas, tais como soletração ou estilo. Do total, então, somente cerca de um sexagésimo deixa de ser 'questão relativamente insignificante', podendo ser chamado de 'variação substancial'. Matematicamente isso aponta para um texto que é 98,33% puro." 32/365 Ousadamente Warfield assevera que os fatos demonstram que a maior parte do Novo Testamento "nos foi transmitida sem, ou quase sem, qualquer mudança; e mesmo na forma mais corrompida em que o texto chegou a aparecer, usando as palavras bastante citadas de Richard Bentley, o texto real dos escritores sacros é suficientemente exato... dentre todas as inúmeras variantes, escolha a mais estranha que puder, escolha de propósito a pior delas... e você não descobrirá um só artigo de fé ou preceito moral deturpado ou perdido". 100/14; 85/163
Schaff cita Tregeller e Scrivener: "Dispomos de tantos manuscritos e contamos com a ajuda de tantas traduções que nunca nos vemos com a necessidade de fazer conjeturas como meio de corrigir erros de cópia". (TREGELLER, Samuel P. "Prolegomena" (Prolegômenos). In: Greek New Testament (Novo Testamento Grego), p. x.).
"Scrivener afirma: 'Ao invés de causar dúvida ou perplexidade ao estudante sincero das Escrituras Sagradas, a abundância de manuscritos leva-o a reconhecer mais plenamente a integridade geral das Escrituras em meio à variação parcial. O que um leitor atento de Sófocles daria em troca de semelhante orientação para as passagens obscuras que enervam sua paciência e estragam o prazer de ler esse sublime poeta?'" 82/182
Em The Books and the Parchments (Os Livros e os Pergaminhos), F. F. Bruce escreve dizendo que, se nenhuma evidência textual objetiva existe para corrigir um erro óbvio, então "o crítico textual deve necessariamente empregar a arte de fazer emendas por conjeturas - uma arte que exige a mais dedicada auto-disciplina. A emenda deve recomendar-se a si mesma como sendo obviamente correta e deve explicar satisfatoriamente a maneira como a corruptela surgiu. Em outras palavras, deve ser ao mesmo tempo 'provável intrinsicamente' e 'provável do ponto-de-vista da transcrição'. Não creio que haja qualquer leitura do Novo Testamento que exija uma emenda por conjetura. A riqueza de provas é tão grande que o texto verdadeiro está quase que invariavelmente destinado a ser preservado por pelo menos uma das milhares de testemunhas textuais." 15/179, 180
Sir Frederic Kenyon (uma das maiores autoridades no campo da crítica textual do Novo Testamento) declara enfaticamente que as variações textuais não representam ameaça à doutrina: "Finalmente, deve-se enfatizar uma palavra de advertência já pronunciada anteriormente. Nenhuma doutrina fundamental da fé cristã depende de algum texto controvertido..."
"Nunca é demais lembrar que, em sua maior parte, o texto da Bíblia é fidedigno, especialmente no caso do Novo Testamento. O número de manuscritos do Novo Testamento, de antigas traduções do Novo Testamento e de citações pelos mais antigos escritores da Igreja, é tão grande que é praticamente certo que o texto autêntico de cada passagem duvidosa encontra-se preservado em uma ou outra dessas antigas autoridades. De nenhum outro livro antigo em todo o mundo se pode dizer o mesmo. "
"Os estudiosos se dão por satisfeitos por possuírem substancialmente o texto autêntico dos principais escritores gregos e romanos, cujas obras chegam até nós, de Sófocles, Tucídedes, Cícero, Virgílio; no entanto, nosso conhecimento das obras desses escritores depende de um pequeno punhado de manuscritos, enquanto que os manuscritos do Novo Testamento se contam às centenas e até aos milhares." 49/23
