O Plano Nacional de Educação (PNE2014) vem sendo discutido pelos parlamentares em Brasília e, quando sua versão final for aprovada, ditará as normas a serem seguidas pelos educadores de todo o país pelos próximos dez anos.
A psicóloga Marisa Lobo, colunista deste portal, escreveu uma carta aberta ao pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) com duras críticas ao texto atual do projeto, e pedindo que o tema seja melhor discutido na Câmara dos Deputados.
Segundo Marisa, o PNE2014 “tem em seu texto claro preconceito, e até mesmo perseguição e intolerância ideológica, àqueles que professam uma religião contrária às suas diretrizes”.
Em seu relato, a psicóloga afirma ter recebido “centenas de mensagens e e-mails de professores e educadores preocupados com o conteúdo do Plano Nacional de Educação que, entre seus itens tão necessários para a construção de uma educação mais eficiente e justa, esconde privilégios, perseguição e cerceamento de direitos a profissionais por sua confissão de fé e valores; além de uma clara tentativa de desconstrução da família tradicional, atribuindo a ela rótulos de preconceito”.
Para Marisa Lobo, o PNE2014 “deixa valores familiares totalmente fora de suas discussões”. A psicóloga ressalta no texto o que ela entende ser um difusor do preconceito: “Na questão religiosa, por exemplo, o incentivo é apenas para a pesquisa orientada à investigação da privação da liberdade e diversidade religiosa. Não haverá incentivo à pesquisa relacionando a religião com a possibilidade de desenvolvimento social, à ressocialização e os laços de família, entre outros tantos nesse sentido”, critica.
“Os valores e os anseios da maioria da população não estão presentes, como deveriam, no documento referência elaborado pelo Fórum Nacional de Educação (FNE)”, diz Marisa.
A questão do incentivo ao estudo no PNE2014 traz, de acordo com o texto de Marisa Lobo, um difusor de privilégios a homossexuais através da oferta de bolsas a pessoas que se relacionem com outras do mesmo sexo. O documento em discussão prevê a oferta de bolsas de mestrado e doutorado para homossexuais.
“Todo cidadão deve ter bolsa de estudos quando este não tem condições de pagar por eles, independente de sua orientação sexual. Este texto mostra claramente a superproteção ao homossexual e vitimiza a homossexualidade, reforçando o preconceito, e não o extinguindo. Vejo isso como um privilégio que outros cidadãos não terão”, afirma Lobo, que complementa: “O teor do texto deixa claro que foi redigido por pessoas que não são imparciais, mas que se posicionam claramente contra a família tradicional. É preconceituoso, pois coloca a figura da família tradicional sendo entendida como um reforço ao preconceito”.
Lobo resume dizendo que “como educadora e militante pelas causas da família, não vejo com bons olhos este Plano Nacional de Educação (PNE2014), e sim como uma forma de reorientar a sociedade”, alerta.
Confira a íntegra da “Carta aberta ao deputado pastor Marco Feliciano sobre os perigos do PNE 2014” neste link.
Por Tiago Chagas
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