sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011


Vários Motivos para não ser Católico
INTRODUÇÃO

“Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada, proibindo o casamento, e ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade.” (1 Tm 4.1-3)

    A palavra - “católico”, vem do grego katholikos, que quer dizer “universal”. No nome catolicismo romano já observamos uma contradição. Lorraine Boetner, em seu livro “Catolicismo Romano”, cita o Dr. John Gerstner que escreveu: “...rigorosamente falando, católica romana é uma contradição de termos. Católico significa universal; romano significa particular”.
    Quero, neste estudo, analisar as principais doutrinas católicas com as Escrituras e mostrar a total incompatibilidade que existe entre a fé dos evangélicos e a fé dos católicos. O profeta Amós perguntou: “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Am 3.3) Não estou pregando a intolerância religiosa, o respeito pelo próximo é uma marca cristã, o direito a escolha religiosa é um direito inegociável. Refiro-me a tentativa ecumênica de unir evangélicos e católicos numa só igreja. Um artigo na Internet divulgou que “João Paulo II vem manifestando interesse em aproximar-se de judeus e evangélicos”. A proposta ecumênica dos católicos é de mão única. Estes estão interessados que os evangélicos, por exemplo, aceitem o Papa como cabeça da igreja e muito mais. A meta do ecumenismo é a união de todas as igrejas em uma só Igreja Mundial. É impossível aceitar essa proposta sem abrir mão daquilo que é básico em nossa fé. Sabemos, pelas Escrituras, que o Anticristo virá sobre as asas do ecumenismo se colocando como líder religioso mundial dizendo ser o Cristo.

PEQUENO HISTÓRICO
    A igreja católica, que conhecemos hoje , é o resultado de alterações feitas a partir da igreja primitiva. Segundo Aurrélio, “...o catolicismo romano  é a religião que reconhece o Papa como autoridade máxima, que se expande por meio de sacramentos, que venera a virgem Maria e os santos, que aceita os dogmas como verdades incontestáveis e fundamentais e que tem como ato litúrgico mais importante a missa”. O que essa igreja tem em comum com a igreja primitiva? Nada!
    Durante os primeiros séculos cristãos ocorreram muitas perseguições, isto cooperou para que a igreja se mantivesse fiel as Escrituras. Este período é chamado de era patrística, ou era dos pais da igreja. Halley fala de Policarpo (69-156 d.C.), discípulo de apóstolo João que foi queimado vivo por se recusar a amaldiçoar a Cristo. Policarpo falou: “oitenta e seis anos faz que sirvo a Cristo e Ele só me tem feito bem, como podia eu, agora, amaldiçoá-lo, sendo Ele meu Senhor e Salvador?”
    A corrupção no cristianismo começou já em meados do século III, onde houve o primeiro rompimento sério dos cristãos, por causa da introdução dos batismos de crianças. O rompimento foi chamado de “desfraternização”. No século IV, Constantino ascendeu ao posto de Imperador. Este apoiou o cristianismo e seu sucessor Teodósio (378/95) transformou o cristianismo em religião oficial do Império Romano. Assim sendo, muitos ímpios se tornaram cristãos por motivos políticos e escusos. Constantino convocou em 325 d.C. o Concílio de Nicéia onde começou a surgir o catolicismo romano influenciado por doutrinas pagãs, embora ainda houvesse muita pureza na maioria dos cristãos. Como pôde haver essa junção entre o cristianismo e Roma? Roma que sempre foi centro de idolatria em que seus imperadores eram considerados deuses. Alcides Peres conta que em 326 d.C., um ano depois do Concílio, Constantino vai a Roma para celebrar o vigésimo ano de seu reinado. Por intriga palaciana, manda prender seu filho Crispo, que é logo julgado, condenado e morto pelo próprio pai... Foi esse homem que deu origem a esta junção do catolicismo com o romanismo.
    Muitas doutrinas estranhas continuaram a penetrar no catolicismo romano. Fazendo que cada vez mais a igreja católica se distanciasse de sua origem. Citarei alguns exemplos dando datas aproximadas.
 
1.  A oração pelos mortos começou a ser aceita por volta de 300 d.C.
2.  O começo da exaltação a Maria onde o termo “mãe de Deus” surgiu pela primeira vez em 431 d.C.
3.  A doutrina do purgatório em 593 d.C. A adoração da cruz, imagens e relíquias em 786 d.C.
4.  A canonização dos santos mortos em 995 d.C. O celibato do sacerdócio em 1079 d.C. E assim em diante... Até o descalabro da suposta assunção de Maria em 1950.
    No século XVI ocorreu a tão conhecida reforma protestante que é sempre lembrada no dia 31 de outubro por ser a data que Lutero em 1517 d.C. colocou suas 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg.  Essas teses combatiam principalmente a compra de indulgências. Segundo Earle E. Cairns: “A indulgência era um documento que se adquiria por uma importância em dinheiro e que livrava aquele que a comprasse da pena do pecado.” O pecador deveria arrependendo-se, confessar o seu pecado ao sacerdote, e ainda pagar uma certa quantia para assim obter o perdão, tratando desta forma o sacrifício na cruz como nada. Lutero combateu isto com veemência baseando-se em Romanos 1:17, ensinando que só a fé em Cristo justifica. Com a reforma a Bíblia foi traduzida para a língua do povo. Antes a Bíblia era negada ao povo sob a desculpa que só o sacerdote podia interpretá-la corretamente. A supremacia da Bíblia em todas as questões de fé e prática foi enfatizada (sola scriptura) assim combatendo a idéia que a tradição e as interpretações dos clérigos teriam o mesmo valor que as Escrituras.
    Lorraine Boettiner escreveu: “O protestantismo como surgiu no século dezesseis não foi o começo de alguma coisa nova, mas o retorno ao cristianismo bíblico e à simplicidade da igreja apostólica da qual a igreja católica se afastou há muito tempo.”

 A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS
    Para começo de conversa é bom falarmos sobre a autoridade da Bíblia segundo o catolicismo. Segundo o catolicismo existem três grandes autoridades para o ensino: a tradição da igreja, o magistério e as Escrituras Sagradas. Para eles a Bíblia sozinha não é suficiente. Raimundo F. de Oliveira cita o Padre Benhard que em 1929 escreveu: “A Bíblia não é a única fonte de fé, como Lutero ensinou no séc. XVI, porque sem a interpretação de um apostolado divino e infalível, separado da Bíblia, jamais poderemos saber, com certeza, quais são os livros que constituem as Escrituras inspiradas, ou se as cópias que hoje possuímos concordam com os originais. A Bíblia em si mesma, não é mais do que letra morta, esperando por um intérprete divino... Certo número de verdades reveladas têm chegado a nós, somente por meio da tradição divina.”
“Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro.” (Ap. 22.18 e 19)
    Conforme temos visto, para o catolicismo romano, a Bíblia não é a única regra de fé. A revelação, segundo eles, está apoiada no seguinte tripé: as escrituras, a tradição da Igreja e o magistério. Ainda tiram da Bíblia o valor de ser a autoridade final. Observe a declaração do catecismo de 1994: “O ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida (tradição) foi confiado unicamente ao magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo, isto é, aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma”.Ou seja, para os católicos, a interpretação dos magistrados é superior as Escrituras Sagradas. Paulo nos advertiu: “Mas ainda a que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já tenho anunciado, seja anátema.” (Gl 1.8). E em Rm 3.4 está escrito “...sempre seja Deus verdadeiro e todo o homem mentiroso.” E ainda em I Cor. 4:6: “...Ora, irmãos, estas coisas eu as apliquei figuradamente a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito...”
    Além desse tripé errôneo, existe o fato da Igreja Católica possuir livros apócrifos em sua Bíblia. A palavra “apócrifo” vem do grego apokrupha que significa “coisas ocultas”. Porém com o decorrer do tempo foi adquirindo o significado de “espúrio” e “não-puro”. Os livros apócrifos estão inseridos no Velho Testamento fazendo que o Velho Testamento deles tenham 46 livros enquanto o nosso têm 39 livros. Os apócrifos são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos de Daniel. Foi no Concílio de Trento em 15 de abril de 1546, em sua quarta sessão que a Igreja Católica declarou estes livros sagrados. Na tradução Católica “A Bíblia de Jerusalém” – Ed. Paulinas, na página 11 é mostrado e confirmado a lista de apócrifos. Na Bíblia Católica das Edições Ave Maria” encontra o seguinte: “... Alguns escritos recentes lhe foram acrescentados (Os Apócrifos no Velho Testamento) sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. São os seguintes livros: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos de Daniel. A Igreja Cristã (Católica Romana) admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros”. (Pág.15 – parênteses do autor).
    Quero dar quatro razões para não aceitarmos esses livros como inspirados por Deus.
1ª) Esses livros não estão no cânon hebraico. A palavra “cânon” significa literalmente “cana” ou “vara de medir”. Esta palavra, com o tempo, passou a classificar os livros que são considerados genuínos e inspirados por Deus. Sendo assim os hebreus consideram os livros apócrifos como não inspirados por Deus.
2ª) Não há no Novo Testamento nenhuma citação desses livros. Jesus e os apóstolos não citaram uma vez sequer um trecho incluído nesses livros. Assim mostrando que não eram considerados genuínos por Cristo ou pelos apóstolos.
3ª) Doutrinas contrárias às escrituras são baseadas nesses livros, tais como: a intercessão pelos mortos, a intercessão dos santos, a salvação pelas obras, etc.
4ª) Os católicos não foram unânimes quanto à inspiração divina nesses livros. No Concílio de Trento houve luta corporal quando este assunto foi tratado. Lorraine Boetner (in Catolicismo Romano) cita o seguinte: “O papa Gregório, o grande, declarou que primeiro Macabeus, um livro apócrifo, não é canônico. O cardeal Ximenes, em sua Bíblia poliglota, exatamente antes do Concílio de Trento, exclui os apócrifos e sua obra foi aprovada pelo papa Leão X. Será que estes papas se enganaram? Se eles estavam certos, a decisão do Concílio de Trento estava errada. Se eles estavam errados, onde fica a infalibilidade do papa como mestre da doutrina?”
SALVAÇÃO
    Como o Catolicismo Romano vê a salvação? Adolfo Robleto (in: O Catolicismo Romano) destaca: “Na Igreja Católica, no entanto, o tema da salvação não ocupa um lugar proeminente. Os esforços se encaminham para o sentido de que o povo católico, não falte à igreja e faça obras de caridade.” Segundo o catolicismo a salvação é adquirida de três formas básicas: 1ª) graça de Deus, 2ª) fé e obras e 3ª) a igreja e seus sacramentos.