Gleason Archer Jr., ao responder à questão das evidências objetivas, mostra que as variantes ou os erros na transmissão do texto não afetam a revelação de Deus:
"Um estudo cuidadoso das variações (ou leituras diferentes) dos vários manuscritos mais antigos revela que nenhuma delas afeta uma única doutrina das Escrituras. O sistema de verdades espirituais contido no texto hebraico geralmente aceito do Antigo Testamento não é alterado nem deturpado por qualquer uma das diferentes leituras encontradas nos manuscritos hebraicos de datas mais antigas e que foram descobertos nas cavernas do mar Morto ou em qualquer outro lugar. Para averiguar isto, basta examinar o registro das variações bem atestadas, constantes da edição de Rudolf Kittel da Bíblia Hebraica. É bem evidente que a grande maioria delas é tão insignificante que o sentido doutrinário de cada frase permanece inalterado." 10/25
Benjamin Warfield disse: "Se compararmos a situação atual do texto do Novo Testamento com a de qualquer outro escrito antigo, precisaremos declarar que o texto é maravilhosamente correto, tão grande é o cuidado com que o Novo Testamento tem sido copiado — um cuidado que, sem dúvida alguma, é fruto de uma verdadeira reverência para com suas santas palavras - tão grande tem sido a providência de Deus em preservar para a sua Igreja em todas as épocas um texto suficientemente exato, que o Novo testamento não tem rival entre os escritos antigos, não apenas em termos de pureza de texto pela maneira como foi transmitido e mantido em uso, como também em termos de abundância de testemunhos, os quais chegaram até nós para corrigir falhas relativamente esporádicas." 100/12,13
Os editores da Revised Standard Version (uma tradução da Bíblia, publicada em inglês) disseram: "Para o leitor atento, fica óbvio que ainda em 1946, tal como em 1881 e 1901, nenhuma doutrina da fé cristã foi afetada pela revisão pelo simples fato de que, dentre as milhares de variantes existentes nos manuscritos, até agora nenhuma surgiu exigindo uma revisão da doutrina cristã". 34/42
Burnett H. Streeter acredita que, por causa da grande quantidade de material textual do Novo Testamento, "o grau de segurança de que... o texto chegou até nós em boas condições é suficientemente elevado." 90/33
Sobre o mesmo assunto Frederic F. Kenyon fala no livro The Story of the Bible (A História da Bíblia): "É animador descobrir que, no final, o resultado geral de todas essas descobertas (de manuscritos) e todo esse estudo fortalece a prova da autenticidade das Escrituras, bem como nossa convicção de que temos em mãos, de forma concreta, a verdadeira Palavra de Deus". 50/113
Millar Burrows, da Universidade Yale (nos Estados Unidos), escreve: "Uma outra conseqüência de se comparar o Novo Testamento Grego com o texto dos papiros é um aumento da confiança na fiel transmissão do próprio texto do Novo Testamento". 17/52
Burrows também afirma que os textos "têm sido transmitidos com uma notável fidelidade, de modo que não é preciso ter dúvida alguma sobre o ensino que eles apresentam". 17/2
Creio que, racionalmente e a partir do ponto-de-vista das evidências literárias, é possível chegar-se à conclusão de que a credibilidade do Novo Testamento é bem maior do que a de qualquer outro documento da antigüidade.

