11 razões para a avaliação semanal de culto
- Para que você possa progredir como um pregador.
Em 1 Timóteo 4.13-15, Paulo exorta Timóteo a servir a igreja com seus dons, particularmente no ministério público da Palavra. Ele diz: “Medita estas coisas e nelas sê diligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto”. Ter uma avaliação semanal de culto mantém como prioridade o meu desenvolvimento como um pregador. Essa avaliação me ajuda a continuar progredindo como pregador.
- Para que outros possam ver o seu progresso.
Observe como Paulo não apenas enfatiza a importância de Timóteo progredir como um pregador. Ele também enfatiza a importância de que outros vejam o progresso que Timóteo está fazendo.
É verdade que as pessoas de nossa congregação devem ver o nosso progresso apenas por estarem presentes sob a Palavra pregada semana após semana. No entanto, por meio da avaliação semanal de culto, damos a oportunidade para que algumas pessoas vejam mais nitidamente esse progresso. Não é incomum que homens me falem sobre como eles têm percebido que tenho praticado o feedback que eles deram.
- Para mantê-lo encorajado.
O ministério de pregação pode ser solitário e desanimador. Se você tiver apenas algumas palavras vagas de lisonja na porta da igreja após o culto ou um e-mail ocasional de pessoas que discordam de um sermão aqui e ali, então você não está recebendo o incentivo do “tipo Barnabé” que alimenta a perseverança no ministério. É uma rica bênção ouvir sobre maneiras específicas pelas quais Deus usou coisas específicas que eu disse no púlpito para ajudar homens e mulheres a amarem a Deus mais profundamente e glorificá-lo mais plenamente.
- Para mantê-lo humilde.
O orgulho é mortal para o ministério pastoral. Na avaliação de culto, regularmente me lembro dos lugares onde há espaço para o crescimento em minha pregação. Ter homens na igreja que me estimulam a crescer me impede de pensar que já alcancei o crescimento. Semana após semana, encontro-me frente a frente com a realidade do meu desespero para que Deus opere através da minha pregação, apesar das imperfeições dos sermões.
- Para exemplificar o encorajamento e a crítica piedosos.
Modelos nocivos de encorajamento (lisonja) e crítica (ataque) são exemplificados em toda a mídia e na sociedade em geral. A igreja precisa de líderes que proporcionem um exemplo melhor e mais piedoso de engajamento. Em nossa avaliação semanal de culto, tenho a oportunidade de trazer encorajamento e crítica útil e ponderada a outros líderes de culto e pregadores na igreja. Busco confirmar dons e evidências de graça, sem lisonjas inúteis e vagas. Também tento fazer uma crítica séria e focada que visa ajudar um indivíduo a crescer em fidelidade e eficácia no ministério. Meu feedback define o tom para a reunião e fornece um exemplo saudável e amoroso de engajamento, não só para a avaliação de culto, mas também para outras esferas da vida.
- Para exemplificar a humildade.
A avaliação semanal de culto é uma oportunidade maravilhosa para mostrar aos outros como receber crítica (e talvez até mesmo correção ocasional) com humildade e gratidão. Uma grande parte do nosso trabalho como pastores é corrigir o erro (Tito 1.9). Uma avaliação de culto proporcionará oportunidades para exemplificar a maneira como os cristãos devem humildemente receber a contribuição crítica de outros. Pode ser difícil receber feedback crítico de homens na igreja que não estão formalmente treinados e que raramente (se alguma vez) pregaram. No entanto, descobri que há alguma verdade a ser obtida de quase todos os comentários que recebo. Cada vez que meu sermão é criticado, tenho a oportunidade de mostrar aos outros na igreja como receber humildemente auxílio em forma de crítica.
- Para criar menos oportunidades de divisão.
Não é incomum que uma igreja tenha algumas pessoas que têm conflitos com elementos doutrinários ou estilísticos da pregação do pastor. Se não dermos ao nosso povo um espaço saudável, ao nosso lado, para processar seus desentendimentos, então é mais provável que lidem com eles sem nós de maneiras nocivas e potencialmente divisórias. Uma vez que a avaliação de culto oferece uma oportunidade para as pessoas compartilharem as suas preocupações de um modo saudável, há menos tentação para fofocarem atrás das portas fechadas.
- Para desenvolver outros pregadores.
Tenho percebido que a avaliação de culto é uma ferramenta extremamente útil na identificação e desenvolvimento de pregadores. Você aprende como alguém está pensando sobre a Bíblia pelo tipo de feedback que eles dão. Não apenas isso, mas parte do que fazemos em nossa reunião de avaliação de culto é ter em perspectiva o texto do sermão da próxima semana, e muitas vezes convido irmãos a estudarem e delinearem o texto com antecedência para que possamos comparar o nosso trabalho. Isso me dá oportunidades de ver como irmãos preparam sermões antes de dar-lhes uma oportunidade de pregar em um culto de domingo de manhã ou à noite.
