A guerra não acontece apenas nos campos de batalha. Ela se desenrola em meio à sociedade humana, muitas vezes contra os mais indefesos, como acontece atualmente no Afeganistão.
Principalmente nas regiões controladas pelas milícias do Talibã, as mulheres são sistematicamente oprimidas. Elas são obrigadas a se cobrirem completamente (de modo mais extremo que no Irã e na Arábia Saudita). Reportagens abaladoras na mídia revelam essa dura realidade: as meninas e moças são proibidas de freqüentar a escola, às mulheres é vedada a prática de suas profissões, etc.
Quando somos confrontados com esses fatos, perguntamo-nos onde estão as organizações de direitos humanos, sempre tão prontas a acusar e condenar Israel. Onde ficam as resoluções da ONU condenando as práticas desumanas a que são submetidas as mulheres muçulmanas? Onde estão as vozes das feministas, que deveriam estar protestando em altos brados contra uma discriminação tão flagrante?
O Dr. Nadeen Elyas, líder do Comitê Central dos Muçulmanos da Alemanha, disse: “O islã é praticável. O Corão não me proíbe nada, ele apenas quer me proteger...” Será que esta é a proteção do islã: proibir as jovens de freqüentar a escola ou impossibilitar as mulheres de exercer suas profissões?
O fundamentalismo islâmico tornou-se um verdadeiro flagelo para muitas pessoas. Ele rouba-lhes a liberdade e impõe-lhes um jugo insuportável.
“Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações” (1 Pedro 3.7). |
A Bíblia, ao contrário, concede-nos verdadeira liberdade em Jesus Cristo. O Filho de Deus derrubou todas as diferenças entre homens e mulheres, entre judeus e gentios, ao consumar a salvação na cruz do Calvário. Por essa razão, Paulo escreveu: “Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo” (Gl 3.28). Quando a Bíblia estabelece ordens e padrões espirituais, isso jamais significa discriminação ou opressão, pois seu alvo é ordenar a vida em família e na igreja: “Porque Deus não é Deus de confusão, e sim de paz” (1 Co 14.33). Aos homens e às mulheres é dito na Palavra de Deus que devem sujeitar-se uns aos outros no temor de Cristo (Ef 5.21). As mulheres devem ser submissas a seus maridos como ao Senhor (v.22). Mas essa submissão não significa servilismo cego, pois aos homens a Bíblia ordena explicitamente que devem amar suas esposas e cuidar delas de maneira muito especial (Ef 5.25,28). Isso é tão importante aos olhos de Deus que a resposta às orações dos maridos está condicionada ao seu amor pelas suas esposas: “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações” (1 Pe 3.7).
Em lugar algum a Bíblia ensina que as mulheres devem sentar-se em lugar separado de seus maridos durante os cultos na igreja. Até mesmo no Antigo Testamento, considerado por muitos como legalista e autoritário, existe a menção de donas de casa repartindo despojos e mensageiras propagando boas-novas (Sl 68.11-12). No Livro de Provérbios, a mulher é louvada por suas grandes responsabilidades. Ali nada lemos sobre opressão, discriminação ou que as mulheres precisam esconder-se e viver constantemente com medo. Pelo contrário, temos a descrição de uma mulher que faz bons negócios, dá ordens, delega tarefas e administra os empregados domésticos. Lemos sobre ela em Provérbios 31.16: “Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho.” Em Provérbios 31.24-27 está escrito: “Ela faz roupas de linho fino, e vende-as, e dá cintas aos mercadores. A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações. Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua. Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça.” E em Miquéias 6.4, Miriã é descrita como líder do povo de Israel juntamente com Moisés e Arão: “Pois te fiz sair da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e enviei adiante de ti Moisés, Arão e Miriã.” (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, junho de 2001.
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