Organizada para acontecer nesta quarta-feira (5), a partir das 15h, a manifestação pacífica de evangélicos em frente ao Congresso Nacional reuniu cerca de 50 mil pessoas. O pastorSilas Malafaia, criador do evento, divulgou que esperava cerca de 100 mil.
Com o objetivo de fazer uma “grande manifestação em defesa da família tradicional, da vida, da liberdade de expressão e religiosa”, centenas de líderes evangélicos estavam presentes, além dos cantores Thalles Roberto, André Valadão, Aline Barros, Eyshila, Nani Azevedo, David Quinlan, Cassiane e Bruna Karla.
Malafaia convocou: “Já que estão forçando a barra sobre o casamento gay, vamos a Brasília para dizer que estamos do outro lado. Não é um ato exclusivo para apoiar Marco Feliciano, mas para marcarmos nossa posição. Vamos dar a nossa resposta. Todas as lideranças evangélicas estarão presentes, assim como a bancada evangélica. Vai ter gente de todos os lados do Brasil”.
O movimento também contou com a presença de políticos da chamada “bancada evangélica”. O objetivo era retomar as manifestações como a de 2008, quando milhares de pessoas protestaram em frente ao Congresso contra projetos apoiados pela comunidade LGBT.
Um dos focos do ato, que ocorre poucos dias após a Parada Gay de São Paulo, é manifestar-se contra a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que obriga os cartórios de registro a reconhecer a união civil entre pessoas do mesmo sexo e celebrar o casamento homoafetivo.
Embora o PSC tenha pedido ao Supremo Tribunal Federal a derrubada da ordem, o recurso acabou arquivado pelo ministro Luiz Fux. Em entrevista ao site Congresso em Foco, o deputado João Campos (PSDB-GO), ex-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, disse que setores do PT tentam colocar uma “mordaça na imprensa e nas religiões…. O Estado laico não é o religioso nem o antirreligioso. É o que garante a liberdade de crença”.
O deputado acredita que um dos principais problemas da união entre pessoas do mesmo sexo é a adoção de crianças. “A psicologia diz que o primeiro elemento que amplia a visão de mundo delas é a figura do pai. Há um prejuízo para a formação da criança”, asseverou
Curiosamente, ontem (4), o presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou, que o Projeto de Lei 122/06, o qual transforma homofobia em crime deve ter sua tramitação acelerada.
Falando em nome do governo, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) reclamou da manifestação que seria apenas um protesto focando a presidente Dilma Rousseff. “Além de uma pauta conservadora, tenta expor sua força para amedrontar a presidenta Dilma, às vésperas do pleito eleitoral”.
Dutra criticou ainda as igrejas evangélicas que estão tirando fiéis da igreja católica usando “a mídia e o charlatanismo”. Citou ainda o exorcismo de uma pessoa na Igreja Universal do Reino de Deus, que, para ela, tratava-se de uma pessoa com fome. “E não tira [o demônio] de graça. Atrás dessas ações estão sempre presente o dízimo”. Com informações UOL e G1.
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