1ª) Graça de Deus – A palavra graça significa favor imerecido e gratuito. É algo concedido por Deus de forma gratuita sem qualquer mérito humano. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie.” (Ef 2.8 e 9). Por sua vez, a Igreja Católica não vê a graça como um favor gratuito e imerecido. O fiel para receber a graça de Deus precisa ser ligado a Igreja Católica e participar dos sacramentos, sendo só desta forma que Ele pode receber a graça de Deus. Caso não receba a graça, o fiel não poderá ser salvo. Mas as Escrituras deixam bem claro que sendo a salvação pela graça, não pode ser ao mesmo tempo pelas obras. “E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.” (Rm 11.6).

2ª) Fé e obras – Segundo o catolicismo a fé em Cristo não é suficiente para se adquirir a salvação. É necessário também realizar caridades, esmolas e participar dos sacramentos. No Concílio de Trento (1546-1563) saiu o seguinte decreto: “Se alguém disser que a fé é justificadora não é nada mais que confiança na misericórdia divina que cancela o pecado em nome de Cristo somente; ou que esta confiança sozinha basta para sermos justificados, que seja anátema.” O catolicismo chama de maldito aquele que crê que a fé em Cristo sozinha é suficiente para justificá-lo diante de Deus. Mas nas Escrituras está escrito: “Sendo, pois justificados pela fé, tenhamos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo.”(Rm.5:1) Cristo pouco antes de morrer na cruz disse: “...está tudo consumado”. Mostrando assim que o homem não precisaria fazer mais nada para adquirir a salvação. Pois Ele “veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10).
    A salvação não pode ser comprada pelas obras humanas. “Ou quem lhe deu primeiro a Ele, para que seja recompensado?” (Rm 11.35). Quem crê na salvação pela fé em obras está dizendo que Cristo morreu em vão (Gl 2.21).
   
3ª) A igreja e seus sacramentos – No catecismo de 1994 está escrito: “Toda salvação vem de Cristo–cabeça, através da igreja, a qual é o seu corpo; apoiado na Sagrada Escritura e na tradição (o Concílio) ensina que esta igreja, agora peregrina na terra, é necessária  a salvação... Por isso não podem salvar-se, aqueles que, sabendo que a igreja católica foi fundada por Deus através de Jesus Cristo, como instituição necessária, apesar disso não quiserem entrar nela ou perseverar.”
    Nas Escrituras não há nenhuma indicação que alguém deve entrar numa igreja para obter salvação. A salvação só é por meio de Cristo (At 4.12; Jo 3.36; Jo 5.24; Jo 20.31; At 10.43; I Ts 5.9 etc.). Depois de salvo o cristão deve se ligar a uma igreja realmente cristã para ter comunhão com seus irmãos em Cristo (Hb 10.25, I Jo 1.5-7 e I Jo 4.20 e 21).
    A palavra sacramento vem do latim sacramentum que antigamente tinha dois significados básicos:
1.º) Algo que era separado para um propósito sagrado.

2.º) Era um juramento que o soldado fazia ao Imperador de Roma ao ingressar no exército. No século V, Agostinho começou a elaborar as doutrinas dos sacramentos, que ele definiu como “a forma visível de uma graça invisível” (signum visible de gratia invisible). Só no ano de 1439, no Concílio de Florença, foi que os sete sacramentos foram oficializados pelo catolicismo. Sendo os sete sacramentos: batismo, crisma ou confirmação, penitência, eucaristia ou missa, matrimônio, unção de enfermos ou extrema-unção e santas ordens. Segundo o catecismo de 1994, “a Igreja afirma que para os crentes os sacramentos da nova aliança são necessários à salvação.” Os sete sacramentos são nada menos que uma séria de boas obras que os católicos crêem que precisam fazer para alcançar a salvação. Mas em Rm 3.20 está escrito: “Por isso nenhuma carne será justificada diante Dele pelas obras...”
    Ao criar esta doutrina o catolicismo forma uma espécie de salvação sacerdotal, pois os sacramentos só podem ser ministrados pelos “sacerdotes” católicos. Transformando os sacerdotes católicos em mediadores entre Deus e os homens. O que é uma tremenda heresia: “Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.”(I Tm. 2:5) Analisaremos brevemente cada sacramento.

O BATISMO
    Os católicos crêem que o batismo é necessário a salvação, que sem o batismo a pessoa está condenada ao inferno. No concílio de Trento foi decretado: “As crianças se não forem regeneradas para Deus através da graça do batismo, quer seus pais sejam cristãos ou infiéis, nascem para miséria e perdição eternas.” Quão terrível é esta doutrina! Já nós, evangélicos, cremos que estando a criança na fase da inocência vindo falecer esta irá para o céu. “Por que dos tais é o reino dos céus.” (Mt 19.14). O batismo é para quem crê. Enquanto a criança não tiver como decidir sobre a sua fé em Cristo, esta não pode ser batizada. A afirmação que o batismo salva é totalmente equivocada. O batismo é para os salvos e só a ausência de fé em Cristo é que condena. “Quem crer e for batizado será salvo, quem não crê será condenado.”(Mc 16.16)

CRISMA OU CONFIRMAÇÃO

    Segundo eles, é um ato de aprofundamento em Cristo para todos aqueles que já foram batizados. No catecismo de 1994 está escrito: “a confirmação aperfeiçoa a graça batismal; é o sacramento que dá o Espírito Santo para enraizar-nos mais profundamente na filiação divina; incorporar-nos mais firmemente a Cristo, tornar mais sólida a nossa vinculação com a Igreja...” Preste atenção! Segundo eles, este sacramento concede o Espírito Santo. Por isto no crisma o bispo impõe suas mãos sobre a cabeça da pessoa com o propósito de transmitir o Espírito Santo. Não existem nenhum ritual, nas Escrituras, que aprofunde alguém espiritualmente. A filiação divina não é aprofundada por um ritual mas é conseguida plenamente no momento em que se crê em Cristo. É o que está escrito em João 1.12: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome.” E é neste momento que recebemos o Espírito Santo. “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres e todos temos bebidos de um Espírito.”

PENITÊNCIA

    Segundo o catolicismo é a maneira de remover a penalidade dos pecados cometidos depois do batismo e crisma. O padre depois de ouvir a confissão dos pecados recomenda aos fiéis penitências como: orações, ofertas, ajuda ao próximo ou algum tipo de privação. No catecismo de 1994 está escrito: “A absolvição tira o pecado, mas não remedia todas as desordens que ele causou. Liberto do pecado, o pecador deve ainda recobrar a plena saúde espiritual. Deve, portanto, fazer alguma coisa mais para reparar seus pecados; deve satisfazer de modo apropriado ou expiar seus pecados. Esta satisfação chama-se também penitência.” Esta doutrina é uma verdadeira aberração. O sacrifício de cristo é único e suficiente (Hb 10.12).
 
