quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Ignorância ou Indiferença?

Elwood McQuaid

Melhor não seguir esses caminhos

O professor entrou na sala de aula sentindo-se um pouco angustiado por mais um relato deprimente sobre como os americanos não estavam enfrentando como deveriam os fatos da vida econômica, política, social e educacional.
A impressão que ele tinha da situação poderia ser resumida em duas palavras: ignorância e indiferença. Então, ele desafiou seus alunos, perguntando-lhes o que achavam que poderia ser feito para melhorar aquelas condições. Um deles respondeu rapidamente: “Não sei e não quero saber”.
A história, logicamente, é apócrifa. Há mais ou menos uma década ela era contada como piada a americanos que não tolerariam ser acusados de ignorância ou de indiferença. Infelizmente, aquilo foi naquela época; e isto é agora. E, embora eu pudesse citar uma porção de ilustrações, vou me restringir a apenas algumas poucas que terão conseqüências potencialmente devastadoras para todos nós, a menos que sejamos chacoalhados de volta ao mundo real com seus problemas reais.
Em setembro de 2010, um vídeo foi contrabandeado do Paquistão. Ele documentava o apedrejamento público até à morte de uma mulher muçulmana pelos membros do Taliban. O crime dela foi caminhar junto com um homem que, presumivelmente, não era seu marido. Sua morte foi excruciantemente prolongada, uma vez que, um a um, seus executores administravam-lhe a “justiça” sob a lei islâmica (sharia), a qual interpretam como sacrossanta à sua religião. Esta é a mesma mentalidade que justifica o assassinato de cristãos convertidos do islamismo [...] e que realiza “assassinatos pela honra” no Ocidente, bem como nos países muçulmanos.
A periódica chacina de cristãos na Nigéria e em outras nações africanas passa quase que despercebida, fazendo-nos imaginar: por que tais atrocidades estão sendo ignoradas?
A periódica chacina de cristãos na Nigéria e em outras nações africanas passa quase que despercebida, fazendo-nos imaginar: por que tais atrocidades estão sendo ignoradas? Para piorar as coisas, a lei dasharia, que defende tal brutalidade, está sendo promovida em países não-muçulmanos como uma alternativa legal aceitável ou como suplementar para imigrantes muçulmanos.

Desventurada ignorância

Parece que a fórmula “a ignorância é legal” está sendo utilizada como um mecanismo de escape conveniente pelas pessoas que desejam evitar os fatos desagradáveis da vida. Na realidade, entretanto, a ignorância nunca é uma solução. Ela apenas adia os tratamentos do problema até que as horríveis conseqüências assumam o comando das coisas e tornem o desastre iminente. Alegar ignorância nunca é uma saída. Se você precisa de uma ilustração prática, tente falar a um policial que ele não deveria multá-lo por dirigir em alta velocidade porque você ignorava o limite de velocidade.
Biblicamente, os avisos são claros e sérios. Abordando a questão daqueles que sofrem e dos que são perseguidos, Provérbios 24 diz:
Livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma?” (vv.11-12).
Quantas vezes as pessoas precisam ver o óbvio antes que dêem uma tépida resposta que seja? Ignorância calculada e autoimposta parece estar na moda, tanto dentro quanto fora da comunidade cristã.

Indiferença imobilizadora

A apatia inerente à impotência moral e mental autoinduzida tem um lado ainda mais sério: Conhecer os fatos – consentir com a legitimidade da questão – e depois escolher ignorá-los é ainda mais pernicioso. Mesmo assim, testemunhamos essa atitude repetidas vezes em alguns círculos cristãos evangélicos, especialmente na mistificadora recusa de ensinar o conselho completo de Deus como nos foi dado em Sua Palavra. É surpreendente que alguns dos nossos líderes digam, com efeito: “Embora creiamos nos aspectos proféticos da revelação das Escrituras, evitamos ensinar sobre os eventos do fim e buscamos uma abordagem mais adequada e relacionada com a vida”.
Parece que a fórmula “a ignorância é legal” está sendo utilizada como um mecanismo de escape pelas pessoas que desejam evitar os fatos desagradáveis da vida.
Dado o fato de que o mundo está caindo aos pedaços ao nosso redor e que a única fonte confiável da verdade relativamente ao que está acontecendo, onde estamos indo, e à nossa esperança para o futuro está na Palavra de Deus, a indiferença à verdade da profecia é uma ofensa espiritualmente condenável. Não temos o direito de extirpar importantes partes da revelação divina porque preferimos algo mais otimista e mais palatável. Este é um dos erros mais egrégios da Teologia da Substituição: Ela suprime porções indispensáveis das Escrituras ao declarar que Israel está nacionalmente morto, em favor de uma fórmula sobreposta que declara que a Igreja é o Israel espiritual.
Os americanos estão agora se perguntando sobriamente se existe um futuro para [seu] país ou se ele se transformará em algo repressivo e irreconhecível. Sem o mapa da Bíblia para o futuro, existe um vazio. Com a Bíblia, esse vazio é preenchido pelas promessas de Deus que vão se desenrolando visivelmente. Ser indiferente em comunicar tais verdades imutáveis não é uma opção.

O âmago da questão

O que coloca o cristianismo em separado, como uma fé de esperança sem precedentes, pela qual os cristãos, há mais de 2.000 anos, têm estado dispostos a dar a sua vida? E, por que seus inimigos tentam incansavelmente exterminar o povo que não lhes faz nenhum mal? Uma resposta é que a nossa fé é incomparável. Nenhuma quantidade de inveja ou de animosidade pode destruir nem diminuir seu apelo e atração às almas, cujo coração está faminto e cansado do mundo. Além disso, nenhuma ameaça de pena de morte, ou nenhum esquadrão de ataque é necessário para manter os crentes em Jesus dentro do aprisco.
Considere o ministério de Jesus à mulher que foi pega em adultério, relatado em João 8. Os zelosos fariseus e escribas condenaram-na e exigiram que ela fosse apedrejada. Mas Jesus os dispersou, dizendo que, se houvesse um dentre eles que fosse completamente limpo de pecados, este poderia atirar-lhe a primeira pedra.
Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (vv.9-11).
Não houve naquele dia um círculo de carrascos furiosos apedrejando a pobre mulher até à morte. Diante de Jesus, ela encontrou graça e misericórdia, com uma admoestação para ser pura.
Quando nos lembramos da ressurreição de nosso Senhor, deveríamos também nos recordar que foi Maria Madalena, a mulher que anteriormente estivera possessa de demônios, e que fora liberta de um passado de má reputação, que primeiro se encontrou com o Salvador ressurreto do lado de fora do sepulcro aberto. Sim, existe mesmo uma diferença entre o cristianismo e todas as outras crenças. E não podemos ser ignorantes ou estar indiferentes a essa diferença, porque é uma diferença que transforma vidas.(Elwood McQuaid – Israel My Glory)
Elwood McQuaid é consultor editorial de The Friends of Israel.

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