Em Jeremias 31 Deus esclarece que Israel permanecerá sendo o seu povo enquanto houver sol, lua e estrelas (v. 35-36). Esse capítulo é um dos argumentos mais fortes sobre a eleição permanente do povo judeu.
Mark Twain (1835-1910), escritor que viajou pelo mundo, escreveu em 1899: “Se as estatísticas forem corretas, os judeus compõem apenas um por cento da humanidade – uma faísca insignificante diante do brilho da Via Láctea. Normalmente não se deveria nem ouvir algo do judeu, mas mesmo assim ouvimos no passado e hoje continuamos ouvindo sobre ele. A sua fama pode crescer como qualquer outro país do mundo, e sua importância para a economia e comércio de modo nenhum está relacionada com seu número de habitantes. Sua contribuição para a lista de grandes nomes da literatura, ciência, artes, música, sistema financeiro, medicina e do profundo pensamento é igualmente admirável. Ele se portou de modo grandioso durante vários séculos neste mundo – e isso com as mãos amarradas nas costas. Com razão ele poderia estar orgulhoso e vaidoso com isso. Os egípcios, babilônios e persas assumiram o poder, encheram a terra com seu brilho, mas o som deles naufragou. Na sequência os gregos e romanos seguiram, fizeram muito barulho e desapareceram. O judeu viu a todos, os venceu e hoje é aquilo que ele sempre foi; não apresenta decadência, nem envelhecimento, nem fraquezas, nem diminuição de energia, nem deficiências em sua vigilância e em seu espírito dinâmico. Todas as coisas são mortais, menos os judeus; todas as forças se esvaem, mas ele permanece. Qual é o segredo de sua imortalidade?”.
O segredo está na eleição e na vocação de Israel pelo único, verdadeiro e eterno Deus vivo! “Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí” (Jr 31.3 RA).
Os versículos 31 a 40 de Jeremias 31 estão entre os mais maravilhosos de todo o Antigo Testamento. Eles mostram que, mesmo em tempos de muita dificuldade e opressão, Israel está seguro nas mãos de Deus.
Deus promete ao seu povo:
Uma nova aliança: “‘Estão chegando os dias’, declara o Senhor, ‘quando farei uma nova aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá’”.
Renovação espiritual: “Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações”.
Renovação nacional: “Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo”.
Renovação jurídica: “Porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados”.
Renovação da segurança: “‘Se os céus em cima puderem ser medidos, e os alicerces da terra embaixo puderem ser sondados, então eu rejeitarei os descendentes de Israel”.
Renovação topográfica: Jerusalém “será reconstruída para o Senhor... A cidade nunca mais será arrasada ou destruída”.
Todas essas afirmações com certeza serão cumpridas. Israel não desaparecerá!
Assim como acontecerá com Israel, assim também Jesus Cristo, com toda a certeza, chegará ao alvo conosco e com a nossa vida (cf. Fp 1.6). Podemos confiar que “Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam” (Rm 8.28) e que nada “será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.39).