EUCARISTIA OU MISSA
    Lorraine Boetner cita o catecismo de Nova York que diz o seguinte:
“Jesus Cristo nos deu o sacrifício na cruz da missa para que a sua Igreja tenha um sacrifício visível que prolongue o Seu sacrifício na cruz até o fim dos tempos. A missa é o mesmo sacrifício que o sacrifício da cruz. A santa comunhão é participar do corpo e do sangue de Jesus Cristo sob a aparência de pão e vinho”.
    Vemos que para os católicos a eucaristia ou missa é onde Cristo volta a ser crucificado para que os benefícios da cruz se apliquem continuamente aos seus participantes. Na epístola aos Hebreus capítulo 9 vemos Jesus sendo comparado aos sacerdotes no templo. Porém o autor mostra que Cristo é superior aos sacerdotes, sendo Ele o Sumo Sacerdote perfeito que ofereceu-se uma vez. Observe:
“Nem também para si mesmo oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio. Doutra maneira, necessário lhe fora padecer desde a fundação do mundo; mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos...” (Hb 9.25-28).
    No versículo 12 afirma que entrou “uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.”  A redenção é eterna então não há necessidade de rituais para que a redenção continue.
    Ensina a teologia católica à transubstanciação (alteração de substância) durante a eucaristia. Após a consagração dos elementos, pão e vinho, e a recita feita pelo padre das palavras de Cristo, “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue”, o pão se transforma na carne de Cristo e o vinho no sangue de Cristo. Esquecem os católicos que Jesus Cristo, em pessoa, institui a ceia do Senhor e pronunciou as palavras: “isto é o meu corpo e o meu sangue.” Se a transubstanciação fosse verdadeira, Cristo teria comido a sua própria carne e bebido do seu próprio sangue. Isso seria impossível, pois Cristo estava em pessoa celebrando a ceia e seria um absurdo comer o próprio corpo e beber do próprio sangue. Cristo foi bem claro “fazei isto em memória de mim”. Se é “em memória” é forçoso admitir que Cristo não estava presente nos elementos: pão e vinho. (Lc 22.19 e 20).
    Paulo ao instruir sobre a ceia do Senhor chamou o pão de pão e vinho de vinho. Note bem: “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha” (I Co 11.26). E ainda, em algumas passagens da Bíblia vemos a ceia do Senhor sendo chamada de “o partir do pão” e não o partir do corpo (At 2. 46). Os católicos costumam usar como base bíblica para a eucaristia, as seguintes palavras de Cristo: “Porque a minha carne verdadeiramente é comida e o meu sangue verdadeiramente é bebida” (Jo 6.55). É claro que Cristo falou estas palavras no sentido figurado, ou será, que Cristo pregou o canibalismo. Mas os católicos, ainda insistem, pois Cristo falou “verdadeiramente”.  Como Cristo também falou: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o lavrador.” (Jo 15.1) Cristo é uma planta? Não. Fica evidente que Ele usou o sentido figurado como usou em Jo 6.55. O capítulo 6 de João é o registro da multiplicação de pães. A multidão começou a seguir a Jesus por causa do pão terreno. Mas Cristo queria lhes oferecer o pão espiritual: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede” (Jo 6.35). É claro que Jesus falou no sentido espiritual como também falou em Jo 6.55.
    Os católicos ainda crêem que ao participar da eucaristia os fiéis têm a purificação dos pecados presentes, preservação dos pecados futuros e ainda ajudam os mortos. No catecismo de 1994 está escrito: “O sacrifício eucarístico é também oferecido pelos fiéis defuntos que morreram em Cristo e não estão ainda plenamente purificados, para que possam entrar na luz e na paz de Cristo.” As Escrituras são claras ao dizer que todos os pecados são removidos através do sangue de Cristo (veja I Jo 1.7 e Ap 1.5.)

MATRIMÔNIO
    Sem dúvida alguma Deus institui o casamento, sendo este a primeira instituição divina, quando uniu Adão e Eva (Gn 2.23 e 24). Uma coisa é considerar o casamento uma instituição divina. Outra coisa, totalmente diferente, é considerar o casamento como sacramento (meio de graça). Os católicos crêem que quando seus “sacerdotes” realizam seus casamentos, a graça de Deus vem através dos mesmos.
    Com este tipo de pensamento, os católicos só consideram os casamentos realizados pelos seus sacerdotes. O erro de considerar o casamento como um sacramento se deu por um erro de tradução da Vulgata (versão latina das Escrituras, traduzida por Jerônimo) que traduziu Efésios 5.32 como “Este é um grande sacramento” enquanto a tradução correta é “Este é um grande mistério”. Sabemos que a Igreja Católica costuma cobrar uma taxa para realizar casamentos.

UNÇÃO DOS ENFERMOS OU EXTREMA UNÇÃO
    Segundo o catolicismo, é um meio de conferir graças aos enfermos, anciãos e moribundos, ajudando assim no perdão dos pecados. Normalmente é ministrado pelo “sacerdote” a pessoa que está à beira da morte. O “sacerdote” unge os olhos, nariz, mãos e pés enquanto recita uma “oração especial” em latim. Este ritual visa diminuir a quantidade de pecados da pessoa devendo o restante ser “pago” pelos parentes através das missas.
    Em nenhum lugar das Escrituras vemos a recomendação para a realização desse ritual. O sangue de Cristo é suficiente para perdoar os pecados e não precisa de “óleo sagrado” para aperfeiçoar este. Na Bíblia, existe a recomendação de orar pelo enfermo com o uso do óleo (sendo o óleo apenas um símbolo do Espírito Santo), mas não para o perdão dos pecados, e sim, para cura do corpo. (Tg 5.14-16)

SANTAS ORDENS
    Segundo o catolicismo é ato de conferir graça especial e poder espiritual aos padres, bispos, arcebispos, cardeais e papas. Fazendo destes sacerdotes, portanto, representantes de Cristo na terra. A idéia do sacerdócio é do Antigo testamento, onde os sacerdotes basicamente exerciam três funções:

1.ª) Ofereciam sacrifícios no santuário diante de Deus em benefício do povo.

2.ª) Ensinavam a lei de Deus.

3.ª) Buscavam a vontade de Deus.

    O sacerdócio era uma sombra ou tipo daquele que haveria de vir – Cristo. Com a vinda de Cristo não há necessidade nenhuma de sacerdotes. Em Hb 9.11 e 12 está escrito: “Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito de mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue dos bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”.  E em Hb 9.24 está escrito: “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos de homens, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer por nós perante a face de Deus.”
    O sacerdote era uma espécie de mediador dos homens diante de Deus. Hoje temos um único mediador: “Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (I Tm 2.5). Hoje cada crente pode ir a Deus através de Cristo. “Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e o que bate, se abre.” (Mt 7. 7 e 8). E Cada crente é um sacerdote (Ap.1:6). Diante dessas irrevogáveis verdades bíblicas, pasmem com que está escrito no Concílio de Trento:
“O sacerdote é o homem de Deus, o  ministro de Deus... Aquele que despreza o sacerdote despreza Deus; aquele que o ouve, ouve a Deus. O sacerdote perdoa pecados como Deus, e aquilo que ele chama de seu corpo no altar é adorado como Deus por ele mesmo e pela congregação... Está claro que a sua função é tal que não se pode conceber nenhuma maior. Portanto, eles não são simplesmente chamados de anjos, mas também de Deus, mantendo como fazer o poder e autoridade do Deus imortal em nós.”
    Pura blasfêmia! Ainda leia o que está escrito num livro romano citado por Lorraine Boettner:
“Sem o sacerdote, a morte e a paixão de nosso Senhor não teria nenhum valor para nós. Veja o poder do sacerdote! Através de uma palavra dos seus lábios ele transforma um pedaço de pão em Deus! Um fato maior que a criação do mundo. Se eu me encontrasse com um sacerdote e um anjo, eu saudaria o sacerdote antes de saudar o anjo. O sacerdote ocupa o lugar de Deus.” - Pura blasfêmia!

PURGATÓRIO
 
    A doutrina do purgatório teve o seu início no Concílio de Florença (1439). Lá foi estabelecida a diferença entre o pecado cometido e a tendência inata para o pecado. Chegando-se a conclusão que o perdão (conseguido através da confissão ao sacerdote e a participação dos sacramentos) acaba com o pecado, mas não acaba com a má tendência. Há, portanto, a necessidade do purgatório, um lugar intermediário entre o céu e a terra, onde os fiéis que ainda tenham alguma dívida e a má tendência para o pecado, irão sofrer no fogo do purgatório, até a purificação completa.
 
    O autor John M. Haffert (livro: Saturday in Purgatory) escreveu: “Não há menor dúvida que os sofrimentos do purgatório em alguns casos duram através de séculos inteiros.” Sobre o sofrimento do purgatório, o manual da sociedade do purgatório registra: “Segundo os santos padres da igreja, o fogo do purgatório não difere do fogo do inferno, exceto quanto à sua duração. É o mesmo fogo, diz S. Tomás de Aquino, que atormenta os réprobos no inferno e o justo no purgatório. A dor mais amena no purgatório, ele diz, ultrapassa os maiores sofrimentos desta vida. Nada além da duração eterna torna o fogo do inferno mais terrível do que o purgatório.” Segundo os católicos as orações e esmolas dos vivos e o “sacrifício da missa” ajudam a diminuir o tormento do purgatório. Como será que os católicos encaram a morte? Se eles pensam que depois da morte vão encarar o purgatório.
 
    Os teólogos tentam basear a doutrina do purgatório nos livros de Macabeus e em algumas passagens das Escrituras. Sabemos que Macabeus é um livro apócrifo e espúrio. Quanto às passagens das Escrituras, os católicos usam o fato de existir um pecado imperdoável (blasfêmia contra o Espírito Santo) e a passagem de I Co 3.15. Quando Cristo chama a blasfêmia contra o Espírito Santo de pecado imperdoável, não faz referência nenhuma ao purgatório, que segundo os católicos seria, o lugar onde este pecado seria perdoado. Pelo contrário, Jesus disse: “Não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro” (Mt 12.32) e “nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo.” (Mc 3.29). Quanto à passagem de Coríntios, Paulo trata da questão dos galardões e não da salvação. Tanto que mesmo que as obras se queimem “o tal será salvo, todavia como pelo fogo.”
 
    Quero destacar três argumentos bíblicos que liquidam a doutrina do purgatório:

1.º) A suficiência do sacrifício de Cristo.
 