3C. CRONOLOGIA DE IMPORTANTES MANUSCRITOS DO NOVO TESTAMENTO


Métodos de Datação: Alguns dos fatores que ajudam a determinar a idade de um manuscrito são: 32/242-246


1.      Materiais                                     5. Ornamentação
2.      Tamanho e forma das letras        6. Cor da tinta
3.      Pontuação                                   7. Textura e cor do pergaminho
4.      Divisões do texto

O manuscrito de John Rylands (130 A.D.) encontra-se na Biblioteca John Rylands, na cidade de Manchester, na Inglaterra, e é o mais antigo fragmento existente do Novo Testamento. "Devido à sua data muito antiga e à sua localização (Egito), a alguma distância do lugar tradicional de composição (Ásia Menor), essa porção do Evangelho de João tende a confirmar a data tradicional de composição do Evangelho, isto é, por volta do fim do primeiro século." 32/268
Bruce Metzger fala de uma crítica abandonada: "Caso se tivesse conhecido esse pequeno fragmento durante meados do século passado, aquela escola de crítica do Novo Testamento, a qual foi inspirada pelo brilhante professor de Tubinga, Ferdinand Chriastian Baur, não poderia ter defendido que o Quarto Evangelho só foi escrito por volta de 160 A.D." 62/39
O Papiro Bodmer 11(150-200 A.D.) encontra-se na Biblioteca Bodmer de Literatura Mundial e contém a maior parte de João.
Bruce Metzger afirma que esse manuscrito foi "a descoberta mais importante de manuscritos do Novo Testamento desde a aquisição dos papiros Chester Beatty...." 62/39, 40
No antigo "Z«r Datierung des Papyrus Bodmer II (P. 66)" ( A Respeito da Datação do Papiro Bodmer II) ( In: Anzeiger Der Osterreichis-chen Akademie Der Wissenschaften (Informativo da Academia Austríaca de Ciências) n°4, 1960, p. 12033), "Herbert Hunger, diretor das coleções papirológicas da Biblioteca Nacional de Viena, atribui ao papiro 66 uma data anterior, meados do século segundo, ou até mesmo a primeira metade desse século; veja o artigo que ele escreveu." 62/39,40
Os Papiros Chester Beatty (200 A.D.) encontram-se no Museu C. Beatty, em Dublin, e parte deles é de propriedade da Universidade de Michigan (nos Estados unidos). Essa coleção contém códices de papiro, três dos quais com grandes porções do Novo Testamento. 15/182
Em The Bible and Modem Scholarship (A Bíblia e a Erudição Moderna), Sir Frederic Kenyon afirma: "O resultado prático dessa descoberta — de longe a mais importante desde a descoberta do códice Sinaítico — é, de fato, reduzir o hiato entre os manuscritos mais antigos e as datas tradicionais dos livros do Novo Testamento, de maneira que esse intervalo se torna insignificante em qualquer discussão sobre a autenticidade do Novo Testamento. Nenhum outro livro possui, acerca de seu texto, um testemunho tão remoto e abundante; e, despojado de idéias pré-concebidas, erudito algum negaria que o texto que chegou até nós está substancialmente intacto." 47/20
O Diatessarão ("uma harmonia de quatro partes"). A expressão grega dia Tessaron significa literalmente "através de quatro". 15/195 O Diatessarão foi uma harmonia dos Evangelhos preparada por Taciano (cerca de 160 A.D.).
Em sua História Eclesiástica, IV, 29 (edição de Loeb, v. 1, p. 397), Eusébio escreveu: "... Seu antigo líder Taciano elaborou uma espécie de combinação e coleção dos evangelhos, dando-lhe o nome de DIATESSARÃO, o qual ainda existe em alguns lugares...." Acredita-se que Taciano, um cristão assírio, foi o primeiro a preparar uma sucessão dos evangelhos; hoje só existe uma pequena porção dessa obra. 32/318, 319
O Códice Vaticano (325-350 A.D.), situado na Biblioteca do Vaticano, contém quase toda a Bíblia.
O Códice Sinaítico (350 A.D.) encontra-se no Museu Britânico. Esse manuscrito, que contém quase todo o Novo Testamento e mais da metade do Antigo Testamento, foi descoberto em 1859, no mosteiro do Monte Sinai pelo Dr. Constantin von Tischendorf, sendo presenteado ao Czar da Rússia pelo mosteiro. Posteriormente, no Dia de Natal de 1933, o povo e o governo britânicos o adquiriram da União Soviética por 100.000 libras.
