Gálatas 4:19-31
O apóstolo está cheio de angústia e perplexidade. Terá sido em vão seu paciente trabalho? (v. 11). Ele se sente obrigado a voltar a ensinar aos gálatas os rudimentos do Evangelho. Aproveitemos a oportunidade para voltar a aprendê-los com eles. Paulo lamenta não poder ensinar de viva voz a seus filhos espirituais (v. 20), mas compreendemos a razão disso: Deus queria dar-nos esta epístola. Contudo, você dirá, nós dificilmente correríamos o mesmo risco hoje de colocar-nos novamente sob a lei. Quão pouco nos conhecemos! Cada vez que nos comprazemos em nossa conduta, com a impressão de que em troca dela Deus nos deve algo, isso não é nem mais nem menos que legalismo. Cada vez que tomamos uma resolução sem contar com o Senhor, cada vez que nos comparamos a outros para o nosso proveito próprio, manifestamos esse espírito de justiça própria, inimigo declarado da graça (v. 29). Para ilustrar essa inimizade, Paulo usa os dois filhos de Abraão. Isaque, o filho da promessa, é o único que tem direito à herança. Ismael, filho segundo a carne, nascido da escrava Hagar, não tem nenhum direito às riquezas e bênçãos paternas. Pertencemos todos à Jerusalém lá de cima? Com Abraão, Isaque e Jacó, somos "herdeiros com ele da mesma promessa", a cidade celestial? (v. 26; Hebreus 11:9-10 e 16).
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