    Não há como crer na suficiência do sacrifício de Cristo e na doutrina do purgatório ao mesmo tempo. Só pode se crer em um e descartar o outro. Cristo falou: “Porque o filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10). Ele veio salvar, não se tem nenhuma necessidade do purgatório para aperfeiçoar a salvação que Cristo trouxe. Paulo escreveu: “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” (I Tm 1.15). Cristo na cruz disse: “Está tudo consumado”, mostrando assim que cumpriu a sua missão.
 

2.º) Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo (Rm 8.1 e Jo 3.18).
 

3.º) É na presente vida que a salvação ou a condenação é definida (Hb 9.27).
    Observamos que o catolicismo não fica satisfeito com nada. Não crê que o sacrifício de Cristo foi o suficiente para a nossa salvação, nem fica satisfeito com a sua própria mirabolante doutrina dos sacramentos. Para
eles há necessidade do purgatório, enquanto a Bíblia é bem mais simples afirmando que Cristo satisfez a justiça divina (Rm 3.21-26), não havendo necessidade de mais nada.

O PAPADO
    Os primeiros aspectos que quero analisar sobre o papado são os títulos que estes carregam e as reivindicações que fazem para si. A palavra “papa” vem do latim papa que significa “pai”. Cristo foi bem claro que ninguém poderia ser chamado de pai espiritual a não ser Deus: “E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso mestre, que é o Cristo.” (Mt 23.9 e 10).
    O papa também é chamado de “doutor supremo de todos os fiéis”, o que vai contra o que Cristo ordenou, citado logo acima. São muitos títulos equivocados e arrogantes que o papa carrega em seus ombros. Estarei comentando mais alguns, tais como: “vigário de Cristo”, “sumo-pontífice” e “santo padre”.
    A palavra “vigário” quer dizer “substituto”. O papa é chamado de “vigário de Cristo”, ou seja, “substituto de Cristo”. Cristo afirmou claramente que o seu substituto na terra seria a pessoa do Espírito Santo (Jo 14.16-18, Jo 15.26 e Jo 16.7 e 13). O título “pontífice”, que quer dizer literalmente “construtor de pontes”, não veio da Bíblia, mas do romanismo, onde o imperador declarava-se o elo de ligação a Deus. O papa é chamado de sumo-pontífice, ou seja, o máximo elo de ligação a Deus. É uma blasfêmia e arrogância um homem se colocar nesta posição. Só Cristo é a ponte para Deus (Jo 14.6 e I Tm 2.5) e o cabeça da Igreja (Ef 1.22 e 23 e Cl 1.18). O título “santo padre” quer dizer “santo pai”, ou obviamente “pai santo”. Sem dúvida alguma este título só deve ser dado a Deus (Ap 15.4). Pois Deus não divide a Sua glória com ninguém (Is 42.8). Para resumir as pretensões papais, quero citar o catecismo de New York citado por Lorraine Boettner:
“O papa assume o lugar de Jesus Cristo sobre a terra... Por direito divino o papa tem poder supremo e total na fé e na moral sobre cada e todo pastor e seu rebanho. Ele é o verdadeiro vigário de Cristo, o cabeça de toda a igreja, o pai e o mestre de todos os cristãos. Ele é o governador infalível, o instituidor dos dogmas, o autor e o juiz dos concílios; o soberano universal da verdade, o árbitro do mundo, o supremo juiz do céu e da terra, o juiz de todos, sendo julgado apenas por um, o próprio Deus na terra.”
    No apogeu do papado, foi “consagrado” ao papado o monge Hildebrando que exerceu o papado no período de 1073 a 1075 como título de Gregório VII. Assim que assumiu, Gregório VII publicou as suas máximas que ficaram sendo conhecidas como “máximas de Hildebrando”. Segundo o autor Abraão de Almeida (in: Lições da História) essas máximas são consideradas a essência do papado. Este mesmo autor cita as máximas das quais transcrevi algumas:  
Nenhuma pessoa pode viver debaixo do mesmo teto com outra excomungada pelo papa.
É o papa a única pessoa cujos pés devem ser beijados por príncipes e soberanos.
A sua decisão não pode ser contestada por ninguém e que somente ele pode revisar.
A Igreja Romana nunca errou nem jamais errará, como as Escrituras testifica (Leia Obadias nos versículos 3 e 4).
 

 PEDRO COMO PRIMEIRO PAPA
    Vimos os títulos equivocados e arrogantes que o papa carrega sobre si. Agora veremos que a própria existência do papado é uma deturpação das Escrituras. É impossível abordar este assunto sem falar a respeito do trecho bíblico em que os católicos se baseiam para firmar a doutrina do papado: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt. 16.13-20). Os católicos pegam esta afirmação de Cristo para afirmar que Pedro é a pedra ou rocha em que Cristo fundamentou a sua igreja, sendo assim o primeiro papa da igreja. Quando Cristo falou “...esta pedra...” não estava se referindo a Pedro, mas sim à anterior declaração de Pedro a respeito de Jesus – “Tu és o Cristo, O Filho do Deus vivo”.  Cristo é a pedra fundamental da igreja. Paulo afirmou: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já esta posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co 3.11). No grego, a palavra Pedro é petros, do gênero masculino, enquanto pedra ou rocha é petra, do gênero feminino. O que Cristo disse: “Tu és Petros (masculino), e sobre esta petra (feminino) eu edificarei a minha igreja.”
    Mostra-se assim que Cristo não estava falando de Pedro como a pedra ou rocha, mas sim a respeito da declaração de Pedro – “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Se Pedro fosse a rocha, Cristo teria dito: “sobre ti edificarei a minha igreja”, mas não disse. É interessante observar que na narrativa de Marcos a frase de Cristo: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”, é omitida (Mc 8.27-30). Marcos por muito tempo foi companheiro de Pedro e no seu evangelho há uma profunda influência do mesmo. Pedro chamava Marcos de filho (I Pe 5.13). Pedro em nenhum momento disse de si mesmo como a rocha ou pedra da igreja. Pelo contrário, sempre mostrou a Cristo como a pedra: “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posto como cabeça de esquina” (At 4.11). Veja também I Pe 2.4-8.
    Há também a afirmação católica que Pedro teria recebido as chaves do céu. É outra deturpação das Escrituras, baseada em Mateus 16.19: “Eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” Não podemos entender a declaração de Cristo como se esta fosse somente dirigida a Pedro, mas esta é dirigida a toda igreja. Veja Mateus 18.15 a 18. Fica então patente aos nossos olhos que o ligar e desligar não refere-se apenas a um homem, mas à toda igreja, que têm a Cristo como cabeça , “...o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre” (Ap 3.7). O que seria abrir e fechar ou ligar e desligar que Cristo fala que a igreja realizaria com respeito às pessoas?  O que se segue: quando a igreja prega o evangelho, abre o reino; quando deixa de pregar, o fecha. Isto fica bem claro quando observamos o “ai” de Cristo a respeito dos fariseus. “Mais ai de vós escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.” (Mt 23.13). Porque os fariseus fechavam o reino? Por não divulgarem corretamente as Escrituras, o Antigo Testamento, naquela época. Veja: “ai de vós, doutores da lei, que tiraste a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam.” (Lc 11.52). Assim observamos que quando a igreja prega o evangelho genuíno esta abre o reino dos céus, quando não,  fecha o reino.
    Ao analisarmos o trecho bíblico de Mt 16.13-20, devemos partir para a análise da afirmação católica que Pedro foi o primeiro papa. Se ele realmente foi o primeiro papa, o foi de maneira totalmente diferente dos padrões papais. Há um abismo enorme entre Pedro e os seus pretensos sucessores. A verdade é que Pedro não foi o primeiro papa e a ordenação de um dirigente humano universal para a igreja está totalmente contrária às Escrituras.
    Jorge Buarque Lyra (in: Catolicismo Romano) argumentou muito bem: “Poderia, acaso, de alguma forma, um homem ser fundamento de uma obra divina? Se pudesse (admitindo-se o absurdo), tal obra deixaria de ser divina.”
    Vejamos as seguintes características de Pedro:

1.ª) Pedro não era celibatário. Tanto que teve sogra curada por Cristo (Mc 1.29-31). O papa é celibatário, sendo o celibato uma imposição a todo o clero. Em I Timóteo está escrito: “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios; ...proibindo o casamento.”
 
2.ª) Pedro era pobre. “E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro...” (At 3.6). O papa está cercado de riquezas.


3.ª) Pedro nunca esteve em Roma. Não é interessante observar que o chefe da igreja de Roma nunca esteve em Roma? Os católicos lançam mão de fontes extrabíblicas para afirmar que Pedro esteve em Roma. E mesmo que Pedro tenha estado em Roma ele não fundou ali a Igreja.

4.ª) Pedro nunca consentiu que ninguém se ajoelhasse a seus pés. “E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.” (At 10.25 e 26). O papa constantemente recebe este tipo de reverência e adoração.

5.ª) Pedro não era infalível. “E, chegando Pedro a Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartando deles, temendo os que eram da circuncisão.” (Gl 2.11 e 12). O papa é considerado infalível. A infalibilidade papal foi definida e aceita oficialmente em 1870 no Concílio do Vaticano I. A Igreja Católica demorou 1870 anos para considerar o papa infalível. É importante observar que não foi Deus que decidiu, mas foram homens pecadores reunidos que chegaram a conclusão que o papa era infalível. Na Bíblia está escrito: “porque todos pecaram e destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23) e ainda está escrito que quando dizemos que não temos pecado fazemos a Deus mentiroso. Veja: “Se dissermos que não pecamos fazemo-lo mentiroso, e a Sua palavra não está em nós.” (I Jo 1.10).

