segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014



AVozDaIgreja2
Alguns julgam ser errado a igreja se manifestar contra posições erradas tomadas pelos líderes de nossa nação, mesmo que elas atinjam diretamente princípios estabelecidos por Deus. Neste artigo, R. C. Sproul nos mostra que não é somente um direito, mas também um dever de toda a igreja verdadeiramente cristã, lutar contra essas posições que atacam diretamente a lei de Deus:
Quando o Planned Parenthood [programa de planejamento familiar] adotou uma estratégia para vencer o debate sobre o aborto e estabelecer o direito legal das mulheres fazerem abortos quando quiserem, foi feita uma pergunta estratégica: “De onde virá a nossa oposição mais forte?” A organização previu que a oposição mais feroz viria da Igreja Católica Romana. Com o intuito de compensar o impacto da comunidade católica, o Planned Parenthood adotou uma estratégia para incentivar as igrejas protestantes a apoiar o direito da mulher ao aborto. Foi incentivado o uso de mantras como “o direito de escolha da mulher” e “o direito da mulher sobre o seu próprio corpo”. Outra parte da estratégia era usar o slogan “pró-escolha” ao invés de “pró-aborto”. Em outras palavras, o esforço para legalizar o aborto foi disfarçado na bandeira da liberdade pessoal.
A estratégia do Planned Parenthood foi altamente bem sucedida. Em sua maior parte, as principais igrejas liberais apoiavam a cruzada feminista em favor da “escolha”. O que foi mais angustiante foi o silêncio das igrejas evangélicas, as igrejas comprometidas com a autoridade da Bíblia e com a fé cristã. Levou muitos anos para que a igreja evangélica chegasse a um consenso sobre o mal do aborto, mas, ainda mais trágico, muitas igrejas evangélicas ainda se recusam a falar contra a destruição de bebês criados à imagem de Deus.
E qual deve ser a posição da igreja?
Se for para cessar a matança de milhões de nascituros, a igreja deve se tornar novamente a igreja. Aqueles que se escondem atrás da ideia de que a igreja nunca deve falar sobre questões políticas esqueceram um princípio das Escrituras que podemos chamar de crítica profética. Pode ter sido politicamente incorreto o fato de Natã confrontar Davi sobre o seu adultério com Bate-Seba e o assassinato de Urias (2 Samuel 12:1-15a). Pode ter sido politicamente incorreto o fato de Elias enfrentar Acabe por seu confisco pecaminoso da vinha de Nabote (1 Reis 21). Pode ter sido politicamente incorreto o fato de João Batista desafiar o casamento ilícito de Herodes, o tetrarca (Mateus 14). Nesses e em outros exemplos das Sagradas Escrituras, vemos que os representantes da igreja não tentavam tornar-se o Estado, mas ofereciam uma crítica profética ao Estado—apesar das possíveis consequências. A igreja não é o Estado, mas é a consciência do Estado, e essa é uma consciência que não pode se dar ao luxo de tornar-se cauterizada e silenciosa.
E como fica a questão de respeito às autoridades? Entenda melhor o assunto lendo ao artigo completo:
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R. C. Sproul nasceu em 1939, no estado da Pensilvânia. É ministro presbiteriano, pastor da igreja St. Andrews Chapel, na Flórida. É fundador e presidente do ministério Ligonier, professor e palestrante em seminários e conferências, autor de mais de sessenta livros, vários deles publicados em português, e editor geral da Reformation Study Bible.
Por R.C. Sproul. Extraído do site www.ligonier.org. © 2013 Ligonier Ministries. Original: The Voice of the Church
Este artigo faz parte da edição de Abril de 2013 da revista Tabletalk.
Tradução: Isabela Siqueira. Revisão: Renata do Espírito Santo – © Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: www.MinisterioFiel.com.br. Original: Quando a igreja fica em silêncio, deixa de ser uma igreja verdadeira! – R. C. Sproul
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

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