Ibrahim Ali é o líder do Perkasa, um grupo que defende os direitos da maioria muçulmana na Malásia e tem laços estreitos com o atual governo.
Agora, um membro independente do Parlamento malaio quer que ele seja processado por ter pedido publicamente que todas as Bíblias do país devem ser queimadas. Isso gerou um aumento na tensão religiosa a poucos meses das eleições.
Ali disse estar defendendo os muçulmanos, pois não admite que as Bíblias em malaio usem a palavra “Allah” para se referir a Deus.
A intensa disputa eleitoral deve ser tumultuada até a eleição de abril. Pesquisas de opinião mostram que a coligação nacional que apoia o primeiro-ministro Najib Razak, e está no poder desde a independência do país em 1957, perdeu o apoio dos descendentes de chineses, que são 25% da população. Dentre eles está a maioria dos cristãos do país, cerca de 9 por cento doa malaios.
A Malásia não tem grandes conflitos religiosos desde 1969, mas o líder da oposição, que governa o Estado de Penang, pediu proteção da polícia depois que uma carta anônima foi deixada em uma igreja prometendo que as Bíblias seriam queimadas no próximo domingo. Sem assinatura, no final diz apenas “Vamos ensinar-lhes uma lição”.
O primeiro ministro pediu que o ministro do Interior “imponha medidas rigorosas para prevenir tais atos abomináveis que possam comprometer a harmonia nacional e aumentar as tensões religiosas”.
A disputa sobre o uso da palavra “Alá” no país é antiga, mas desde 2009, o jornal Catholic Herald voltou a usá-la, desafiando uma proibição do governo que os não-muçulmanos usem essa palavra para se referir a Deus.
O argumento principal do governo é que o uso de “Allah” pelos cristãos é “subversivo e visa converter os muçulmanos”. Apesar da óbvia influencia árabe, este é o único termo para Deus em malaio moderno. Com informações Charisma News.
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