6.ª) Pedro não tinha a primazia na igreja. Observe o que Pedro escreveu: “Aos presbíteros, que estão entre vós, que sou também presbítero como eles e testemunha das aflições de Cristo...” (I Pe 5.1). Em At 8.14 está escrito: “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João.” Note bem: não foi Pedro que enviou alguns dos apóstolos, mas foram os apóstolos que lhe enviaram. Onde está a primazia de Pedro? Em At 11.1-18 vemos Pedro justificando-se perante a igreja. Quero destacar principalmente o versículo 2: “E subindo Pedro a Jerusalém, disputavam com ele os que eram da circuncisão.” Enquanto que a igreja Católica afirma que as decisões do papa não podem ser questionadas.

MARIOLATRIA
    Entre os inúmeros pontos de divergências que existem entre Católicos Romanos e Evangélicos, um se destaca: Maria. Os católicos praticam a adoração à Maria, dando um maior destaque à mesma do que a Cristo. Já os evangélicos a consideram como um exemplo de vida cristã e humildade. Paulo deixou a advertência: “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.” (Rm 1.25) Maria é criatura. Cristo é Criador. “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam povos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado para Ele e por Ele.” (Cl 1.16)
    Veremos, neste estudo que as doutrinas católicas em relação à Maria carecem totalmente de base nas Escrituras. São doutrinas criadas por homens influenciados pelo paganismo. Adolfo Robleto escreveu bem: “Os egípcios tinham sua deusa Ísis; os fenícios, sua Astarte; os caldeus, sua Semíramis; os gregos, sua Ártemis; de maneira que o romanismo escolheu sua deusa feminina, e Maria foi a mais adequada para o caso.”
    A Mariolatria católica está sustentada no seguinte tripé:

1.ª) Imaculada Conceição de Maria,
 
2.ª) Perpétua virgindade de Maria

3.ª) Assunção de Maria.
 
IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA
    Este dogma afirma que Maria nasceu sem pecado, ou seja, ela não herdou a mancha do pecado original, e ainda se manteve sem pecado por toda a sua vida. Atribuem assim à Maria um atributo divino – a impecabilidade. Maria não poderia pecar e nunca pecou, segundo o catolicismo.
    Este dogma só foi aceito oficialmente em 8 de dezembro de 1854, quando o papa Pio IX proferiu o seguinte:

“Declaramos e definimos que a bem-aventurada virgem Maria desde o primeiro momento de sua concepção, foi reservada imaculada de toda mancha do pecado original, por graça singular e privilégio do Deus Onipotente, em virtude dos méritos de Jesus Cristo, o Salvador da humanidade, e que esta doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser firmemente e constantemente crida por todos os fiéis.” Com base neste dogma, a Igreja Católica celebra a festa da Imaculada Conceição.
 
    É interessante observar que nem Maria sabia dessa sua suposta imaculada conceição. No seu cântico diz: “e o meu Espírito se alegra em Deus, meu Salvador.” (Lc 1.47). Só um pecador é que necessita de um Salvador. Ela falou “...Deus meu Salvador”. Quando depois do nascimento de Cristo, Maria levou as duas ofertas que a lei mandava, a oferta queimada e a oferta pelo pecado. (Lc 2.22-24 e Lv 12.6-8). Mas se não tinha pecado, para que levar as ofertas? Nas Escrituras, em nenhum momento, se afirma que Maria não cometeu pecado. Pelo contrário: “Pois todos pecaram e destituídos da glória de Deus.” (Rm 3.23); “Não há um justo, nem sequer um.” (Rm 3.10). Só Cristo é identificado como o único sem pecado. “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós: para que nele fossemos feitos justiça de Deus.” (II Co 5.21).
 
    Os católicos gostam de usar o texto de Gn 3.15: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”, para afirmar que Maria pisou a cabeça da serpente, ou seja, a cabeça do Diabo. Quando a promessa fala que é a semente da mulher (Jesus Cristo) que pisaria a cabeça da serpente. Veja Hb 2.14:  “...para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o Diabo.” E I Jo 3.8:  “...para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” Fica claro que a promessa de Gn 3.15 refere-se a Cristo, e não à Maria. Cristo é o que pisaria a cabeça da serpente.
 

A PERPÉTUA VIRGINDA DE MARIA
 
    O segundo pé de apoio à doutrina católica sobre Maria é a sua perpétua virgindade. Os católicos afirmam que Maria, em toda sua vida, nunca conheceu sexualmente o seu esposo José. Fica evidenciado, nas Escrituras, que até o nascimento de Jesus, Maria foi virgem. Mas afirmar que ficou sempre assim é afirmar o que a Bíblia não afirma.
 
    Em Mt 1.24 e 25 está escrito: “E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher: e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.” Há dois aspectos interessantes nestes versículos: 1º) O “...até...”; mostra que José conheceu sexualmente Maria depois do nascimento de Cristo; e 2º)  Jesus é chamado de primogênito, ou seja, Jesus é chamado de o primeiro filho gerado por Maria, mostrando que Maria gerou outros filhos. Deus chama Jesus de unigênito (Jo 3:16), ou seja, o único filho gerado. Fica claro que Jesus é o único filho gerado por Deus e o primeiro filho entre os filhos de Maria.
 
    Em diversas passagens vemos que Jesus teve irmãos e irmãs. “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.” (Mc 6.3). Veja também Mt 13.54-56. Paulo chegou a afirmar que os irmãos do Senhor eram casados (I Co 9.5). Por sua vez, os católicos crêem que quando se fala em irmãos, na verdade, está se referindo aos primos de Cristo, e que estes são filhos de uma irmã de Maria. Os católicos identificam três dos irmãos de Jesus com três dos discípulos que tinham os mesmos nomes: Tiago, filho de Alfeu; Simão, o Zelote;  e Judas, filho de Tiago (Lc 6.15 e 16). O que é um tremendo equívoco, porque as Escrituras sempre mostram diferenças entre os discípulos e os irmãos do Senhor (Jo 2.12, Mt 12.46 e 47 e At 1.14) e a mais clara diferença está em Jo 7.5: “Porque nem mesmo seus irmãos criam nele.” Isto é um cumprimento da profecia messiânica em Sl 69.8: “Tenho-me tornado como um estranho para com meus irmãos, e um desconhecido para com os filhos de minha mãe.” Como pessoas que eram os discípulos do Senhor não iriam crer no Senhor? Mostra-se assim que estes discípulos não eram irmãos do Senhor.
 
    Nas referências do N. T. sobre os irmãos de Cristo, a palavra grega que sempre é usada é adelfoV, adelphos (irmão), nunca se usou sungeneV, sungenes (parente) ou anhyioV, anepsiós (primos), pala                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                bstinência sexual entre o casal durasse pouco tempo, em I Co 7.5: “Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.”
 

A ASSUNÇÃO DE MARIA
 
    A teologia católica é uma verdadeira colcha de retalhos, um remendo leva a outro. Como consideram que Maria foi concebida sem pecado, e ainda que viveu sem pecar, chegaram a mirabolante conclusão que seu corpo na morte não experimentou a decomposição e nem permaneceu na sepultura. “Um abismo chama outro abismo.” Enquanto a profecia a respeito de Cristo diz: “Nem permitiras que o teu santo veja corrupção” (Sl 16.11) com referências em At 2.27-32 e At 13.33-37, fala a respeito do santo não ver a corrupção e nunca a uma santa não ver a corrupção.
 
    Os católicos crêem que:
 
“No terceiro dia depois da morte de Maria, quando os apóstolos se reuniram ao redor de sua sepultura, eles a encontraram vazia. O sagrado corpo fora levado para o paraíso celestial. O próprio Jesus veio para levá-la até lá, toda a corte dos céus veio para receber com hinos de triunfo a mãe do divino Senhor. Que coro de exultação! Ouçam como eles cantam: Levantai-vos as vossas portas, ó príncipes, ó portas eternas para que a Rainha da Glória possa entrar.” (descrição da tradição católica citada por Lorraine Boettner).
 
    É de deixar pasmo o fato da Igreja Católica criar um dogma sem nenhuma base nas Escrituras. Nenhum dos apóstolos citam essa criação fraudulenta. Depois de At 1.14 há um profundo silêncio nas Escrituras a respeito de Maria, não se fala na morte e muito menos na assunção de Maria. Como pode  criar-se um dogma sem base nas Escrituras? Um dogma que só foi elaborado em 1º de novembro de 1950 pelo mariólatra Papa Pio XII. As Escrituras deixam claro que a glorificação dos santos só acontecerá depois da volta de Cristo e não fala que Maria seria uma exceção. Veja I Co 15.20-23:
 
“Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo na sua vinda.”
 
    Os católicos ainda crêem que ao chegar aos céus Maria foi coroada “Rainha dos céus”. Este título nunca foi dado à Maria nas Escrituras. Pelo contrário, a Bíblia condena este título, que tinha sido dado a uma falsa deusa. “Os filhos apanham a lenha, e os pais ascendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira.” (Jr 7.18) Veja também Jr 44.17-23. Observamos que esse título mariano foi tirado de uma prática pagã totalmente condenada pela Bíblia.



"RESPOSTAS A UM CATÓLICO SOBRE IMAGENS"

 
Prezado amigo anônimo católico!

