sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011



QUAL A MAIOR DIFICULDADE DE ENTRAR PELA “PORTA ESTREITA?”



Lucas 13:22-30

INTRODUÇÃO: Jesus está a advertindo sobre a “facilidade” de “entrar pela porta da graça” se transformar no maior e mais inatingível esforço que se pode fazer. Os Evangelhos mostram “os filhos do reino”, fora. Veio para os seus e os seus não o receberam é também para hoje!

I – A pergunta de “alguém” é o conflito de muitos: “São poucos os que são salvos? (23). A porta só é Estreita para quem “estreitou a Graça” que abre a Porta da Vida.

II – A resposta de Jesus inverte completamente as “noções” religiosas e moralistas de “esforço” quanto a entrar pela Porta da Graça: Qual o significado?
1 - Trata-se de um “esforço” de não embotamento dos sentidos: no contexto a questão é a hipocrisia que se “esforça” contra a graça e o seu “discernimento” em Jesus. (24ª; ver 12:56-57; 13:15-17, onde o tema da “insensibilidade”, da pseudo-filiação religiosa aparece, e a “vergonha” ante o “juízo” estão presentes.
2 – Trata-se, portanto, positivamente, de não sucumbir à presunção” do “esforço pessoal” que nem se entrega e nem descansa, por isto é que “procuram entrar” mas não entram (24b). Não entram porque não querem entrar. É a síndrome do irmão mais velho.
3 – Trata-se de um “discernimento sobre a oferta do tempo da Graça salvadora”, que sempre vem pela revelação da Palavra, se o coração não estiver “fechado”. A porta só se fechará para quem nunca abriu o coração (25). Isto porque Jesus só nos “conhece dentro” e não “fora”: “Não sei de onde sois!”

III – A grande pergunta é: Para quem a Porta estará fechada quando chegar a hora? Vale lembrar que a Hora é sempre Hoje (ver 12:35-48, a parábola do Servo Vigilante, que nunca sabe a Hora, por isso, para ele, todo dia é o Dia). É preciso vigiar, pois o “Noivo” vira “O ladrão”.

1 – Para quem tentou fazer “gestão de proximidades”: filhos de Abraão podem se enganar com mais facilidade que os parias sem história.
2 – Para quem sucumbiu à “ilusão” de um relacionamento “físico” com Jesus (26). Nosso problema!
2.1 – Salvação é relacionamento, não é “convívio” (26). A Salvação vem de um relacionamento, com a Graça e não com os “meios de graça”: comíamos,bebíamos, ensinavas...
2.2 – Salvação provoca um relacionamento com Deus que tem implicações na vida (27). A “iniqüidade” é aquela que Jesus viu na atitude e não no comportamento imediato. Os “deixados fora” não eram “irreligiosos e nem imorais”, eles eram “insensíveis” e “presunçosos” em sua religiosidade.

IV – A “prova” de que esse ‘esforço” não é “força humana” e nem “conquista” humana, está na afirmação da livre Graça que Jesus faz ao concluir essa instrução:

Quatro provas:

Primeira prova: Quem pensava que era, Ele diz que nunca tinha sido (25b; 27). A Graça é livre e soberana!

Segunda prova: Quem se “julgava com direito inerente e automático” vem a descobrir que a história, a cultura, a geografia, a genética e a religião, nada têm a ver com a salvação: Quanto mais “ped-i-gree”, mais condenação (Lc12:47-48)
1.1 – Abraão, Isaque e Jacó estão na festa eterna, mas não se pode dizer sempre o mesmo de seus descendentes (28ª). Bem como de nenhum “cristão”. Cristo é o Salvador. “Cristão” são apenas “pessoas” que só são de Cristo se não lutarem “contra a Sua Graça”. A “História Cristã” não dá um bom “testemunho” do Cristianismo.
1.2 – Os “profetas” estão na festa eterna, mas não se pode dizer o mesmo dos que “gostavam” de seus ensinos (28b). Gostar da “história bíblica” nada tem a ver com entregar-se de coração à Palavra da Vida. Não é a Bíblia que me faz conhecer a Palavra. É a Palavra que faz “entender” a Bíblia.

Terceira prova: Quem não dizia que era ou jamais se “julgou com direito de ser”, esse encontra o que a alma sempre desejou: a graça que nos chama para a festa eterna, de graça (29). Esses “muitos do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul” revelam como o “esforço” não vale. O que Jesus disse chocava a noção de salvação pela proximidade ou pelo direito herdado. Ele ensina que o que vale é o esforço de não fazer o “esforço presunçoso”. Quem descansou na graça foi alcançado por ela. E esses são muitos. Quem se esforçou sem graça, faz parte dos poucos que são salvos, apenas porque o vício no esforço às vezes fecha o coração para a percepção da graça. Por isto, são poucos os que se convertem da arrogância do esforço para a justiça da graça que salva.


Quarta prova: Quem foi visto como o último da história ou das percepções históricas, pode vir a ser o primeiro na Hora da Chamada (30). Isto inverte, inclusive, o nosso julgamento, anulando a nossa presunção de incluir ou de excluir quem quer que seja. Quando a Hora Chegar, a História será outra. Os santos de Deus não têm nome nesta geração, onde quem é louvado pessoalmente é porque deixou de louvar e da obedecer a Palavra da Vida. Uma “brincadeira”: E se... antes eu estivesse entre os “últimos” e agora entre os primeiros?

CONCLUSÃO: O “esforço” é para não cair no embotamento, na hipocrisia, na presunção, na arrogância, na gestão do sagrado e na ilusão da “proximidade” sem relacionamento, o que conduz à “blasfêmia” de tentar fazer justificar sua própria salvação. Aliás, salvação nunca é própria. Ela “ pertence ao nosso Deus”.

E isto não tem nada a ver com:
1 – Seu conhecimento teológico: Nicodemus é um exemplo.
2 – Sua “História” sexual ou espiritual: Madalena, e outros...
3 – Sua profissão : Zaqueu era “filho de Abrão”, conforme Jesus.
4 – Sua “bondade”: Jovem rico
5 – Seu “zelo” – os fariseus – Paulo é o “melhor exemplo
6 – Sua familiaridade: Seus irmãos não criam Nele.
7 – Sua “herança” sócio-política: o Centurião, entrou; embora Roma estivesse “de fora”.
8 – Sua “História pagã”: A Siro –Fenícia, e susto de fé que deu em Jesus.
9 – Sua relação “Institucional”: Os sacerdotes”...que estavam “fora”.
10 – Sua “cultura bíblica”: Pedro e os apóstolos não a “possuíam”; e estavam dentro.
11 – Suas razões sociais: “Casei e não posso ir”—disse alguém, recusando o convite para as Bodas.
12 – Sua “possessão” do mal: “Vai para os teus...”, disse Jesus ao Gadareno.

O que vale é : “Quem ouve a minha Palavra e crê naquele que me enviou, já passou da morte, não entra em juízo, mas para a vida


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