Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel, tornar-te-ás uma campina. (Zacarias 4:6-7)
Montanha Intransponível
Zorobabel era da família real. Mas na sua época, o reino de Israel não existia mais. O seu nome significa “nascido na Babilônia”. Para lá — longe da pátria e de Jerusalém, a cidade real — Deus havia levado seus pais. Isso tinha sido o castigo para Israel, pois se desviara de Deus e de Sua palavra.
Mas agora, Zorobabel tinha retornado a Jerusalém na companhia do sumo sacerdote Josué e de um remanescente do povo. Ele não tinha mais nenhum poder real; não passava de um súdito de um rei estrangeiro. Mas ele tem uma tarefa importantíssima a cumprir: reconstruir o templo em Jerusalém (cf. Ageu 1:12-15). No passado, Salomão gastara uma fortuna para que os melhores operários e artesãos construíssem esse templo. Agora o edifício estava em ruínas. Zorobabel deve ter se sentido impotente diante do tamanho de sua incumbência. Ela era como uma montanha intransponível diante dele. Mas então Deus o encoraja com a promessa de que o sucesso da empreitada não dependia da força ou do poder de Zorobabel e de seus colaboradores, mas que Ele mesmo, Deus, atuaria por intermédio de Seu Espírito. A montanha de dificuldades transforma-se em planície.
Mais tarde, o próprio o Senhor Jesus usou essa ilustração da montanha que se ergue diante dos crentes. Ele também dá uma promessa linda: “Qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz“ (Marcos 11:23). O versículo mostra que o ditado de que “a fé move montanhas”, não está bem formulado. Não é a nossa fé que tira as dificuldades do caminho, mas o próprio Senhor, que o faz por intermédio de Seu Espírito.
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