Eu achei algo interessante em sua frase: "Não aponte as faltas alheias nem mesmo com o dedo limpo".
De duas; uma:  você está admitindo com esta frase que realmente existem "erros" nas doutrinas católicas que neste caso são apontadas por nós como heréticas, ou está apenas usando uma frase que nem ao menos sabe seu real significado. 
Logo abaixo farei apenas um breve comentário sobre suas considerações, mesmo porque não carecem de aprofundamento, sendo que suas perguntas não apresenta nada de novo na área de debates deste gênero (apologético). 
Obs: Minhas respostas estarão em vermelho logo abaixo.  
 
Que Deus ilumine sua vida...
 Seu site é superficial, sem conteúdo evangelizador, com muitas interpretações tendenciosas...
 "Não aponte as faltas alheias nem mesmo com o dedo limpo"
O cavalo de batalha dos Protestantes  é acusar os católicos de adorar imagens. Muitas vezes conseguem confundir os mais simples dizendo que Deus proibiu fazer imagens, etc. 
Não se trata de "cavalo de batalha" mas tão somente de esclarecer ao povo católico que na maioria das vezes, andam privados de ler as escrituras, que a doutrina das imagens nada mais é do que uma desobediência ao mandamento bíblico. Precisamos alertar que tais pessoas estão incorrendo no pecado de idolatria, sendo que na maioria das vezes por falta de instrução bíblica não sabem distinguir entre ídolo e imagem. Caindo assim neste grave pecado condenado veementemente pela Palavra de Deus.
Vamos demonstrar aqui que Deus não proibiu fazer imagens, mas aliás mandou fazer.
Esclarecimento:
Imagem: é a representação de um ser em seu aspecto físico. Assim imagem é uma fotografia, uma estátua, um quadro, etc.     Ídolo: é um falso deus, inventado pela fantasia humana (sol, lua, animais, etc.).     Adorar: é o ato de considerar Deus como o único criador e senhor do mundo.     Idolatria: é o ato de adorar o falso deus, ou seja, é considerar o falso deus como criador e senhor do universo.
Suas explicações estão parcialmente corretas, vejamos:
Imagem:
 
1.  Representação gráfica, plástica ou fotográfica de pessoa ou de objeto.
 2.  Restr.  Representação plástica da Divindade, de um santo, etc.: EX: "TROUXERAM UMA PEQUENA MESA QUE PUSERAM AO LADO DO LEITO COM UMA GRANDE IMAGEM DE CRISTO"
(L. LAVENÉRE, O PADRE CORNÉLIO, PÁG. 95.)
Ídolo: Do grego eídolon, pelo latim idolu.
1.  Estátua ou simples objeto cultuado como deus ou deusa.
         2.  Objeto no qual se julga habitar um espírito, e por isso venerado.
         3.  Fig.  Pessoa a quem se tributa respeito ou afeto excessivo.
Adorar: Do latim adorare.
  1.  Render culto a (divindade):    
 
2.  Reverenciar, venerar:   
 
3.  Amar extremosamente; idolatrar:   
 4.  Fam.  Gostar muitíssimo de; ter grande predileção a:  
5.  Cultuar, reverenciar, venerar:   
 6.  Prestar culto de adoração.
Idolatria: Do grego eidololatreía, pelo latim.idololatria.
1.  Culto prestado a ídolos.
          2.  Amor ou paixão exagerada, excessiva:
Concluímos pois que uma imagem pode realmente se transformar em um ídolo como de fato acontece na religião católica. Você prestou atenção que entre venerar e adorar não existe diferenças? Quando uma imagem se transforma em um ídolo e este começa a ser honrado até mais que o próprio Deus, não estaria se concretizando ai uma idolatria? Claro que sim! É justamente isso que mormente vemos na liturgia da igreja católica. Mas naturalmente os padres não vão admitir, preferem ludibriar o povo com  neologismos.  
 
    Venerar: é imitar, honrar, louvar, homenagear, saudar, etc.
Bom, diante das fartas provas vernacular fica até ridículo em continuar afirmando tal coisa. Esta interpretação é extremamente tendenciosa, feita unicamente com o fito de sair do embaraço da acusação de idolatria. A questão não é de nome mas de fatos!
Deus proíbe a fabricação de ídolos, não de imagens. Lendo na Bíblia (Ex 20,1-5), percebemos que Deus proíbe severamente a fabricação de ídolos (falsos deuses) para serem colocados no lugar do Deus verdadeiro (criador do universo).
Ora, se Deus não proibisse fazer imagens como o senhor alega, então como explicar a frase bíblica: "NÃO FARÁS PARA TI IMAGENS...". Deus teria se enganado ao pronunciar esta proibição?
Quando as imagens não são para serem colocadas no lugar de Deus, isto é, quando as imagens não são para serem adoradas, então o mesmo Deus as manda fazer, e muitas. Exemplo das imagens que mandou fazer. Ler (Êxodo 25,18-20)  (26,1-2; 37,7-9)  (1 Reis 6,23-29)  (1 Reis  6,32; 7,36; 8,7)  (2 Crônicas3,10-14; 5,8)  (Ezequiel 41,17-21)  (Números 21,8-9)   (1 Crônicas 28,18-19)  (Números 7,89) (1 Samuel 4,4)  (2 Samuel 6,2) (Hebreus 9,5) O templo de Deus, construído ricamente pelo rei Salomão, estava cheio de imagens de escultura e Deus se manifestou nesse templo e o encheu de sua glória: (Ezequiel 41,17-20 - 43,4-6). Nesse templo havia até imagens gigantes: (1 Reis 6,23-35) (2 Crônicas 3,10-14) tinha “a serpente de bronze, querubins de ouro, grinaldas de flores, frutos, árvores, leões”, etc. (Números. 21,9) (Êxodo 25,13) (Ezequiel 1,5; 10,20) (1 Reis 6,18,23; 7,36) (Números 8,4).
Certo, ambos concordamos em que Deus proibiu fazer imagens e ao mesmo tempo mandou fazer imagens até parece um paradoxo. Agora cabe aqui uma pergunta: você vê por um acaso alguma ordem de Deus no sentido de "prestar culto", "venerar", "levar" tais imagens em procissão" ou coisa parecida? Ainda indago do senhor: eles faziam mini estatuetas dessas imagens como fazem os fiéis católicos pondo-as em seus lares? Ou talvez mandavam um sacerdote benzê-las para poder ter aquela "santa imagem" do Querubim, do boi, da serpente em casa como fazem os católicos? Muito pelo contrário, amigo, quando o rei percebeu que a imagem da serpente estava atrapalhando o povo em sua adoração mandou quebrá-la. Fazem isso os padres quando percebem que seus fiéis estão desviando-se da adoração ao único Deus e transferindo-as para as imagens?
As imagens dos católicos, segundo dizem, serve como um incentivo à fé dos fiéis, mas onde encontramos uma terminologia tão esdrúxula, para não falar apóstata, como essa em toda a Bíblia? Percebe, como existe uma tremenda diferença entre as imagens católicas com as do VT? Os meios até poderiam se coincidir mas os fins eram totalmente diferentes. Vejamos mais algumas diferenças substanciais entre o destino dessas imagens:
Católicas = Se destina ao culto dos fiéis
VT se destinava ao culto dos israelitas.
católicas = são levadas em procissão pelos sacerdotes e fiéis.
VT = não havia procissões em torno dessas imagens.
católicas = são veneradas ou até mesmo adoradas pelos fiéis.
VT = não eram veneradas ou adoradas.
católicas = são supostos exemplos de fé, incentivo etc...
VT = não se destinavam a nenhuma destas coisas.
católicas = são vendidas em qualquer lugar
VT = não se faziam comércio com elas.
católicas = são tocadas e beijadas por todos os fiéis na hora da adoração ou fora dela.
VT = somente os sacerdotes podiam vê-las; os querubins eram vistos uma vez por ano apenas e somente pelo sumo sacerdote.
católicas = é incentivado seu culto pelo clero
VT = não havia o mínimo de incentivo.
Estas são só algumas poucas diferenças entre as duas. Querer se basear no VT para justificar o culto de imagens é argumento tipo "idolo de pé de barro".   
É bom lembrar que os primeiros Cristãos usavam imagens nos lugares de culto, nos cemitérios e nas catacumbas. Perseguidos, para auxiliar sua fé tão posta à prova, pintavam e esculpiam naqueles subterrâneos figuras representando Cristo e Sua Mãe Santíssima. O que mostra de passagem que o culto também à Mãe de Cristo é tão antigo quanto o próprio Cristianismo.
Essa argumentação nada mais é do que distorcer fatos históricos em causa própria e isso não é nada bom!
Os cristãos primitivos das catacumbas não "usavam" imagens. Não há o mínimo de vestígio sequer de algum tipo de culto prestado a estas "imagens", que nada mais eram do que afrescos simbolizando sua fé, já que muitos deles não sabiam ler ou escrever. Mas o que é ainda pior é falar em "culto a Virgem Santíssima",pergunto: que culto amigo?Onde você pode provar isso? Se eu desenhasse uma mulher e desse o nome de Maria estaria porventura prestando um culto? Só mesmo uma mente já propensa ao erro para acreditar em tal coisa!!!
 
