domingo, 17 de março de 2013


A Diferença entre nossa Santificação e nossa Glorificação

Santificação é o processo pelo qual o cristão é conformado gradualmente a Cristo. Glorificação é quando teremos corpos glorificados como Cristo e não mais teremos nenhum resíduo de corrupção. Entendeu? Neste vídeo, R. C. Sproul ilustra de forma bem simples a diferença entre santificação e glorificação.

Aprofundando

A Confissão de Fé Batista de Londres de 1689 apresenta três pontos importantes sobre nossasantificação:
  1. Os que estão unidos a Cristo, tendo sido chamados eficazmente e regenerados, possuem agora um novo coração e um novo espírito, criados nele por mérito da morte e da ressurreição de Cristo; e, por esse mesmo mérito, são mais e mais santificados individualmente, pela atuação da Palavra e do Espírito de Cristo neles habitando. O domínio de tudo que é pecado, sobre eles, é destruído; as suas várias concupiscências vão sendo sempre mais enfraquecidas e mortificadas; e os crentes mais e mais são vivificados e fortalecidos, em todas as graças salvadoras, para praticarem toda a verdadeira santidade, “sem a qual ninguém verá o Senhor”.
  2. A santificação abrange o homem todo, ainda que imperfeita enquanto nesta vida. Em toda parte ainda permanecem alguns resíduos de corrupção, dos quais provém uma guerra irreconciliável: a carne militando contra o Espírito, e o Espírito militando contra a carne.
  3. Nesta guerra, embora a corrupção remanescente possa muito prevalecer, por algum tempo, o contínuo suprimento de força, pelo Espírito de Cristo, santificador, faz com que a parte regenerada afinal vença. E, desse modo, os santos cresçam em graça, aperfeiçoando a sua santidade no temor de Deus e esforçando-se por viver uma vida piedosa, em obediência evangélica a todos os mandamentos que Cristo, como Cabeça e Rei, lhes prescreveu em sua Palavra.
Wayne Gruden define glorificação como:
Como foi mencionado anteriormente, Deus não deixará nosso corpo morto na sepultura para sempre. Quando Cristo nos redimiu, ele não redimiu apenas nosso espírito (ou alma); ele nos redimiu como pessoas completas, e isso inclui a redenção de nosso corpo. Portanto, a aplicação da obra redentora de Cristo a nós não será completa até que nosso corpo seja inteiramente liberto dos efeitos da queda e trazido ao estado de perfeição para o qual Deus o criou. De fato, a redenção de nosso corpo ocorrerá somente quando Cristo retornar e ressuscitá-lo dentre os mortos. Mas, no tempo presente, Paulo diz que esperamos pela “redenção do nosso corpo” e então acrescenta: “Pois nessa esperança fomos salvos” (Rm 8.23,24). O estágio da aplicação da redenção em que receberemos por fim o corpo ressuscitado é chamado de glorificação. Referindo-se àquele dia futuro, Paulo diz que participaremos da glória de Cristo (cf. Rm 8.17) . Além disso, quando Paulo traça os passos na aplicação da redenção, o último que menciona é a glorificação: “E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou” (Rm 8.30).
Podemos definir glorificação da seguinte maneira: A glorificação é o passo final na aplicação da redenção. Ela acontecerá quando Cristo retornar e ressuscitar dentre os mortos os corpos de todos os crentes de todas as épocas que morreram e reuni-los às respectivas almas, e mudar os corpos de todos os crentes que permanecerem vivos, dando assim a todos os crentes ao mesmo tempo um corpo ressuscitado perfeito igual ao seu.
Se você quer se aprofundar sobre o tema da santificação, uma ótima recomendação é o clássico “Santidade“, de J. C. Ryle.

