Embora eu ouça histórias de líderes de igreja ao redor do país quase todo dia, ainda assim fiquei atordoado com o seguinte e-mail de um diácono fiel de uma igreja batista:
“Eu gostaria de ter a oportunidade de conversar com você sobre como pôr em ordem o rol da igreja. Eu comecei a compilar a lista de viúvas do nosso banco de dados de membresia ontem e descobri que, do total de 141 viúvas do nosso banco de dados, 38 faleceram e 4 transferiram sua membresia para outras igrejas (sem contar aquelas que estão classificadas como “Inativas” ou “Membros não-residentes).”
Você pode imaginar como os apresentadores de programas de auditório da madrugada fariam piada disso: “Vocês ouviram falar dos 38 membros mortos da Igreja Batista da Fé Viva? É hora de conversar sobre a necessidade de mudar o nome da igreja!” Isso seria engraçado, se não caracterizasse as igrejas ao redor da nossa nação e de outras.
Maus registros e róis desatualizados complicam a existência de qualquer pastor fiel. Contudo, antes de passar as coisas a limpo, considere tanto por que e como isso deve ser feito.
Por Que as Igrejas Deveriam Pôr em Ordem Seu Rol de Membros?
1) O nome e a honra de Cristo estão em jogo aos olhos do mundo. Pense sobre a preocupação veemente do apóstolo Paulo por aqueles que estavam associados com a igreja de Corinto (1Co 5).
2) A membresia de uma igreja deveria refletir, tanto quanto possível, a membresia no Reino de Cristo. Nós não deveríamos receber nem expulsar membros levianamente. “Remover alguém do rol” deveria ser tratado com o maior cuidado, mesmo quando o próprio membro age descuidadamente.
3) Pastores, presbíteros e líderes haverão de “prestar contas” a Deus pelo seu rebanho um dia (Hb 13.17). Deus censurou os pastores de Israel por sua repetida infidelidade (p. ex. Ez 34).
4) As congregações também prestarão contas a Deus pelo modo como recebem membros. Considere como Paulo lida com a questão em 1Coríntios 5!
5) Cristãos menos maduros estão em risco de ficarem confusos a respeito da importância da igreja no crescimento da vida cristã e podem ser conduzidos, eles mesmos, à complacência.
6) O membro que se mudou para outro lugar deveria ser encorajado a se unir a uma igreja na cidade do seu novo lar e a se fazer conhecido aos crentes de lá. Se ele não o faz, sua antiga igreja deveria encorajá-lo a isso por carta ou telefone. Se ele permanece inerte, a igreja deveria informá-lo de que irá remover seu nome na próxima reunião de membros, assim enviando a mensagem de que ela não pode mais prestar contas pela vida dele.
Como as Igrejas Deveriam Pôr em Ordem Seu Rol de Membros?
Se tentar resolver todos os casos problemáticos de membresia de uma vez, você acabará se queimando. Mas é difícil prever quando. Seus membros ficarão felizes em remover aqueles que não frequentam a congregação? Membros que se mudaram? Mortos? Pastor, seja sábio e apenas faça o que o seu povo pode tolerar. Seja paciente e ensine até que eles estejam prontos a agirem.
Então por onde você começa? Imagine vários círculos concêntricos (como um alvo de jogo de dardos) onde o centro (a “mosca”) representa a membresia significativa. Os anéis exteriores representam a membresia inexpressiva e, esperançosamente, eles são mais fáceis de pôr em ordem. À medida que você move dos anéis exteriores em direção à mosca, o seu rol de membros deveria consistir cada vez mais de crentes professos que estão ativamente envolvidos em sua igreja. Vamos começar do círculo de fora e mover para o centro:
1) Membros que estão mortos. (Na minha igreja nós encontramos 10!) Este é o anel mais exterior e deveria ser o mais fácil de pôr em ordem. Na próxima reunião administrativa da igreja, apresente esses nomes à congregação com uma proposta para removê-los da membresia na próxima reunião. Não peça à congregação para removê-los imediatamente, mas dê-lhe tempo para pensar acerca da proposta.
2) Membros que você não consegue encontrar. Provavelmente este é o segundo grupo mais fácil de remover. Duas mulheres em nossa igreja caçaram setenta membros, por seis meses, em vão! Esses nomes foram apresentados à congregação, para que as auxiliasse. Quando todos os esforços se esgotaram, uma proposta foi apresentada à congregação para removê-los.
3) Membros ausentes e desinteressados. Nossa igreja tinha dúzias de membros que foram encontrados, mas que não queriam nada conosco. Nós encontramos uma mulher na Alemanha que havia se tornado uma unitária e ficou chateada por a havermos contatado.
4) Membros fora da localidade. Estas são pessoas que não podem frequentar a igreja regularmente devido à distância, e qualquer acompanhamento significativo é praticamente impossível. Sem dúvidas, você encontrará pessoas que possuem um entendimento errado da membresia neste grupo: “Eu sou membro dessa igreja desde que cantava no Coral Infantil, em 1959″ ou “Eu tomei a decisão naquela igreja em 1970 e prometi à minha mãe que permaneceria um membro fiel”. A despeito do apego emocional à sua igreja, é preciso ensinar a esse grupo um entendimento correto da membresia da igreja. Lembre-se, pastor, de que você prestará contas desses indivíduos. Não seja pego com nomes em seu rol de pessoas com quem você jamais se encontrou. Faça uma proposta para remover esses indivíduos “por falta de frequência” na próxima reunião administrativa.
5) Membros da localidade, mas que não frequentam. Certamente, nós chegamos a um dos círculos mais árduos. Essas pessoas desejam permanecer na membresia e podem frequentar; mas elas querem pouco compromisso com a igreja. Este círculo é frequentemente difícil por causa dos relacionamentos que esses indivíduos mantêm com membros frequentes. Talvez seja um filho crescido ou um antigo amigo do coral. Novamente, é preciso ensinar, e a movimentação deve ser lenta.
Essas primeiras cinco categorias são os alvos maiores e mais óbvios. Há outras categorias tais como “frequentam, mas não querem assinar a declaração de fé” ou “na localidade, mas não podem frequentar”. A idade avançada ou uma enfermidade pode impedir um membro de frequentar; ele não deve ser excluído, ao contrário, é preciso cuidar especialmente dele! Do mesmo modo, nós encorajamos especial tolerância para com membros de idade avançada que se mudaram da localidade para casas de repouso. Por quê? Eles muitas vezes cresceram com um entendimento diferente acerca da membresia da igreja e é improvável que mudem. Por causa do amor, considere permitir que eles sejam mantidos no rol.
Novamente, por causa do amor ao seu povo, não ponha em ordem o rol com mais ligeireza do que sua congregação pode suportar. Para alguns, pode levar anos para passar de um anel para o outro. Igrejas, com muita frequência, são divididas por causa de atitudes pastorais descuidadas, quando a meta deveria ser a unidade. Lembre-se: cada ficha no seu rol é mais do que um nome; é uma alma.
Extraído do site www.9marks.org. Copyright © 2013 9Marks. Usado com Permissão. Original: Cleaning Up the RollsTradução: Vinícius Silva Pimentel – Ministério Fiel © Todos os direitos reservados. Website:www.MinisterioFiel.com.br / www.VoltemosAoEvangelho.com. Original: Pondo em Ordem o Rol (Matt Schmucker)Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
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