Ademais o fato de que Deus apareceu sob forma visível no mistério da encarnação parece um convite a reproduzir a face humana do Senhor e dos seus amigos. As primeiras imagens eram inspiradas pelo texto bíblico (cordeiro,bom pastor, peixe,Daniel, Moisés); mas podiam também representar o Senhor, a virgem Maria, os Santos Apóstolos e Mártires. Desde os inícios da arquitetura sacra as Igrejas foram enriquecidas com imagens tanto a título de instrução dos iletrados.
Este argumento é uma argumento gratuito. Não há o menor indício de que Jesus fosse a favor de tal coisa. Demais disso, qual foi o pintor que conseguiu representar o rosto de Cristo? Não amigo, a encarnação não é de modo algum "um convite a reproduzir a face humana do senhor e de seus amigos" Isso é argumento seu e dos mais fraudulentos possíveis com o único objetivo de preservar o pecaminoso culto às imagens.
                 Então para que servem as imagens?
Elas contribuem para dar aos lugares de culto um aspecto sagrado, e convidam ao recolhimento e à oração (Êxodo 25,22) (1 Reis 6,23-28). Por isso, os querubins da Arca da Aliança não eram simples adornos. Lembravam ainda a mediação secundária dos Anjos (Hebreus 1,14), e integravam os objetos do culto. Além desses casos, a Bíblia está cheia de “imagens” e “quadros” que o Artista Divino “pintou” com letras Divinas. Esses quadros inspiraram os artistas humanos e escultores em seus lindos painéis esculturas ou imagens.
Novamente, o senhor erro por partir de pressupostos defeituosos. Muito bem, suponhamos que tudo isso seja verdade, que as imagens é um "convite à oração" e dão um "aspecto sagrado" ao lugar de culto. Mesmo assim não existe base para fazermos disso uma doutrina.
Agora, vamos cair na real e voltar para o NT que é o habitar espiritual do cristão. Não podemos morar em terra alheia como o senhor está querendo fazer, o VT é judaísmo, é povo de Israel e Antigo Pacto, amigo. Nós cristãos, não temos lugar fixo de adoração João 4:24. Tudo aquilo eram sombras (Cl. 2:14-18) das coisas que viriam, percebeu? Estamos em outro modo de vida, adoração e serviço a Deus. Se quisermos servi-lo tem de ser do jeito que o NT manda. E é bom rememorar que o NT não dá regras positivas sobre tais coisas.
Quanto ao "artista divino" e suas "pinturas", não há nada de mais em pintar seus "quadros" deixados na natureza! E dai? Agora, querer transportar isso para o idolátrico culto das imagens com o fim de defender esta repugnante doutrina, é querer ir longe demais! 
               Nós Católicos, adoramos as imagens?
Não, quem o afirma ou não entende nada de Catolicismo, ou está mentindo e agindo contra a Bíblia. Que é então, que a Bíblia condena como Deuses mudos (Salmos 113,13)  e imagens e esculturas de coisas do céu, da terra e das águas? (Êxodo 20,3-5). São os ídolos que os pagãos faziam para representar os seus falsos deuses (Romanos 1,23). De fato os gentios antigos adoravam como “deuses” do céu a certos astros (Júpiter, Vênus, etc). E da terra a certas aves e quadrúpedes, e das águas a certos anfíbios (Êxodo 32,1-6), (Romanos 1,23). Os Protestantes precisam entender que nossas imagens não são ídolos, mas recordações dos nossos irmãos na fé. Ídolo é tudo aquilo que toma o lugar de Deus. Assim, os maiores ídolos de hoje são: o poder, o prazer, as riquezas... Quando causam injustiça, exploração, corrupção, morte, etc.É bom que fique bem claro que nós católicos, não adoramos a nenhuma imagem, nenhum objeto e nenhuma pessoa humana, pois a Igreja nunca ensinou nem mandou adorar a quem quer que seja; mas sempre ensinou em sua doutrina que devemos adorar unicamente Deus, que é o Pai, o Filho e Espírito Santo.
Amigo, eu posso falar com conhecimento de causa pois conheço os dos dois lados. Fui católico e sei onde o culto das imagens pode levar as pessoas! Entre a prática e a teoria existe um abismo enorme. Isto não é questão de palavras mas de fatos. Todas as seitas apelam para seus credos quando são acusados de heresia, como se o credo fosse seguido à risca. Fazem isto os adventistas, mórmons etc. Eles acabam dando uma nova conotação às palavras teológicas e redefinindo estes credos. Sim os mórmons crêem na Trindade, mas não na Trindade que a Bíblia revela.Os adventistas juram que seu credo nada diz sobre salvação por guardar o sábado, mas entre a confissão (teoria) e a fé (prática) há um enorme habismo. Mas voltando ao assunto: quando aqueles pobres coitados de nossos irmãos lá no Nordeste, fazem aquela tremenda procissão para rogar aos santos 'Padre Cícero" e Cia ltda, o que você acha que eles estão fazendo? E os padres porque não ensinam a Palavra de Deus a eles? Não quero nem tocar aqui no que acontece na Bahia, entre católicos e espíritas, igreja do Bonfim e outros fatos desagradáveis para a "ortodoxia" católica...
Existe um culto a um deus falso, mas também existe um falso culto ao Deus verdadeiro. Qual deles seria o pior?  
Jesus teve irmãos?
Jesus foi o primogênito e o unigênito da família de Nazaré. Quanto aos “supostos irmãos de Jesus” a Bíblia não os mencionam como “filhos de Maria”. Somente o Mestre é chamado “filho de Maria”, com o artigo no original (Marcos 6,3).
Antes de aprofundar no assunto, é bom lembrar 05 pontos fundamentais:
Primeiro – se Jesus teve irmãos, porque Maria é chamada “Mãe de Jesus?”  e nunca mãe do “irmãos de Jesus?”
Segundo – A família de Nazaré aparece apenas com 03 pessoas. Jesus, Maria e José.
Terceiro – porque seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da páscoa e Jesus nunca aparece ao lado dos “supostos irmãos?”
                  Quarto – Porque Jesus entrega sua mãe aos cuidados de João o Evangelista, e não aos “supostos irmãos?”
Quinto – porque esses “supostos irmãos” não aparecem na crucificação de Jesus?

 
Creio que o senhor não anda lendo jornais ultimamente, pois se tivesse lido saberia da urna que foi achada contendo o nome da família de Nazaré com a seguinte inscrição: "A inscrição, na língua aramaica, aparece em um ossuário vazio de pedra calcária. Lê-se: "Tiago, filho de José, irmão de Jesus". Lemaire diz que o objeto data de 63 d.C."

Tiago é considerado o irmão de Jesus no Novo Testamento e líder da Igreja em Jerusalém no Livro dos Atos e nas cartas de Paulo.

No século primeiro o historiador judeu Josephus escreveu que "o irmão de Jesus conhecido como Cristo, de nome Tiago", e foi apedrejado até a morte sendo considerado um herege em 62 d.C. Se seus ossos foram colocados em um ossuário, isso teria ocorrido no ano seguinte, com a inscrição datando de 32 d.C.

Não pretendo dar mais detalhes nesta questão pois só iria repetir o que já refutei em meu artigo sobre o tema em pauta - "Jesus Teve Irmãos?". Leia se desejar em nossa pasta sobre catolicismo.

Sem mais para o momento,

Paulo - CACP
"O SEGUNDO E-MAIL DO CATÓLICO"

Prezado Paulo protestante!
 Talvez vc não conhece: "POR QUE SE PREOCUPAR COM UM CISCO NO OLHO DUM IRMÃO, QUANDO TEM UMA TRAVE NO SEU PROPRIO" (Mateus 7,3). Acho que está mais facil de entender, agora tire a tábua do seu olho.
Parece que vc lê tantos jornais e revistas que no proximo e-mail vai mandar materias provando que Jesus éra só um agitador politico filho de um soldado romano.  O protestantismo só pode viver da negação do catolicismo. Assim, se o catolicismo pudesse morrer - o que é impossível - no mesmo dia e na mesma hora estaria morto o protestantismo. 
Vou ser menos sutil, mas não agressivo. Se vc foi catolico então não foi.
Quando um protestante, que viveu no erro e na mentira se converte para Cristo, quando a conversão é sincera, o protestante é humilde... se reconhece pecador, reconhece a sua miséria... mas não condena nenhuma pessoa ou religião tudo atribui a Deus, e tem um coração agradecido por ter encontrado a verdade, aí houve a verdadeira conversão em Cristo.
Quando um protestante começa a falar mal de todos, a caluniar, a desprezar os outros... só ele ou sua igreja aparece, só ele está certo. Só agora encontrou a verdade só ele se salva... aí estão evidentes sinais de orgulho, de desprezo, de falta de caridade para com os outros.
“ Disse-lhe o Senhor: Vós, fariseus, limpais o que está por fora do vaso e do prato, mas o vosso interior está cheio de roubo e maldade! Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o conteúdo? Dai antes em esmola o que possuis, e todas as coisas vos serão limpas. Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de diversas ervas e desprezais a justiça e o amor de Deus. No entanto, era necessário praticar estas coisas, sem contudo deixar de fazer aquelas outras coisas” (Lucas 11,39-42)
“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados: Por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão” (Mateus 23,27).
“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Edificais sepulcros aos profetas, adornais os monumentos dos justos, e dizeis: Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos manchado nossas mãos como ele no sangue dos profetas...” (Mateus 23,29)
Quem se converte de verdade é manso, humilde, agradecido, sábio, inteligente, imitador da perfeição, é contra o ódio e a maldade. Não despreza ninguém e a nenhuma igreja ou religião. Quem encontra Cristo é bom, agradecido, humilde, e mesmo com a conversão, se reconhece pecador.
Jesus nos alerta! Ficai atentos: “Porque se levantarão falsos Cristos e falsos profetas, que farão sinais e portantos para seduzirem, se possível fora, até os escolhidos. Ficai de sobreaviso. Eis que vos preveni de tudo” (Marcos 13,22-23)
Diz o senhor: “se não receberdes o reino dos céus como crianças, não entrareis nele".
"A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós Santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede Santos, porque eu sou Santo” (1 Pedro 1,15-16).
"A Igreja é a coluna e o fundamento da verdade" (1 Tim 3,15)
"Todo aquele que divide Jesus é um anti-cristo" (1 Jo 4,3)

Não pretendo dar mais respostas e nem indicar um site, mas dou alguns conselhos:
 -Leia mais a Bíblia e a ponha em pratica;
 -Faça caridade;
 -Pesque almas no mundo;
 -Diga não a guerra;


atenciosamente
Antonio Carlos
A PAZ DE CRISTO PARA TODOS
"RESPOSTA AO SEGUNDO E-MAIL"
Prezado amigo Antonio Carlos!

A paz do Senhor; que Deus possa iluminar sua vida [Jo. 8:32].

"Tornei-me acaso vosso inimigo, porque vos disse a verdade?"  [Gálatas 4:16]

Suas respostas me surpreenderam. Não consegui entender seu objetivo em mandar e-mails como esses.
Primeiro, o senhor me manda um e-mail com palavras de teor ofensivo e beligerante, e pelo que vejo, não tenho o direito de respostas, diga-se de passagem, respostas à altura de seus e-mails [Prov. 26:5]!
Gostaria de frisar que nosso intuito não é "brigar" com essa ou aquela religião. Cremos que todos têm direito a crença que mais lhe aprouver, como bem está escrito no art. 5º de nossa Constituição. Todavia, isso não quer dizer que tal pessoa está no caminho certo [Prov.14:12]. Não é todas as religiões que levam a Deus, isso é mentira diabólica; há um só caminho [Jo. 14:6] e uma só verdade. No mundo cristão não há lugar para o relativismo.
Segundo, vejo que o senhor usa de argumentos gratuitos, não pondera em suas palavras e muito menos se baseia nas Palavras sagradas. Mandar outrem ler e aplicar a Bíblia com o intuito de correção é bom, mas pelo que percebo, seus conselhos são um tanto contraproducentes, não passam de quimeras, não possuem força de persuasão já que não vêem acompanhado com exemplos que correspondem ao que o senhor alega praticar.   
Amigo, o julgamento indiscriminado sem fatos é pecado. O senhor me julgou e condenou ao mesmo tempo só porque sou protestante! Percebeu? Não sei quem você é, nunca entrei em seu site (ou de qualquer católico) para lhe ofender (Confesso que nem iria responder seu primeiro e-mail). Agora, depois de tudo, o senhor quer pousar de vítima? Isso é brincar com a paciência alheia, amigo!!!

Olha só o desvario dessa frase: "O protestantismo só pode viver da negação do catolicismo... Assim, se o catolicismo pudesse morrer - o que é impossível - no mesmo dia e na mesma hora estaria morto o protestantismo" Isso é o maior disparate que já ouvi. Amigo, para começo de conversa, eu não defendo partidarismo religioso, mas tão somente a fé bíblica, essa sim carece de lutarmos por ela [Judas 1:3]. Demais disso, meu compromisso é com Deus e sua Palavra e não com o protestantismo. A bem da verdade, o catolicismo nunca iria morrer mesmo, pois precisa cumprir certas profecias que lhe são peculiares no livro do Apocalípse com relação à "Grande Babilônia". A dialética católica é baseada no orgulho religioso, um orgulho sem causa de existência, já que a história do catolicismo, bem como suas doutrinas são de causar vexame a qualquer cristão de mente mediana.

Mais disparates! Veja só: "Quando um protestante, que viveu no erro e na mentira se converte para Cristo, quando a conversão é sincera, o protestante é humilde... se reconhece pecador, reconhece a sua miséria... mas não condena nenhuma pessoa ou religião tudo atribui a Deus, e tem um coração agradecido por ter encontrado a verdade, aí houve a verdadeira conversão em Cristo. Quando um protestante começa a falar mal de todos, a caluniar, a desprezar os outros... só ele ou sua igreja aparece, só ele está certo. Só agora encontrou a verdade só ele se salva... aí estão evidentes sinais de orgulho, de desprezo, de falta de caridade para com os outros."

Sua frase além de mal formulada pois dá dupla interpretação, não corresponde a verdade dos fatos. Ora, o senhor inconscientemente acaba  por colocar os fatos no seu devido lugar quando diz: "...um protestante que viveu no erro e na mentira se converte para Cristo...". Lê-se "erro e mentira" a antiga religião em que cria e vivia anteriormente, isto é, o catolicismo. Sim, nós nos reconhecemos pecadores e de fato agradecemos muito a Deus por isso, se bem que somos pecadores remidos e perdoados por Jesus; mas quem disse que ser humilde é sinônimo de passividade diante da heresia? Quem disse que ser humilde é ser conivente com os erros dos outros? Conversão sincera é sinônimo de ecumenismo? Onde está registrado isto na Bíblia? Com certeza o senhor deve saber, já que me recomendou tanto sua leitura!

Novamente o senhor tenta inverter os fatos. Pois bem, veja que não foi nenhuma Igreja Evangélica que afirmou que "Fora dela não há salvação", também não foi dito por protestante algum que "Fora da Igreja Evangélica A ou B não há salvação". É claro que há uma ou outra religião paraprotestante que afirma tal heresia, mas precisamos observar que sempre são seitas que afirmam isso [Testemunhas de Jeová, Adventismo, Mormonismo, Moonismo etc..] o que é veementemente rechaçado pelas igrejas evangélicas em geral. No entanto, é bom rememorar que estas frases heréticas sempre foram sustentadas pelo catolicismo e não pelos protestantes verdadeiros, salvos e fiéis a Deus. A causa de tantos massacres, tantas torturas e perseguições de protestantes na idade média a mando do catolicismo, estavam fincadas nestes ideais heréticos, qual seja, que salvação só na "Santa" Igreja Católica, fora isso, o que resta são hereges ou mais ecumenicamente falando hoje em dia - "irmãos separados". Talvez, seja por isso que a estrutura psicologica/religiosa da maioria dos católicos praticantes seja predisposta à digressões. Nem de longe há de se falar em "combater" os católicos. Não, nós os amamos em Cristo, mas não podemos ser coniventes com a mentira e o erro. Assim como Deus ama o pecador mas odeia o pecado. A História mostra justamente o inverso, ou seja, o catolicismo combatendo o protestantismo. Ora, não foi justamente para esse fim que Inácio de Loyola fundou a "Companhia de Jesus" ? Bem, a reputação dos jesuítas pelo mundo afora não é nem um exemplo a ser imitado; que o diga a História...
Pois bem, amar e respeitar a religião de outrem; dum católico, espírita, muçulmano etc, não quer dizer que tenho que me calar diante de seus erros. Se fosse assim, Jesus não teria condenado tão fortemente o judaísmo dos fariseus, saduceus e outros credos religiosos da época (confira os versos que o senhor me mandou). Sim, Jesus amava as pessoas, mas nem por isso se calou diante das heresias das religiões. Não sacrificou a verdade em nome de uma suposta e tênue humildade. Nem nós - seus discípulos - tão pouco podemos sacrificar a verdade Bíblica em detrimento de um tênue amor sentimental.

Isto posto, acredito que podemos respeitar uns aos outros, podemos amar uns aos outros até, com isso, demonstraremos humildade de fato, mas quero que você entenda que a questão doutrinária que envolve a salvação de nossa alma se coloca em outro patamar, é muito mais importante. Um amor que não se baseia na verdade não é amor de verdade. Precisamos seguir o exemplo de Jesus em tudo. Ele não tinha medo ou receio de alertar quando o credo religioso professado por alguém não condizia com a Palavra de Deus.Ele era enfático quanto a isso : "Respondeu-lhes Jesus: Porventura não [errais] vós em razão de não compreenderdes as Escrituras nem o poder de Deus?" [Marcos 12:24]
Não quero aqui, ficar refutando parte por parte de seu e-mail, me limitarei a estas poucas palavras de advertência. Podem parecer um tanto incisivas no momento, mas são verdadeiras.
Que você possa conhecer a verdade, não de uma religião, pois nenhuma delas leva ao céu, mas a verdade provinda do próprio Jesus.
Que Deus possa abençoar sua vida, esta é a minha oração e o meu desejo.

Obs: ( Esta resposta não foi dada no e-mail original )
A razão de eu ou nenhum evangélico enviar matérias a este senhor falando que Jesus era "um agitador político, filho de um soldado Romano" é por que isto não se pode provar historicamente e muito menos biblicamente. O que não acontece com a questão dos irmãos de Jesus. A história apenas confirma o que a Bíblia já relatava, qual seja, que Jesus teve irmãos consangüíneos filhos de Maria e José. Isto é fato!

Sem mais,

Paulo - CACP   

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