O ex-chefe da polícia Civil, Álvaro lins, condenado a 28 anos de prisão por lavagem de bens, formação de quadrilha armada e corrupção passiva (atualmente em liberdade provisória), participou de um culto na Igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias, lidereada pelo pastor Marcos Pereira.
Álvaro Lins contou que se tornou um religioso no período em que ficou preso em Bangu 8, Complexo de Gericinó. E admitiu que na cadeia encontrou pessoas que ele mandou prender injustamente. “Fiquei preso com pessoas que não precisavam estar ali. Garotos de 18 anos que mandei prender porque tinham trouxinha de maconha na caixinha de fósforo. Fui injusto e arrogante”, afirmou o ex-deputado estadual.
No dia 13 de fevereiro, Lins esteve em São João de Meriti, na igreja do pastor Marcos Pereira, conhecido por converter traficantes, como convidado da noite de louvor. O encontro com a vida espiritual, segundo o ex-deputado, estará no livro que será lançado este ano, sob o título “280 dias”, referência ao período em que esteve preso.
Ele promete contar os bastidores das operações policiais e situações vidas durante seu tempo em Bangu 8, como no dia em que sua mulher foi expulsa do ônibus que levava companheiras de detentos até a portaria da prisão no dia de visita. “Descobriram que ela era mulher de policial e a colocaram para caminhar dois quilômetros com minha filha no colo”, relembrou Lins.
Ex-desafeto, o pastor Marcos, que chegou a ser investigado pela equipe de Álvaro Lins, disse que ele fez até hino para evangelizar.
Fonte: O Dia e SRZD
Assista a reportagem com a participação e declarações de Álvaro Lins na Assembleia de Deus dos Últimos Dias: