‘Época’ deturpa palavra do Pr. Silas para ridicularizá-lo
- Por Marcos Melo -
De acordo com o pastor Silas Malafaia, uma reportagem feita pelo jornalista Humberto Maia Junior, da revista “Época”, estaria tendenciosamente distorcendo suas palavras a fim de ridicularizá-lo.
Malafaia revela que concedeu entrevista na tarde desta quinta-feira, via telefone, ao jornalista de “Época”, abordando as questões das construções de mega templos evangélicos e a “baixaria gay para tentar incriminá-lo”, manipulando vídeo.
O pastor relata que utilizou a expressão “funicar“ se referindo ao líder do movimento ABGLT com o significado de “ferrar”, “derrotar” e “incriminar”, mas que a pronúncia foi mal interpretada propositalmente pelo repórter, que inseriu a expressão “fornicar“, fazendo gancho para deboches e ironias, já que esta prática é claramente abominada pela Bíblia.
“Disse para ele que eu ia funicar Toni Reis – que é uma gíria que significa derrotar, ferrar e incriminar – porque meus advogados não são de porta de xadrez, e que eu iria incriminá-lo, que é um direito de cidadania, e estava fazendo isto pelo fato do líder do movimento ABGLT me denunciar ao Ministério Público, a fim de me processar por homofobia, não restando outra saída para me defender a não ser entrando com uma ação na justiça contra ele”, disse Malafaia.
“O jornalista de ‘Época’, Humberto Maia Junior, deturpa a minha palavra, substituindo funicarpor fornicar, que segundo o dicionário, significa ter relações sexuais extraconjugais, pecado da luxúria e pecado da carne, palavra tantas vezes utilizada na Bíblia para apontar o ato pecaminoso da fornicação”, ressaltou o pastor.
“Ele (o jornalista) não é inocente porque utiliza a expressão deturpada como título da matéria: ‘Silas Malafaia diz que vai fornicar Toni Reis, líder da causa gay’, e a maldade fica mais explícita porque ele liga para o tal líder a fim de o mesmo debochar e me ridicularizar, como consta no último parágrafo da reportagem”, destacou Silas.
O pastor pede aos internautas do Verdade Gospel para que leiam a reportagem de “Época” e deixe seu comentário questionando a “molecagem” do repórter.
Malafaia declara que “o nível de escolaridade de um jornalista não permite a ele fingir que não sabe a diferença entre sentido de palavras”, e ironiza o sentido da palavra alterado pelo repórter: “Eu sou tão bobinho de dizer que vou fazer algo com um gay que eu prego contra, não apenas o ato em relação aos gays, como qualquer ato sexual fora do casamento? É um absurdo e uma molecagem sem tamanho”, finalizou Silas.
Jornalista exibe prova contra si
Após publicação desta matéria e reação do pastor Silas Malafaia em seu Twitter, o jornalista de “Época”, tentando se justificar, acaba se condenando como réu confesso, pois o próprio áudio com a gravação da entrevista, publicado por ele na reportagem do site da revista, em nenhum minuto o pastor Silas utiliza a palavra fornicação, comprovando a maldade e manipulação, pois um jornalismo ético não coloca palavra que o entrevistado não cita.
“Ele não pode supor que o entendimento da palavra funicar signifique fornicar, se ele mesmo confessa ter pesquisado em quatro dicionários e não ter achado a palavra funicar. E não vai achar em dicionário algum, pois é uma gíria, um linguajar popular e não formal”, declarou Silas.
“Mais uma vez fica comprovado a maldade do jornalista para me ridicularizar diante da opinião pública e servir de chacota e deboche para o movimento gay, tentando justificar o injustificável. Que vergonha!”, desabafou o pastor.
LEIA NA ÍNTEGRA A RESPOSTA DO PASTOR SILAS MALAFIA À REPORTAGEM EQUIVOCADA DE ÉPOCA
Sempre tive o maior respeito e consideração pela lisura das reportagens da revista Época, tanto é que, em agosto deste ano, dei uma entrevista ao jornalista Elizeu Junior que rendeu três páginas na publicação, com o título: Governante vai ter de dizer em que acredita. O repórter colocou minhas respostas na íntegra e respeitou inclusive o meu estilo de falar, como por exemplo: “Nego só botava coisa ruim sobre os evangélicos”. Neste contexto, a palavra nego é uma gíria. Outro exemplo: “é o mais famoso dos gays, e não tem voto, não tem porcaria nenhuma”. A palavra porcaria, nesse trecho da reportagem, também pode ser considerada uma gíria. A matéria recebeu vários elogios, e foi uma das mais comentadas no site da revista Época.
No último dia 10 de outubro, concedi novamente entrevista a essa publicação semanal. Desta vez, ao jornalista Humberto Maia. Entretanto, fiquei chocado e terrivelmente indignado com a deturpação de uma gíria que usei na minha fala. Mencionei que eu ia “funicar” Tony Reis pelo mau-caratismo ao manipular um vídeo, retirando 40 segundos de uma mensagem minha de 17 minutos e colocando minha fala fora do contexto. E esse mesmo vídeo foi usado por ele para me denunciar ao Ministério Público Federal, a fim de acusar-me de homofóbico e retirar o meu programa de TV do ar.
A maneira que tenho de me defender, porque sou cidadão brasileiro e tenho meus direitos, é entrar com uma ação na justiça e incriminá-lo acerca desta baixaria. Foi com esse sentido que usei a palavra “FUNICAR”, uma gíria que significa “ferrar”, “arrebentar”. Já “FORNICAR” é uma palavra definida no dicionário como relação sexual extraconjugal, palavra esta repetidas vezes usada no Novo Testamento. Se eu como heterossexual não fornico com outra mulher porque é pecado, imagine, com um homossexual. Seria a maior piada de mau gosto do ano. O jornalista, ao tentar justificar-se, coloca a gravação da minha entrevista como nota de redação na reportagem publicada, onde todos podem constatar que não utilizo a palavra fornicar, mas sim, funicar.
Ao conversar com o jornalista que fez a matéria, lembrei a ele que, quando não se conhece uma palavra, a imprensa tem a obrigação de colocar entre aspas, mesmo que a palavra seja errada ou não exista, e que, em hipótese alguma, pode colocar algo que o entrevistado não falou. O repórter apresentou suas desculpas e me pediu para que eu escrevesse a minha defesa. Muitos não concordam com o meu jeito de falar porque uso gírias, o que é um direito deles discordarem de mim, assim como também tenho o direito de usar as gírias, porque é a maneira pela qual eu me expresso para as pessoas me entenderem. Utilizo este critério até quando eu estou ministrando as minhas pregações.
Espero que a revista Época continue a ser fiel ao que o entrevistado fala, mesmo quando são mencionadas palavras erradas ou gírias. Isto é um jornalismo isento e imparcial. E o Sr. Tony Reis que me aguarde. Vai ter que provar na justiça que sou homofóbico.
Ouça o trecho da gravação da entrevista ao repórter Humberto Maia Junior (publicado pela Revista Época), onde o pastor Silas Malafaia fala claramente a palavra funicar.Clique aqui!
Leia a matéria da revista Época clicando aqui.
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