domingo, 9 de maio de 2010

Os Bilhões do Vaticano - parte 61

OO tesouro do Vaticano em ouro sólido tem sido avaliado pela United Nations World Magazine em vários bilhões de dólares. Uma grande parte deste está estocada em forma de lingotes de ouro no US Federal Reserve Bank, enquanto os bancos da Inglaterra e da Suíça guardam o restante. Mais isto é apenas uma pequena porção da Igreja católica, a qual, somente nos Estados Unidos, como já vimos é maior do que a das dez cinco maiores corporações mais ricas do país (10). Quando a esta se acrescentam os bens imóveis, propriedades, dinheiro e ações no exterior, então a espantosa cumulação de riqueza do Vaticano se torna tão formidável ao ponto de desafiar qualquer cálculo racional.
As enormes reservas financeiras do Vaticano nos anos 70 e 80 podem ser avaliadas pelo fato de que se igualavam aos roldings (?) da França tanto m ouro como em seguridades (?) estrangeiras. O Vaticano poderia estar em pé de igualdade não apenas com a França, mas também com a própria Grã Bretanha. As reservas em dólares do Reino Unido foram estimadas em 1000 milhões de dólares (11), soma equivalente a apenas 1/5 do capital da tabela de mercados do Vaticano, a qual segundo financistas de alto nível e reputação, totalizava no mundo inteiro mais de 2 mil milhões de libras esterlinas, ou cerca de 5 a 6 mil milhões de dólares. Fontes confiáveis nesse período indicavam que o Vaticano tinha, ao mesmo tempo, uma reserva em ouro de 11 bilhões, ou seja três vezes a reserva de ouro da Grã Bretanha (12). Esta estimativa é muito conservadora. Além do mais, deve-se lembrar que ela cobre apenas os roldings do Vaticano em stock exchange e outros valores negociáveis. Para resumir, esta soma astronômica se limita às reservas de capital líquido do Vaticano. Tomadas, assim desse modo, o Vaticano na mais conservadora das estimativas é o “maior acionista do mundo, com um portifólio de seguridades mencionadas totalizando o equivalente a 5.600 milhões de dólares”(13) e 6.000 milhões de dólares em 1970/71. O volume do dinheiro e ações do Vaticano em todo o mundo nos anos 80 foi calculado em “5 a 10 bilhões de dólares”(14).
Graças a isto, portanto, o Vaticano era, e continua sendo o mais redobrado acumulador de riqueza e proprietário em existência. Ninguém sabe ao certo quanto a Igreja foi ou é rica em termos de dólares e outras moedas, nem mesmo o papa.
Esta é a verdadeira situação apoiada por um oficial do Vaticano, quando solicitado a fazer uma suposição da riqueza do Vaticano atualmente o qual replicou explicitamente, “só Deus sabe”!
A mais concisa liquidação do assunto.