É fascinante a história da descoberta desse manuscrito. Bruce Metzger descreve os interessantes antecedentes que culminaram na descoberta: "Em 1844, quando ainda não tinha trinta anos de idade, Tischendorf, um privatdozent (professor particular na Universidade de Leipzig, na Alemanha), principiou uma longa viagem pelo Oriente Próximo, em busca de manuscritos bíblicos. Ao visitar o mosteiro de Santa Catarina, no monte Sinai, casualmente viu algumas folhas de pergaminho num cesto de lixo cheio de papéis destinados a acender o forno do mosteiro. Ao serem examinados, comprovou-se que essas folhas faziam parte de uma cópia da tradução Septuaginta do Antigo Testamento, escritas em caracteres unciais gregos bem antigos. Ele tirou do cesto de lixo nada menos do que quarenta e três dessas folhas, e um monge comentou por acaso que dois cestos de material semelhante já haviam sido queimados! Posteriormente, quando mostraram a Tischendorf outras porções do mesmo códice (contendo todo o livro de Isaías e 1 e 2 Macabeus), advertiu os monges que aquelas folhas eram valiosas demais para serem usadas para acender o fogo. As quarenta e três folhas que ele teve permissão de levar consigo continham porções de 1 Crônicas, Jeremias, Neemias e Ester, e, ao retornar à Europa, colocou-as sob a guarda da Biblioteca da Universidade de Leipzig, onde ainda se encontram. Em 1846, ele publicou o conteúdo das folhas, dando-lhes o nome de Códice Frederico-Augustanus (em homenagem ao Rei da Saxônia, Frederick Augustus, soberano e mecenas de Tischendorf)." 62/43
Em 1853, uma segunda visita de Tischendorf ao mosteiro não resultou em novos manuscritos porque os monges estavam desconfiados devido ao entusiasmo que Tischendorf demonstrava diante do manuscrito que vira por ocasião de sua primeira visita, em 1844. Em 1859, durante uma terceira visita e sob a direção do Czar da Rússia, Alexandre II, pouco antes de partir, Tischendorf presenteou o administrador do mosteiro com uma edição da Septuaginta, que ele publicara em Leipzig. "Imediatamente o administrador comentou que ele também possuía uma cópia da Septuaginta e, de um armário em sua cela, retirou um manuscrito enrolado num pano vermelho. Ali, perante os olhos supremos do estudioso, jazia o tesouro que ele vinha desejando ver. Escondendo suas emoções, Tischendorf casualmente pediu permissão para examiná-lo mais vagarosamente aquela noite. Com a permissão concedida e tendo-se retirado para seu quarto, Tischendorf passou a noite toda tendo o prazer de estudar o manuscrito — pois, como escreveu em seu diário (que, sendo um erudito, mantinha em latim), quippe dormire nefas videbatur ('na verdade, dormir parecia um sacrilégio')! Logo descobriu que o documento continha muito mais do que ele até mesmo esperara; pois não apenas a maior parte do Antigo Testamento estava ali, como também o Novo Testamento estava intacto e em excelentes condições, havendo também duas antigas obras cristãs do segundo século, a Epístola de Barnabé (anteriormente conhecida só através de uma tradução latina bem deficiente) e uma grande porção de Pastor de Hermas, obra até então só conhecida de nome". 62/44
O Códice Alexandrino (400 A.D.) encontra-se no Museu Britânico. Está escrito em grego. A Enciclopédia Britânica acredita que foi escrito no Egito. Contém quase toda a Bíblia.
O Códice Ephraemi (século quinto A.D.) encontra-se na Biblioteca Nacional, em Paris. A Enciclopédia Britânica afirma que "sua origem no século quinto e as evidências que fornece tornam-no importante para o texto de certas passagens do Novo Testamento." 25/579; 15/183
Nesse manuscrito estão todos os livros, com exceção de 2 Tessalonicenses e 2 João.
O Códice Beza (segunda metade do século quinto) encontra-se na Biblioteca de Cambridge e contém os Evangelhos e Atos, não apenas em grego, mas também em latim.
O Códice Washington (ou Freeriano) (cerca de 450 A.D.) contém os quatro evangelhos. 37/39
O Códice Claromontano (século sexto) contém as epístolas paulinas. E um manuscrito bilíngüe.

