sexta-feira, 4 de abril de 2014

Igreja Batista faz cultos debaixo de viaduto na Cidade de Deus

Igreja Batista faz cultos debaixo de viaduto na Cidade de DeusFoto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
A Igreja Batista Alfa e Ômega tem realizado cultos embaixo do viaduto da Linha Amarela, na Cidade de Deus. Cadeiras, aparelhos de som e um púlpito improvisado sobre um latão têm servido pare reunir cerca de 50 pessoas nas quintas-feiras.
O pastor Leandro Campos disse ao jornal O Dia que a igreja foi para debaixo do viaduto depois que o aluguel do templo, aberto em 2007, ficou mais caro.
“Estamos há 14 anos na comunidade e, desde 2007, funcionamos como igreja. Usávamos um galpão, mas com o fim do contrato, o proprietário aumentou o aluguel, de forma que não pudemos pagar, já que a chegada da UPP valorizou os imóveis”, disse.
As reuniões no viaduto são autorizadas pela Administração Regional, da prefeitura, espaço onde antes usuários de drogas se reuniam para consumir entorpecentes. “Conseguimos trazer alguns deles para a igreja, mas muitos sumiram”, afirma Leandro.
Aos domingos a quantidade de fiéis sobe para 300 pessoas, segundo a pastora Cláudia Cristina dos Santos, que afirma que 90% dos membros são jovens que buscam na fé força para melhorar de vida.
A Igreja Batista não é a primeira igreja no Rio de Janeiro a reunir seus fiéis embaixo de um viaduto. O pastor Leandro diz que já ouviu falar de outra denominação que usa um espaço parecido em Bangu. “Mas nunca vi”, disse.
Os fiéis não se importam com o desconforto de estar sob o viaduto tendo que se concentrar para não deixar o barulho dos carros atrapalhar o entendimento da palavra que está sendo ministrada.
“Importa de verdade a questão espiritual. Vir aqui me faz bem, mas é claro que é desconfortável. Mas a mensagem é o mais importante. E a mensagem passada aqui é de alegria e esperança”, disse o comerciário Gérson Moraes, de 28 anos.
É por causa da mensagem de esperança que a aposentada Aurília Maria Benícia, 62, participa dos cultos da Igreja Batista Alfa e Ômega. “Venho aqui para acalmar meu coração, que anda muito aflito. Deus levou meu filho e tenho certeza que, em breve, vai me levar para junto dele”, disse.
Aurília morava na Cidade de Deus, mas se mudou para Santa Cruz. Para chegar até a igreja ela viaja cerca de 60 km. “Essa igreja é uma bênção para mim”, afirma.

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