domingo, 27 de junho de 2010

Os últimos doze versículos do Evangelho de Marcos se achavam no manuscrito original? parte final

ensina que o indivíduo precisa ser batizado para ser salvo, mas apenas liga a salvação com o ato do batismo, porque as duas coisas se completam.
A pessoa que aceita verdadeiramente a Cristo como seu Salvador desejará ser batizada, desde que isso é mandamento do Senhor. Contudo, não é o batismo que salva mas a fé: “Quem crê no Filho tem a vida eterna” (Jo 3.36). O batismo é o sinal externo objetivo da transformação interior. Essa deve ser a experiência de todo crente, não sendo porém uma exigência da salvação. Note que Marcos diz, no v. 16, que quem não crer será condenado e não quem não for batizado. Nada aqui é contrário às Escrituras.
A idéia de Jesus aparecer em outra forma não contradiz outros relatos da Sua ressurreição. Trata-se de uma simples descrição de Sua ida ao povoado de Emaús com os dois discípulos, em que Ele apareceu numa forma irreconhecível.
Isto difere de Suas aparições a Maria Madalena e a outras mulheres que O reconheceram imediatamente. Mas Lucas nos conta que, ao chegarem a Emaús, os olhos dos dois discípulos foram abertos e eles reconheceram Jesus. Não existe contradição aqui.
Marcos registra o ponto de vista de Jesus (forma diferente), enquanto Lucas dá o ponto de vista dos dois discípulos (olhos cegos). Além disso, o Novo Testamento parece indicar que Jesus, depois de Sua ressurreição, nem sempre apareceu na mesma forma.
Finalmente, os excessos surgidos como resultado de algumas interpretações sobre beber veneno e pegar serpentes não diminuem a sua autenticidade. Em Atos 28.3-6, temos um exemplo do apóstolo ser acidentalmente mordido por uma serpente mortífera e, mesmo assim, sobreviver.
Os sinais milagrosos prometidos aos discípulos do Senhor em Marcos não são inéditos, pois tanto Mateus como Lucas registram a promessa e o cumprimento desses sinais (Mt 10.1; Lc 10.17, 18). Do mesmo modo, Hebreus 2.3,4 indica que os sinais acompanharam os cristãos. O fato de ter havido abusos baseados nesses versículos não significa que eles devam ser descartados como não inspirados.
Por outro lado, três argumentos fortes podem ser dados para serem aceitos esses versículos como originais: (1) nenhuma teoria satisfatória foi apresentada para explicar como Marcos podia ou haveria de terminar seu Evangelho no v. 8; (2) nenhuma objeção sem resposta foi levantada contra a idéia desses doze últimos versículos serem inspirados; (3) os argumentos apresentados para explicar a quantidade enorme de evidência objetiva quanto ao testemunho amplo e variado dos manuscritos gregos, traduções e pais da igreja, são insatisfatórios.
É muito mais fácil explicar por que a passagem poderia ter sido omitida em alguns manuscritos, em vez de tentar explicar por que foi tão aceita. Para uma resposta completa quanto à exatidão da teologia dos doze últimos versículos, veja The Interpretation ofSt. Mark’s Gospel , de R. C. H. Lenski ou um comentário específico desse evangelho. Acreditamos haver boas razões para serem aceitos os doze últimos versículos de Marcos, inclusos na ERAB, como sendo originais, desde que todas as objeções quanto à sua autenticidade deixam muito a desejar.
(Extraído: J. Macdowel)

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