4C. A CREDIBILIDADE DOS MANUSCRITOS APOIADA POR VÁRIAS TRADUÇÕES

As traduções antigas constituem um outro forte apoio em favor do testemunho e exatidão dos textos. Em sua maior parte, "raramente a literatura antiga era traduzida para um outro idioma". 37/45
Desde o início, o cristianismo tem sido uma religião missionária.
"As primeiras versões do Novo Testamento foram preparadas por missionários, para auxiliarem na propagação da fé cristã entre os povos cujas línguas nativas eram o siríaco, o latim ou o copta." 62/67
As versões (traduções) do Novo Testamento em siríaco e em latim foram feitas por volta de 150 A.D. Isso nos deixa bem próximos da época da composição dos originais.

1D. Versões Siríacas

A Velha Versão Siríaca contém os quatro evangelhos, copiada por volta do século quarto. É preciso explicar que "siríaco é o nome geralmente dado ao aramaico cristão. É escrito numa variação distinta do alfabeto aramaico". 15/193
Teodoro de Mopsuéstia (século quinto) escreveu: "Foi traduzida para a língua dos sírios". 15/193
Peshita. O sentido básico dessa palavra é "simples". Foi a versão padrão, preparada por volta de 150-250 A.D. Hoje existem mais de 350 manuscritos conhecidos, copiados no século quinto. 32/317
Siríaca Palestinense. A maioria dos estudiosos atribuem a essa versão a data de aproximadamente 400450 A.D. (século quinto). 62/68-71
Filoxênia (508 A.D.). Policarpo preparou uma nova tradução do Novo Testamento em siríaco do Novo Testamento para Filoxeno, bispo de Mabbug. 37/49
Harcleiana. Feita em 616 A D. por Thomas Harkel.

2D. Versões Latinas

Velha Latina. Existem testemunhos, a partir do século quarto até o século treze, de que, no século terceiro, "uma velha versão latina circulou no norte da África e na Europa..."
Velha Latina Africana (Códice Bobbiense) 400 A.D. Metzger diz que "E. A. Lowe revela indícios paleográficos de ter sido copiada de um papiro do século segundo". 62/72-74
O Códice Corbiense (400-500 A.D.) contém os quatro evangelhos.
Códice Vercelense (360 A.D.).
Códice Palatino (século quinto A.D.).
Vulgata Latina (vulgata é palavra que significa "comum" ou "popular"). Jerônimo era secretário de Damásio, bispo de Roma. Entre 366 e 384, Jerônimo atendeu a um pedido do bispo para que preparasse uma versão. 15/201

3D. Versões Captas (ou Egípcias)

F. F. Bruce escreve que é provável que a primeira versão egípcia foi traduzida no século terceiro ou quarto. 15/214
Sahídica. Início do terceiro século. 62/79-80
Bohaírica. Rodalphe Kasser, que editou o texto impresso dessa versão, calcula que ela deve datar do século quarto. 37/50
Médio-Egípcio. Século quarto ou quinto.


Existem mais de 15.000 cópias de várias versões

4D. Outras Versões Antigas

Armênia (a partir de 400 A.D.). Parecer ter sido traduzida de uma Bíblia em grego obtida em Constantinopla. Gótica. Século quarto. Geórgica. Século quinto. Etiópica. Século sexto. Núbia. Século sexto.

5C. A CREDIBILIDADE DOS MANUSCRITOS APOIADA PELOS PRIMEIROS PAIS DA IGREJA

A Enciclopédia Britânica afirma: "Após ter examinado os manuscritos e versões, o crítico textual ainda assim não esgotou o estudo das provas em favor do texto do Novo Testamento. Freqüentemente os escritos dos primeiros pais da igreja refletem uma forma de texto diferente da de um ou outro manuscrito... os testemunhos que dão do texto, especialmente quando corroboram leituras oriundas de outras fontes, são algo que o crítico textual deve consultar antes de formar juízo a respeito". 25/579
J. Harold Greenlee diz que as citações da Escritura nas obras dos primeiros escritores cristãos "são em número tão grande que é virtualmente possível reconstituir o Novo Testamento a partir dessas citações, sem 

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