- Para aprofundar-se.
Uma das partes mais importantes da preparação do sermão é cortar coisas. Muitas vezes, há grandes discernimentos sobre o texto ou maravilhosos pontos de aplicação que são cortados. Muitas vezes tenho a oportunidade de compartilhar algumas dessas ideias adicionais em uma reunião de avaliação de culto, para benefício dos participantes na reunião.
- Para ensinar sobre os elementos do culto.
A pregação não é tudo o que acontece no domingo de manhã. Muitas igrejas evangélicas atuais casualmente passam de alguns anúncios, para algumas canções, um sermão e um adeus. Por isso, muitos elementos do culto de nossa igreja — confissões, orações, leituras corporativas das Escrituras e as ordenanças — são relativamente novos para muitos membros e participantes. Ainda que tentemos ensinar a igreja sobre os elementos do culto durante todo o culto em si, nossa avaliação de culto é uma grande oportunidade para explicar e responder perguntas sobre nossa ordem de culto.
- Para analisar a compreensão da congregação.
Mais de uma vez fui alertado na avaliação de culto por usar palavras ou referenciar conceitos que assumi serem amplamente conhecidos, mas que foram totalmente incompreendidos em minha congregação. E às vezes, no meio da avaliação de culto, cheguei à conclusão de que não havia preparado adequadamente minha congregação para uma oração ou confissão mais longa. A avaliação do culto me impede de pastorear como um seminarista zeloso e me ajuda a liderar como um pastor.
Quatro cuidados uma vez que iniciar a avaliação semanal de culto
- Não diminua a autoridade dos presbíteros.
Em uma avaliação de culto eficaz, há um dar e receber entre pastores e membros da igreja. Enquanto isso é saudável, conversas casuais sobre uma questão doutrinária podem diminuir a autoridade distinta dos presbíteros como aqueles exclusivamente responsáveis por guardarem a doutrina de uma igreja. Por essa razão, recomendo que o pastor da igreja mantenha a avaliação do sermão estruturada e focada para que ele possa facilmente guiar a discussão e corrigir quando necessário. O objetivo é permitir interações e perguntas saudáveis enquanto mantém “as mãos no volante”.
- Não crie uma cultura onde as pessoas estejam criticando a Palavra pregada como uma alternativa a submeterem-se a ela.
Descobri que, depois de terem sido introduzidos na prática da crítica saudável do sermão, homens às vezes escutam mais atentamente os sermões para que estejam preparados para criticar na avaliação de culto. Às vezes, essa atenção pode vir à custa de se sentar sob a Palavra de Deus para ser nutrido por ela e submeter-se a ela. Por essa razão, começamos a concluir o nosso tempo de avaliação de culto percorrendo a sala e compartilhando como fomos pessoalmente afetados pela pregação da Palavra, e como queremos que nossas vidas sejam diferentes como resultado do que foi pregado. Alimentar-se da Palavra de Deus, não criticar a pregação dela, deve ser sempre a prioridade em nossas igrejas. A vida cristã não é meramente um exercício intelectual, mas um exercício de submissão à Palavra de Deus.
- Não pregue tendo em vista a avaliação do sermão.
A avaliação do sermão tem me ajudado na preparação do sermão, mas também tem trazido consigo novas tentações. Enquanto escrevo o meu sermão, estou sempre ciente de que algo nele será averiguado na avaliação de culto. Também posso antecipar se algo que eu pregar receberá louvor especial na avaliação. Não devemos nos entregar ao desejo de evitar pregar algo simplesmente porque nós obteremos resistência. Da mesma forma, não devemos buscar dar ênfase especial a algo em um sermão, a fim de receber o louvor dos homens.
Como pregadores, não somos primariamente servos de nossas próprias congregações; somos servos de Deus. Devemos ser servos de Deus acima de tudo, se quisermos servir ao seu povo. Isso geralmente significa dizer às pessoas o que elas não querem ouvir.
Devemos também lembrar que as pessoas que vêm para a avaliação de culto não são um reflexo exaustivo da congregação. Alguns dos homens na avaliação de culto podem realmente apreciar se eu gastar mais tempo em meu sermão em uma questão de crítica textual em Mateus 18.15 (ou seja, “contra ti” é original?). Contudo, gastar muito tempo nessa questão não seria útil para a minha congregação. Eu não estou pregando para os homens na avaliação de culto, estou pregando para toda a igreja.
- Não deixe de reconhecer os aspectos intangíveis da pregação.
O ato de pregar não é meramente um evento natural. É sobrenatural porque o Espírito de Deus está operando de maneiras que nem sempre são quantificáveis. À medida que participamos da prática de criticar sermões, não devemos cair no erro de ver a pregação como um mero ato natural de um homem. Há coisas acontecendo (ou não) enquanto pregamos que estão além do alcance de qualquer crítica ou encorajamento úteis.
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