segunda-feira, 26 de abril de 2010

Os Bilhões do Vaticano - parte 48

laicato católico e até mesmo das organizações eigas não católicas, se bem que tenha surgido uma avaliação através de fonte criteriosa, que colocava a soma das posses financeiras do Vaticano nos Estados Unidos em cerca de 700 a 800 milhões de liras italianas, aos valores de 1939 – isto, deve-se notar, sem contar suas propriedades, as quais apresentaremos mais detalhadamente, logo mais.

Ao mesmo tempo o Vaticano investia na América do Sul e nas Repúblicas da América Central. Em algumas destas ele controlava colossal riqueza representada por terra, imóveis, empresas comerciais, bancos, construções, capital e bônus. Foi estimado que antes e imediatamente após a II Guerra Mundial, a riqueza do Vaticano na Europa representada por capital, bônus, participações e congêneres atingia mais de 3 bilhões de liras, em 1939, ou 120 bilhões, ao valor da lira, em 1969.

E visto como estamos lidando com a moeda italiana, seria apropriado acrescentar às somas já mencionadas a aproximada soma das riquezas do Vaticano somente na Itália, como representada direta ou indiretamente por suas propriedades em terra e imóveis naquele país.

Uma avaliação das casas, edifícios e terras em poder de suas ordens religiosas, institutos religiosos e semelhantes seria 4.000 milhões de liras, em 1939, ou 190 milhões ao câmbio de 1960.

Quando, portanto, Hitler perdeu a guerra (1945) e a Europa ficou em ruínas, sua estrutura material, política e financeira abalada e com os batalhões de Stalin ocupando 1/3 do continente, o Vaticano deu graças a Deus que os Bolchevistas não tivessem plantado sua bandeira na Basílica de São Pedro, e pôde ainda contemplar o futuro com compreensível segurança, e até confiança. Pois conquanto confiando apenas na proteção do Senhor, confiou muito mais em que essa proteção espiritual seria mais formidável quando fortalecida pelos sólidos milhões em caixa, terras, imóveis e capital industrial, que ele havia acumulado no Velho e especialmente Novo Mundo.


Capítulo 19

O Vaticano investe milhões nas indústrias bélicas e transfere a maior parte destes para os Estados Unidos

O Banco do Vaticano, Instituto per le Opere di Religione, foi estabelecido com um objetivo básico: “guardar e administrar o capital destinado às congregações religiosas”. Se houve uma clássica camuflagem atrás da qual executar atividades que nada tinham a ver com o aparentemente pretendido, aqui estava uma, visto como no tempo de sua fundação a tarefa específica do Instituto era simplesmente transferir o capital e dinheiro da Igreja para fora da Europa beligerante. Ele foi fundado em 1942 pelo Papa Pio XII, no ápice da II Guerra Mundial, quando Hitler, após ter sido bem sucedido nas imediações de Moscou, parou aí e, para decepção de Sua Santidade, não pôde mais prosseguir.

Pio XII, embora ainda confiante na vitória de Hitler, começou a ter suas primeira dúvidas secretas a respeito do desenrolar final. Pois todo o quadro de hostilidade havia mudado grandemente desde a sua concepção. Os Estados Unidos haviam sido trazidos até o campo de batalha; o ímpeto crescente da iniciativa e energia americanas já haviam começado a surtir efeito para equilibrar o poder. Os armamentos americanos, os homens e o poder industrial dos Estados Unidos já se faziam sentir em toda parte. A não ser que acontecesse um milagre, Hitler poderia perder a guerra, no final das contas.

Em vista da mudança de circunstâncias, portanto, a melhor política era ajudar a Providência a tomar passos de precaução concernente à riqueza da Igreja transferindo-a para países mais seguros, por exemplo. E onde mais poderia a sua riqueza móvel encontrar segurança maior do que dentro das fronteiras longínquas dos Estados Unidos? Além de tudo, suponhamos que Deus tivesse abandonado Hitler. Seus desígnios são inescrutáveis. E então? Stalin e suas hordas bolchevistas poderiam irromper dentro da Europa em ruínas. O que – eles poderiam até invadir Roma! Se os Aliados o evitassem, visto como não lhes interessava ver os russos na Europa Ocidental, o que poderiam fazer se os comunistas italianos estabelecessem uma ditadura comunista na Itália? Nada! Uma Itália, França ou Alemanha comunistas significariam apenas uma coisa – a expropriação de toda a riqueza da Igreja Católica dentro do país.

Foi com isso em mente que Pio XII fundou o Instituto, um movimento astuto para salvaguardar os interesses financeiros do Vaticano. Pois o Instituto, conquanto estritamente integrado à Igreja Romana, e em todas as aparências e propósitos, uma instituição religiosa plausível e lógica, na realidade – nesse estágio, a qualquer taxa – era nada mais que um “instrumento flexível para arranjar as múltiplas atividades financeiras”. (1)

O que significava tudo isso no meio da guerra? Significava conforme foi explicado por um órgão autorizado, que “este banco permitiu a Santa Sé fazer transferência através das fronteiras fechadas e a favoreceu ricamente, com o raro privilégio de poder transferir moeda estrangeira num mundo fracionado”. (2)

O mundo fracionado estava realmente fracionado. Por milhões de homens armados. Por fronteiras fechadas. Por arame farpado. Por bombas. Por tanques. Por submarinos. Ninguém podia passar e isso se aplicava a generais, políticos, diplomatas, chefes de estado. Havia contudo, uma única exceção: os representantes do Vaticano. Para eles não havia restrições. Como enviados de uma religião e delegados de um estado soberano – e oficialmente neutro, a cidade do Vaticano – eles podiam ir e vir ao seu bel prazer, de um país beligerante para o outro, de um continente para o outro. Da Europa em guerra para o Canadá, os Estados Unidos e a América do Sul. Os transportadores de conforto espiritual, mas acima de tudo, transportadores de notas de banco, moedas, bônus, ouro e prata.

Pois era precisamente isso que o Instituto fazia. Ele transferia somas crescentemente grandes de dinheiro do Vaticano para o Canadá e Estados Unidos. Os valores eram sacados, não apenas dos cofres de Roma, mas de toda Itália, da França e até do Instituto Hitlerista na própria Alemanha. O papa consequiu que certos indivíduos muito confiáveis dentro da hierarquia nacional – uomini di fiducia – como eram e ainda são chamados no Vaticano – para se encarregarem desta delicada tarefa.

Como a operação de “transferir dinheiro da Europa para a América” progrediu, mais e mais partidos interessados tornaram-se envolvidos nela. Os interesses americanos e europeus postaram-se ao lado do Vaticano particularmente desde que a sorte militar dos exércitos de Hitler começou a declinar. Indivíduos americanos e corporações com moeda e ações na Alemanha pediram ao Vaticano para ajudá-los a salvar o que fosse possível em vista da ruína financeira iminente. O Vaticano ajudou direta ou indiretamente. Ele começou fortemente a exercer crescente pressão sobre certos políticos e até militares no sentido de assegurar o “salvamento” de certas fábricas, edifícios ou instalações em várias partes da Europa hitlerista. A pressão para poupar tais instalações industriais bélicas com toda probabilidade foi exercida independentemente do Vaticano, por partidos interessados dentro dos Estados Unidos, embora não se deva esquecer do fato de que nesse período a Igreja Católica estava intimamente ligada com a

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