Santidade (J. C. Ryle)

A santidade é um assunto que parece estar relegado à seção de história dos assuntos religiosos contemporâneos; aliás, o termo santidade parece estranho a muitos cristãos hoje e remete à idéia de homens e mulher evangelicais, imaculados e semi-perfeitos de uma era remota da história cristã.
Esta situação torna urgente e atualíssima esta obra clássica de J. C. Ryle, publicada pela primeira vez na Inglaterra em 1879. O problema do pecado – sua seriedade e malignidade – tratado com maestria logo no primeiro capítulo, é apresentado como a barreira intransponível que impede nossa comunhão com Deus. O sacrifício propiciatório de Cristo na cruz remove esta barreira; agora precisamos que a santidade de Deus nos seja comunicada pelo Espírito e exercida por nós, para que possamos, como diz o autor da epístola aos Hebreus, “ver o Senhor”.
Nesta obra prima da literatura cristã, Ryle fala aos nossos corações de forma clara, persuasiva e franca, ensinando-nos sobre a santidade de Deus e do nosso dever de vivermos vidas santas. É uma obra que, como disse J. I. Packer, “todo cristão verdadeiro considerará como um banquete, uma mina de ouro, um aguilhão, comida e bebida, remédio e vitamina – tudo isso em um só livro. Tolle, lege.”

Transcrição

Eu costumava fazer uma pequena ilustração na classe do seminário. E eu tinha três atores em um palco na frente da sala. Eu selecionava um aluno para representar Jesus. Suba aqui, Campbell. Venha pelas escadas, ou pule. Eu sei que você consegue pular. Eu tenho pelo menos dois netos que eu sei que conseguem pular. Você será Jesus. Este é o seu momento, cara! Este é meu neto, R. C. Sproul. Robert Campbell, certo? Certo.
Ei, Guy. Pode vir me ajudar? Venha por estes degraus aqui. Pode vir aqui em cima. Não sei porque escolhi você para esse papel. Mas este Sr. aqui vai fazer a parte de Hitler.
- Bom papel.
- Bom papel, não é?
Você fica aqui. Este é Hitler. E este é Jesus.
Steve. Vem aqui. Ajude-me. O discípulo não está acima de seu mestre. Eu chamei o Steve porque ele é um cara muito santo. Ele é um homem muito justo. Ele tem tanta paixão por Deus que sua santificação está num estado avançado. Mas eu não o deixarei representar a si mesmo, eu vou deixá-lo representar o apóstolo Paulo. Porque creio que tirando Jesus, o homem mais piedoso que já andou na terra, foi Paulo. Certo?
Agora temos um contínuo aqui, um espectro entre Jesus, deste lado, e Hitler aqui. E temos que imaginar esse contínuo. E dentro desse contínuo, onde colocamos Paulo? Paulo, o homem mais santificado, sendo conformado à imagem de Cristo pelo Espírito Santo, chegando à maturidade, chegando mais perto de seu Senhor.
E a plenitude de sua santificação… Por aqui, amigão. Bem aí. Fiquem aqui por um momento.
O que quero que vocês visualizem aqui é a lacuna, o abismo que separa a justiça de Cristo da pessoa mais justa, ou da pessoa mais perversa. Todos os avanços na santificação que o apóstolo Paulo aqui experimentou, tornam sua diferença entre ele mesmo e Jesus, e ele mesmo e Hitler… essa diferença é comparativamente desprezível. Há ainda este enorme hiato, este enorme abismo de diferença entre o Jesus sem pecado, e o Paulo não glorificado. Certo?
Agora, quando você tiver sua glorificação… Quando você é justificado, Deus conta você como estando lá, certo? E quando você é glorificado, a real separação acontece. E você é conformado sem pecado a seu Salvador.
Por R. C. Sproul. Extraído do site ligonier.org. © Ligonier Ministries. Original: The Difference Between Our Sanctification and Our Glorification
Tradução: Alan Cristie. Revisão: Vinícius Musselman Pimentel – Editora Fiel © Todos os direitos reservados. Website: blogfiel.com.br. Original: A Diferença entre nossa Santificação e nossa Glorificação

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