Terça-feira 9 Abril
Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor
(Apocalipse 14:13).
O NAVIO DE JACÓ
Hoje enterramos Jacó, um homem de enormes pés, corpo pesado, muitas tatuagens, uma grande e feia boca, mas com um coração pequeno e fraco.
Conhecemos Jacó anos atrás, quando a nossa porta se abriu e ele entrou para assistir nosso estudo bíblico. Na semana seguinte o visitei em seu apartamento. Sua mobília consistia em uma cama, uma mesa e uma cadeira. Jacó sentou-se na cama e me ofereceu a cadeira. E me contou sobre sua vida de marinheiro, suas aventuras em portos estrangeiros, brigas e prisões. Também falou sobre sua família, que tinha vergonha dele.
Ocasionalmente nos visitava, e às vezes se afastava por meses. Certo dia alguém do hospital nos telefonou informando que o internaram devido a um ataque do coração. Quando segurei sua enorme mão, lágrimas brotaram de seus olhos: “Acho que este será meu último ancoradouro”. Mais tarde, perguntei: “Jacó, suponha que esse é mesmo seu último ancoradouro, será que o navio da sua vida irá atracar no porto certo?”. Ele balançou a cabeça: “Minha vida não foi boa o suficiente para entrar lá”. Tentei explicar que não são as nossas boas obras, mas somente a obra do Senhor Jesus que garante a entrada no céu. Ele morreu para ser “o caminho” que nos conduz a Deus (João 14:6).
Pouco antes de sua morte, Jacó me disse: “Agora tudo está em ordem. O Senhor Jesus entrou na minha vida”. E finalmente o Capitão levou seu navio que partiu para “o porto desejado” (Salmo 107:30).
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