Versículo do Dia: “Jesus não respondeu nem uma palavra.” (Mateus 27.14)
O Senhor Jesus nunca se demorou a falar quando podia abençoar os filhos dos homens, mas Ele não dizia nenhuma palavra de Si mesmo. Nunca um homem falou como o Senhor Jesus (ver João 7.46), e jamais esteve em silêncio como Ele o fez. Este silêncio especial era um sinal do perfeito sacrifício do Senhor Jesus? Demonstrava que Ele nada proferiria quando permanecesse no altar de sacrifício da sua Pessoa sagrada, que Ele havia dedicado como oferta por nós? O Senhor Jesus se havia entregue tão completamente, que não interferiria em favor de Si mesmo, nem ainda no menor grau, mas seria amarrado e morto como uma vítima silenciosa e resignada? Nada podia ser dito que justificasse a culpa dos homens. Portanto, o Senhor Jesus suportaria todo o peso da culpa, permanecendo em silêncio diante do seu juiz. O silêncio não é a melhor resposta para um mundo contradizente? A paciência tranquila responde qualquer pergunta de modo infinitamente mais convincente do que toda eloquência sofisticada. Para a cristandade, nos primeiros dias, os melhores apologistas eram os mártires.
O Cordeiro de Deus em silêncio não nos proporciona um grande exemplo de sabedoria? Onde cada palavra é ocasião para uma nova blasfêmia, é necessário evitar o combustível que possa acender a chama do pecado. O ambíguo e o falso, o indigno e o desprezível logo se arruinarão; o verdadeiro pode estar quieto e encontrar no silêncio, sabedoria. É evidente que nosso Senhor, por meio de seu silêncio, nos deu um exemplo notável de cumprimento da profecia. Uma ampla defesa de Si mesmo teria sido contrária às profecias de Isaías: “Foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Isaías 53.7). Por meio do seu silêncio, o Senhor Jesus provou que Ele mesmo era o Cordeiro de Deus. É nesta qualidade que O saudamos nesta manhã. Fica conosco, Senhor Jesus; no silêncio de nosso coração, permite-nos ouvir a voz de teu amor.
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