Versículo do dia: O seu fruto é doce ao meu paladar. (Cântico dos Cânticos 2.3)
Nas Escrituras, a fé é referida como uma virtude que envolve todos os sensos. É visão: “Olhai para mim e sede salvos” (Isaías 45.22). É ouvir: “Ouvi, e a vossa alma viverá” (Isaías 55.3). É olfato: “Todas as tuas vestes recendem a mirra, aloés e cássia” (Salmos 45.8); “Suave é o aroma dos teus unguentos, como unguento derramado é o teu nome” (Cântico dos Cânticos 1.3). É um toque espiritual. Por esta fé a mulher veio por trás e tocou a orla da veste de Cristo, e por esta fé apalpamos a boa palavra da vida. A fé, igualmente, é o paladar do espírito: “Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca” (Salmos 119.103). Jesus disse: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos” (João 6.53). Este saborear é a fé em uma de suas mais sublimes operações. Ouvir é uma das primeiras realizações da fé. Ouvimos a voz de Deus não somente com o ouvido físico, mas também com o ouvido espiritual. Nós a ouvimos como a Palavra de Deus, crendo que ela é realmente a Palavra de Deus. Este é o ouvir da fé. Em seguida, nossa mente considera a verdade que nos foi apresentada; isto significa que entendemos a verdade ouvida, percebemos o seu significado. Isto é o ver da fé. Depois, descobrimos a preciosidade dela; nós a admiramos e percebemos quão agradável é a sua fragrância. Isto é o cheirar da fé. Então, nos apropriamos das misericórdias preparadas para nós em Cristo. Isto é a fé em seu tocar. Em consequência, seguem as alegrias – paz, deleite e comunhão – é a fé em seu paladar. Qualquer um destes atos de fé é salvador. Escutar, na alma, a voz de Cristo como a própria voz de Deus nos salvará. O que nos proporciona verdadeira alegria é o aspecto da fé segundo o qual Cristo é recebido por nós e tornado o alimento de nossa alma, por entendimento interno e espiritual de sua doçura e preciosidade. Quando estamos no exercício deste aspecto da fé, assentamo-nos com grande deleite à sombra de Cristo e descobrimos que o seu fruto é doce ao nosso paladar.
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