Capítulo 27

A melhor coisa que aconteceu
Depois de Jesus Cristo

A magnitude econômica da riqueza do Vaticano nos anos 70 foi levada a criar problemas peculiares ao mundo do big business, com o resultado de que o Vaticano, em comum com outros gigantes financeiros, tornou-se continuamente preocupado com o futuro dos seus investimentos. Mais ainda, visto como a subida e descida do mercúrio (a subida e descida do termômetro?) da instabilidade política se tornavam freqüentemente alarmantes. Na Itália os portentos eram cada vez mais impiedosos. O governo italiano, pressionado pelos grupos de esquerda, estava exigindo que o Vaticano fosse forçado a pagar seus milhões de impostos atrasados, prometendo dura legislação futura sobre as evasões de impostos.
No exterior, a prosperidade da Europa havia começado a parecer doentia (?). “A Igreja precisa ser pobre... e deveria ser vista como pobre”, suas palavras eram ouvidas, com silente cinismo pelos gerentes profissionais do dinheiro, ocupados com os negócios do Vaticano.
O que havia levado Paulo VI a comentar era que por algum tempo agora, as despesas do Vaticano tinham sido maiores do que os ganhos. Também que a “Moeda de Pedro” havia afundado para uns meros 3 milhões anuais. Estritamente falando, o papa estava certo. Até o ponto em que este se referia exclusivamente ao orçamento da administração do Vaticano e não à vasta entrada anual da Igreja.
A queixa sobre o déficit do Vaticano, desde então, tornou-se uma espécie de uma cortina fumaça ritual. Ela ajudou a Igreja a projetar uma imagem de existência parcimoniosa, a qual estava totalmente desligada ao estado fatual de seus negócios financeiros.
A operação é sempre bem sucedida com o público confundido pelas diversas fases de uma organização que age sob o véu das convulsões financeiras, equívocos religiosos-diplomáticos e eufemismos departamentais.
Cada vez que o Vaticano declara Ter sofrido um déficit, a declaração é aceita em seu valor externo, de modo que é vista como um estado pobre, o qual tendo mais entrada do que saídas é levado ao colapso por falta de fundos. Esse é um movimento que sempre tem atraído a simpatia mundial e uma chuva de dinheiro para competir, algumas vezes, do lado de fora, mas muito miais freqüentemente dentro do próprio Vaticano, visto como o dinheiro, longe de ser escasso, está chovendo dos cofres da própria Igreja que ele representa.
Paulo VI certamente não foi o primeiro a pedir ajuda financeira. Seu antecessor, o popular João XXIII, deu o exemplo, estabelecendo o Concílio Vaticano II, por ele convocado nos anos 60.
O Concílio deu um lucro de cerca de 4 bilhões de dólares. A princípio João XXIII declinou de pagá-lo sob a alegação de que o Vaticano estava sem verba. Então pressionou duramente, através dos mais árduos fatos da vida, vendendo aos Estados Unidos 4 milhões em bônus de ouro.
Contudo o custo total do Concílio foi bem mais alto, mais ou menos 20 milhões de dólares, com uma ajuda adicional de 10 milhões para os “extras”.
Novamente o Vaticano se lamentou em alta voz que não tinha dinheiro para pagar. Apelou aos fiéis, os quais aumentaram generosamente a sua Moeda de Pedro e ofertas “especiais”. Então, pressionado por credores mal encarados, ele tirou dinheiro da própria Igreja.
Vinte anos mais tarde, João Paulo II fez o mesmo jogo da “falta de fundos”. Em novembro de 1979, ele convocou todo o Colégio de Cardeais a Roma – o primeiro desse tipo em 400 anos – a fim de discutir o lamentável estado do déficit do Vaticano, o qual montava em oito milhões de libras esterlinas.
Após o encontro, o Cardeal Carpio, líder financeiro do Vaticano, anunciou ao mundo incrédulo que “a Igreja estava reduzida à penúria”. Os cardeais reunidos ficaram pasmos: “Vimos as contas” falou um deles, “mas não descobrimos se a Igreja está blefando ou está às margens de bancarrota” (1).
O “déficit” havia triplicado entre 1982-1983. Em 1984 teria dobrado, conforme foi dito. Então foi predito que ele triplicaria em 1984-85.
De fato, um oficial foi tão longe ao ponto de declarar que o Vaticano iria à bancarrota dentro de cinco anos.
Tendo de encarar um futuro tão nebuloso, João Paulo II convocou o Sacro Colégio dos Cardeais pela Segunda vez (novembro de 82) para estudar a situação. O verdadeiro motivo, contudo, era mais sério. Tratava-se do escândalo financeiro do IOR, isto é, o Banco do Vaticano, no qual ele estivera profundamente envolvido em fraude, atingindo centenas de milhões de dólares, conforme veremos agora. No final ele disse simplesmente, que a Igreja teria de e era obrigado a viver somente sob os auspícios da caridade dos bons católicos.
O absurdo de toda essa coisa é que, nesse mesmo tempo em que seus cardeais haviam levantado mais de 85 milhões de dólares, somente numa diocese, a de Colônia, para enviar à América Latina. E a que poucos anos antes o Vaticano havia perdido 40 a 80 milhões de dólares em operações financeiras. E muito mais absurdo é que o Vaticano era, como sempre, uma das mais ricas entidades no mundo.
A verdade do assunto, sem dúvida, foi que João Paulo II, como o Papa Paulo VI, e seus antecessores, alegava pobreza, sabendo muito bem que eram representantes legais da imensa riqueza, investida em dinheiro vivo, bônus, ações, imóveis e holdings da Igreja Católica.
Mas, voltando à queixa de Paulo VI. Numa avaliação por baixo, nos anos 70, a entrada total da Igreja, conforme uma autorizada assessoria de um correspondente financeiro americano do investidor intelectual, uma revista altamente considerada pelos gerentes financeiros (2) era mais do que substancial.
A impossibilidade de conseguir os algarismos exatos foi devido principalmente ao fato de que o homem que deveria tê-lo sabido, o Cardeal Vagnozzi, líder da Prefeitura do Vaticano para Assuntos Econômicos, por toda a sua cooperação, evitou respostas diretas a perguntas diretas.
Contudo, após quatro laboriosas entrevistas, a revista concluiu que a entrada, até o ponto em que fosse possível ver do que o cardeal tinha revelado, era cerca de 140 milhões de dólares.
Quando foi apontado que o assessamento geral da riqueza total do Vaticano era cerca de 5 bilhões, o cardeal protestou, taxando esse total de “absolutamente selvagens”. Quando pressionado, contudo, que admitiu que sim, 500 milhões estavam mais próximos da verdade.
Tanto assim para Paulo VI lamentando que o Vaticano naquele ano havia sofrido perdas de quase 11 bilhões, quando de fato, seus estoques, holdings, ações e ramificações financeiras e multiplicação de dividendos na Itália e exterior, estava florescendo mais do que nunca.
Testemunha também foi o fato de que nesse exato período, ele já havia vendido, conforme foi visto no capítulo anterior, 2/3 dos seus 15% de interesse na Imobiliária, a Cia que construiu o famoso caso Watergate em Washington. Isto, em adição a Ter estoques na General Motors, General Eletric, Shell, Bethlem Steel, Gulf Oil, IBM e outras poderosas corporações financeiras no gênero.
Seguindo suas bem publicadas alegações de pobreza e informações ambíguas, do Cardeal Vagnozzi, Paulo VI começou a dar os primeiros passos discretos no sentido de reorganizar a estrutura financeira da Igreja. O objetivo principal da operação: o sonante reinvestimento dos fundos do Vaticano, e acima de tudo, a transferência maciça de todos os seus recursos visíveis e invisíveis para o exterior.
Para esse efeito, ele escreveu três peritos financeiros: o Cardeal Vagnozzi, ex Delegado Apostólico em Washington e um aberto admirador da maneira americana de fazer as coisas – especialmente em assuntos financeiros – e que jamais poderia dar bastante elogio à hierarquia americana para o modo com

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